sábado, 27 de novembro de 2010

Que sabemos sobre o Ato Médico?

Existe um Projeto de Lei que tramita no Congresso Nacional identificado como PL nº 7.703/2006 (PLS 268/2002) que, nos moldes como se apresenta, fere os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, o SUS. Além disso, constitui um retrocesso ao modelo multiprofissional de saúde, pois pretende transformar em ato exclusivo dos médicos todo trabalho de diagnóstico e terapia, esquecendo-se do conceito amplo de saúde, adotado pela OMS, como "bem estar geral" e não apenas como ausência de doença. 
O conceito de saúde evoluiu e hoje abrange um conjunto de fatores que determinam a vida no qual envolve fatores sócio-econômicos, alimentação, meio ambiente e saneamento básico, entre outros. Sendo assim, não dá pra imaginar que um único profissional tenha conhecimentos humanos tão amplos a fim de assumir as ações que todos os profissionais de saúde têm feito em prol do bem-estar da população, como afirma os princípios básicos da Saúde Pública. 
O absurdo maior deste Projeto de Lei é a idéia ultrapassada de que o indivíduo não saudável só poderá ser tratado por um médico. É lógico que qualquer problema de saúde de um indivíduo, não pode ser visto somente pela causa orgânica. Estamos falando que o indivíduo está inserido num contexto amplo que inclui os aspectos sociais, psicológicos, etc. que devem ser levados em conta, pois podem ser fatores determinantes no modo como este indivíduo se sente. Por isso, afirmar que só a medicina é detentora da solução para os problemas de saúde do indivíduo incute uma inverdade.
Sendo assim, representantes de diversos conselhos, fóruns e associações profissionais, bem como usuários de saúde vêm fomentando debates a fim de se evitar a aprovação deste PL que traz um retrocesso no que se refere a forma sensata de se praticar a saúde pública. Portanto quando ouvir falar num movimento contra o Ato Médico, adira! Pois só assim poderemos estar unidos em prol de uma saúde direcionada a todos de forma igualitária.
Graça Damasceno Leal (mgdleal)
Outras informações: www.pol.org.br

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O que realmente significa ouvir?




Você já experimentou a alegria de ouvir alguém? Você pode me perguntar, como assim? O que há de tão legal em ouvir alguém? Em primeiro lugar você sabe o que significa ouvir realmente uma pessoa? As pessoas se colocam na sua frente emitindo palavras, utilizando-se muitas vezes de uma linguagem simples e a partir daí você realiza uma codificação da mensagem que ela quer te transmitir. Entretanto, muitas vezes o seu entendimento a cerca dessa mensagem é superficial, não acrescentando crescimento nem a você, nem ao seu interlocutor. Existe uma satisfação peculiar diante de uma escuta profunda de uma mensagem. Essa satisfação não envolve somente de uma simples audição de palavras, mas sim de uma compreensão dos sentimentos, pensamentos, significado pessoal que há por traz do que o meu interlocutor está me colocando. Atualmente as pessoas têm a tendência a ouvir por ouvir. E na maioria das vezes, finge ouvir quem lhe dirige a palavra, o que traz pouco crescimento para si e para quem fala. As relações humanas, hoje, devem ser enriquecidas por essa escuta profunda a que me refiro no momento, pois se queremos viver entre pessoas, contribuindo ou obtendo contribuições destas, precisamos perceber estas pessoas de uma forma completa. O que ela quer me dizer com estas palavras, com estes gestos, olhares, etc. e assim estaremos realmente capacitados a exercer boas relações uns com os outros.
Graça Damasceno Leal (mgdleal)

domingo, 21 de novembro de 2010

Projeto “Educando para a liberdade”

Durante esta semana que passou estive em Mossoró contribuindo como formadora no Projeto “Educando para a liberdade” Promovido pela Secretaria Estadual de Educação, através da Sueja. A Turma deste módulo contou com a presença de Agentes penitenciários, Professores que atuam em salas de aulas dos presídios da região e também os gestores de alguns desses presídios. O encontro foi muito bom, principalmente pela capacidade dos participantes de contribuírem com o debate e enriquecer o aprendizado recíproco. Sabemos que as dificuldades enfrentadas pelo sistema penitenciário no nosso país é grande e não é diferente no nosso estado, porém não devemos esquecer que as mudanças, apesar das grandes dificuldades de estrutura física e humana, devem começar pelo nosso modo de agir e pensar, pois a clientela deste setor tem sim uma grande lacuna na sua vida e que, apesar de contraditório, este é um momento bom para se resgatar essas perdas. É por isso que salientamos a importância do Projeto “Educando para a liberdade” que nos trás a oportunidade de refletir sobre nossa atuação profissional e o papel de cada um para a melhora desse sistema e ressocialização do apenado. Agradeço e parabenizo a todos os participantes pela brilhante contribuição.
Aproveitando um tempinho para lanchar!

Companheiros inseparáveis!!


Turma participativa

Pausa para foto!

sábado, 20 de novembro de 2010

CONSCIÊNCIA NEGRA NO BRASIL

Hoje, 20 de novembro, comemoramos, no Brasil, o DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA. Esta data foi estabelecida por lei a fim de homenagear o Zumbi que foi líder do Quilombo dos palmares. Zumbi foi assassinado em 1695 como um verdadeiro guerreiro na luta não só para acabar com a escravidão no nosso país, como também com o preconceito racial que gerou tantas atrocidades contra os africanos e seus descendentes que tantas coisas boas nos trouxeram. Essa data tem uma grande importância não só como uma lembrança, mas principalmente por que nos traz uma reflexão ética a cerca da defesa da igualdade na nossa sociedade e valorização da diversidade humana. Sabemos que a população negra, na nossa sociedade, ainda se constitui o segmento social que mais sofre com o preconceito no nosso país. Esquecemos que somos irmãos e que devemos caminhar todos no mesmo objetivo que é o desenvolvimento de todos de forma a combater qualquer tipo de discriminação. Porém, começamos através de momentos como estes, de reflexões, a perceber a necessidade do resgate dos valores éticos que há muito têm sido esquecidos no nosso cotidiano. Desta forma, como diz Roseli da Fonseca Rocha, "as políticas de ações afirmativas se situam no campo da afirmação de direitos quando se constituem em: mecanismos que buscam a equidade social como resultado de um processo histórico de luta por justiça social”* e assim apoiando essas ações, estaremos transformando dia a dia, nosso pais em um lugar de respeito e incentivando a prática que valorizam a riqueza da diversidade humana.
* http://www.cfess.org.br/novo-site/arquivos/2010.11.20_CFESSManifesta_ConscienciaNegra.pdf 

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

SOBRE MIM!

Sou Graça Damasceno Leal e me sinto no dever de nesta primeira postagem realizar uma breve descrição sobre minha pessoa, pois através deste espaço vocês estarão tendo contato com minha opinião a respeito de diversos temas. Sou psicóloga, como já foi descrito neste blog. Uma apaixonada pela profissão. Todas as experiências que vivenciei profissionalmente foram de forma intensa, tendo me concedido bastante crescimento e aprendizado. Logo que conclui a graduação de Psicologia pela UFRN em 1994 me lancei num desafio de me inserir no mercado de trabalho no interior do Estado do Rio Grande do Norte, mais precisamente na cidade de Caicó. Foi por aceitar esse desafio que pude aproveitar diversas oportunidades que me foram oferecidas nesse município, como em toda a região do Seridó. Conheci muitas pessoas que conheceram meu trabalho e me abriram portas para que eu pudesse demonstrar minha forma de atuar.
Iniciei minhas atividades como psicóloga clínica da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE de Caicó, onde além de atender as crianças e suas famílias, participava das reuniões da equipe técnica desta instituição com intuito de debater as diversas programações a serem oferecidas a cada uma das crianças que compunham a clientela desta instituição, através de estudos de casos.
Fui convidada posteriormente para compor a equipe dirigente do Centro Educacional de Caicó – CEDUC, onde, durante muito tempo atendi adolescentes infratores, privados de liberdade, elaborando pareceres para as Varas da Infância e da Juventude das diversas comarcas do Rio Grande do Norte.
Paralelamente a esta atividade fiz parte da equipe que elaboraria o projeto de implantação do primeiro Centro de Atenção Psicossocial de Caicó, tendo sido, a partir daí, nomeada Coordenadora Municipal de Saúde Mental e posteriormente coordenadora do CAPS logo na sua implantação. Ainda no setor da saúde municipal atuei como Coordenadora do Programa de Saúde da Família temporariamente e depois Como Coordenadora Municipal de Saúde, onde auxiliava a Secretária Municipal de Saúde no gerenciamento desta Secretaria que é referência para a região.
Neste ínterim houve a necessidade do município implantar, através da Secretaria de Assistência Social, o Programa de Atenção Integral a Família - PAIF, através da criação da “Casa das Famílias” ou CRAS, como é conhecido atualmente este projeto. Nesta experiência houve um grande crescimento de minha parte como profissional, pois me aproximei do trabalho com famílias e comunidade, gerenciando grupos operativos com pessoas das comunidades afim de colaborar com o fortalecimento de vínculos de solidariedade entre estas. Paralelo a essas atividades desenvolvi um trabalho bastante importante junto a direção do Centro de Educação Integrada do Seridó - CEIS, escola de ensino fundamental e médio de grande destaque na cidade de Caicó.
Paralelo a todas essas experiências, pude também atuar na docência, tanto de nível superior, na UERN (curso de Filosofia), como também no nível técnico no Senac (cursos como técnico em Enfermagem). Essa atuação me gerou um grande desenvolvimento, pois descobri uma atividade que gosto muito de exercer que é lecionar.
Entretanto, apesar de ter tido a oportunidade de intensificar minha atuação durante todos esses anos, nunca deixei de praticar a psicoterapia, meu envolvimento direto com minha profissão. Sempre mantive meu consultório com uma clientela bastante diversificada. Além disso, enriqueci minha experiência profissional através de atividades voluntárias na Pastoral da Criança, supervisionando as brinquedotecas que foram criadas dos municípios na região do Seridó; na Pastoral familiar realizei diversas palestras para casais com temas como Paternidade responsável, Compromisso social da família, etc.; e a última experiência foi na FBA – Fundação Belo Amor, instituição de recuperação de dependentes químicos, onde realizava acompanhamento com internos e seus familiares. Todas estas vivências me trouxeram muita gratificação, pois nelas, como em todas as outras atividades, pude observar mudanças significativas nas pessoas através de minha ajuda profissional.
Atualmente resido em Caicó/RN e tenho intensificado atividades de consultoria com palestras, cursos e treinamentos, bem como a atuação no consultório de psicoterapia.


Graça Damasceno Leal
84 3417-6700  /  84 9928-8666