sexta-feira, 29 de abril de 2016

Dica de filme: O lado bom da vida (2012)


SINOPSE E DETALHES

Por conta de algumas atitudes erradas que deixaram as pessoas de seu trabalho assustadas, Pat Solitano Jr. (Bradley Cooper) perdeu quase tudo na vida: sua casa, o emprego e o casamento. Depois de passar um tempo internado em um sanatório, ele acaba saindo de lá para voltar a morar com os pais. Decidido a reconstruir sua vida, ele acredita ser possível passar por cima de todos os problemas do passado recente e até reconquistar a ex-esposa. Embora seu temperamento ainda inspire cuidados, um casal amigo o convida para jantar e nesta noite ele conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma mulher também problemática que poderá provocar mudanças significativas em seus planos futuros.

Direção: David O. Russell
Elenco: Bradley Cooper, Jennifer Lawrence, Robert De Niro, mais
Gênero: Comédia dramática
Nacionalidade: Eua

segunda-feira, 25 de abril de 2016

O Poder do toque

Necessitamos do toque na nossa vida, pois nascemos para ser tocados. Dependemos disso para viver em paz e somos infinitamente mais felizes quando recebemos de cada relação afetiva a quantidade certa de abraços, beijos e outros gestos de afeto. Disso quase toda a gente sabe. Mas até que ponto estamos conscientes do PODER do toque? Será que valorizamos na medida certa os gestos de afeto?
Instintivamente, (quase) todos os pais e mães tocam com frequência e com carinho nos seus bebés. Dão-lhes colo, fazem festas e enchem-nos de beijinhos. Há uma hormona que dá uma ajudinha neste processo de ligação – a oxitocina. E ainda bem que assim é. Afinal, o toque é o primeiro sentido a ser desenvolvido e é a forma de mostrarmos aos nossos bebés que gostamos deles. Sabia, por exemplo, que as crianças que recebem poucos gestos de afeto sofrem um forte impacto ao nível do seu desenvolvimento? É verdade! Precisamos – literalmente – que nos toquem para que possamos desenvolver-nos – física e emocionalmente- de forma saudável.
E na idade adulta? Que poder têm estes gestos? Serão igualmente poderosos? Sem dúvida! As investigações feitas nesta área mostram, por exemplo, que o toque tem um poder terapêutico e que é muito mais provável que encaremos alguns tratamentos mais invasivos como menos dolorosos quando há alguém de quem gostamos a segurar a nossa mão. Isso é visível nos tratamentos oncológicos, por exemplo. Não é magia. É amor!
Mas há mais. Há muito mais. Se estivermos descontrolados, há uma probabilidade muito maior de sermos capazes de controlar a nossa fúria ou a nossa ansiedade se houver alguém de quem gostamos a tocar-nos. Às vezes basta passar a mão pelo rosto ou pelo braço da outra pessoa para observar mudanças que não ocorreriam com a toma de um calmante.
É através do toque – mais do que através de palavras – que dizemos “gosto de ti”. É através do toque que nos ligamos, que criamos laços afetivos. É por isso que nenhuma relação amorosa está realmente segura se não houver miminhos com regularidade. Sabia que os casais que raramente se tocam estão muito mais vulneráveis ao divórcio? Ou que as pessoas que recebem abraços, massagens nas costas e beijos na boca com frequência têm menor probabilidade de sofrer de hipertensão arterial?
O toque é poderoso desde o dia em que nascemos até ao dia em que morremos. Sabia que os idosos se sentem muitas vezes indesejados ou “a mais” simplesmente porque já não há quem lhes dê estes mimos? Ou que a mortalidade é muito maior entre aqueles que não são abraçados com frequência?

Nós não permitimos que qualquer pessoa nos toque. Não andamos por aí a distribuir abraços. Mas talvez devamos parar para pensar se temos distribuído bem os nossos gestos de afeto. Afinal, todas as pessoas de quem gostamos merecem sentir os efeitos positivos do nosso toque. Ou não?
Fonte: http://www.revistapazes.com/o-poder-do-toque/

sábado, 23 de abril de 2016

Prevenção do Estresse e da Ansiedade nas pessoas mais jovens

Atualmente é cada dia mais corriqueiro jovens de até 30 anos sofrerem com crises de ansiedade ou estresse. A sociedade atual, conduzida pela economia de mercado onde o que importa é o lucro, faz com que tais jovens se vejam diante de realidades como bater índices de produtividade cada vez mais elevados, além de se manterem atualizados num mundo de constantes transformações devido não só à globalização, mas ao crescente "boom" de informações.
Essas cobranças ocorrem sobre todas as idades, mas com mais intensidade sobre os jovens por terem mais energia e justamente por serem mais ingênuos na administração dessas pressões. Não é raro vermos jovens cumprindo uma jornada de trabalho de mais de dez horas, e ainda se preocupando e se aprimorando em especializações, MBAs etc. Não percebem que reservam, quando raro, apenas quatro ou cinco horas para sono!
Segundo o Psiquiatra Pércio Ribeiro: “O cérebro encontra um limite e a partir dele começa a trabalhar em regime de estresse (entenda-se fadiga). O resultado é parecido com o de um computador: o cérebro fica lento, cansado, diminuindo a sua capacidade de ‘processamento’ de informações”.
Os sintomas
Sintomas como falta de ar, nervoso, confusão mental, aceleração do batimento cardíaco - entre outros - sem uma causa física podem, sem dúvida caracterizar uma crise de estresse ou ansiedade. Sem dúvida, estes são alguns dos sintomas que levam os portadores primeiramente ao pronto atendimento, pois estão convencidos de estarem apresentando um mal orgânico - provavelmente de origem cardiológica.
Diferenças entre crise de estresse e ansiedade
A crise de estresse é cumulativa, ou seja, vai se acumulando com o tempo. O termo estresse vem da física, e significa submeter determinado material ao seu ponto máximo de esforço. É isso o que ocorre com o cérebro de diversos jovens. Eles trabalham numa velocidade de processamento de informações muito superiores ao que foram "formatados" pela natureza. Não existem "memórias auxiliares", e tampouco aceleradores de velocidade. O cérebro encontra um limite e a partir dele começa a trabalhar em regime de estresse. O resultado é parecido com o de um computador: o cérebro fica lento, cansado, diminuindo a sua capacidade de "processamento" de informações.
Ansiedade está relacionada com expectativa, com espera. A contexto atual igualmente nos leva a inúmeras expectativas para as quais ela mesma não tem resposta.
Outra explicação advém da compreensão sobre os dinamismos da ansiedade e angustia nos dias atuais. A angústia está relacionada com escolhas antagônicas, ou seja, com crises de escolhas. Cada vez mais nos deparamos com uma distância maior entre o que somos e o que realmente gostaríamos de ser, o que temos e o que gostaríamos de ter, resumidamente: o juízo de valor e o juízo de realidade que se mostram cada vez mais distantes.
Como prevenir as crises
O grande pensador e filósofo alemão, Heidegger nos ensinou que a cada dia, imperceptivelmente, nos afastamos de nós mesmos. Somos lentamente influenciados por "coisas" que não são nossas, "verdades" que nos são colocadas por outros e que por elas nos deixamos guiar. Quando nos apercebemos e olhamos no espelho não nos reconhecemos mais. O segredo portanto, é nos buscarmos a cada dia, nos procurando sempre, validando a cada instante a "nossa" verdade. Não de maneira neurótica, mas num movimento de autoconhecimento construtivo.

A crise é um momento sério, pois pode ter consequências físicas e psíquicas. Então, a primeira providencia frente a uma crise é procurar um serviço especializado. Descartadas as possibilidades ou consequências orgânicas, deve-se buscar um especialista em ansiedade e estresse, como os psiquiatras e psicólogos

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Dica de Filme: Janela Secreta


Embora ele saiba que deveria estar sentado diante de seu computador escrevendo outro livro ou, no mínimo, passeando com seu cachorro em torno do reluzente lago diante de seu chalé sombrio, o bem sucedido autor Mort Rainey (Johnny Depp) tem dormido em seu sofá favorito por até 16 horas ao dia. Ele está passando por um divórcio doloroso. A separação complicada e desagradável esgotou suas energia e secou sua criatividade, deixando-o com um monumental bloqueio criativo que o deixa incapacitado para redigir mesmo uma frase das mais simples. Aí então, quando parece que nada poderia ficar pior, um estranho psicótico chamado John Shooter (John Turturro) aparece à sua porta, acusando Rainey de plagiar sua história e exigindo satisfações. A despeito dos esforços de Rainey para acalmá-lo, Shooter se torna cada vez mais insistente e hostil, decidido a obter um tipo de justiça perversa que poderia incluir assassinato a sangue frio. Envolvido involuntariamente num jogo mental de gato e rato, Rainey descobre ter mais astúcia e determinação do que jamais imaginou. Ao final, ele percebe que o evasivo Shooter talvez o conheça melhor do que ele conhece a si próprio.
Esse filme estreou em 16/04/2004 nos Estados Unidos, pertence ao gênero de mistério e suspense, tem a duração de 96 minutos e é dirigido por David Koeppe. Além disso, tem no seu elenco Johnny Depp, John Turturro, Maria Bello e Timothy Hutton.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Alunos de Psicologia denunciam, através das redes sociais, comentários racistas de um professor

Nas redes sociais, alunos de Psicologia afirmam que o mestre em Estatística fez comentários racistas e menosprezou estudantes cotistas, vejam no link abaixo:

http://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/sob-vaias-e-gritos-de-racista-professor-da-ufg-e-obrigado-a-deixar-predio-da-universidade-63741/



domingo, 17 de abril de 2016

Para refletir...


"Pouco importam as quedas, o essencial é levantar, continuar a caminhada consciente de suas possibilidades e de seus limites".

G de la Mothe

sábado, 16 de abril de 2016

Avaliação neuropsicológica: O que é e quando se faz necessária?


A Neuropsicologia é uma área ainda não tão divulgada da psicologia, contudo muito necessária para ajudar as crianças no seu desenvolvimento. Hoje trago um post que nos traz algum esclarecimento sobre essa ciência e sua forma de avaliar.
A Neuropsicologia estuda as relações entre o cérebro/comportamento, dedicando-se a investigar diversas áreas cognitivas do indivíduo. Tem como objetivo a investigação do papel de sistemas cerebrais individuais em formas complexas de atividades mentais

E a avaliação neuropsicológica o que é e como é feita?

A avaliação neuropsicológica objetiva investigar quais as funções cognitivas que estão preservadas e as que estão comprometidas. Através do uso de instrumentos (testes, baterias, escalas) padronizados para avaliação das funções cognitivas, o neuropsicólogo irá pesquisar o desempenho de habilidades como atenção, percepção, linguagem, raciocínio, abstração, memória, aprendizagem, processamento da informação, visuoconstrução, afeto, habilidades motoras e executivas.

A avaliação neuropsicológica tem busca poder coletar os dados clínicos para auxiliar na compreensão da extensão das perdas e explorar os pontos intactos que cada patologia provoca no sistema nervoso central de cada paciente. A partir desta avaliação é possível estabelecer tipos de intervenção, de reabilitação particular e específica para indivíduos e/ou grupos de pacientes com disfunções adquiridas, genéticas, primariamente neurológicas ou secundariamente a outros distúrbios.

Sua atuação, portanto, é voltada para a avaliação e reabilitação de pessoas que apresentem alguma alteração cognitiva e/ou comportamental, associada às diversas patologias que afetam o sistema nervoso central. Aplica-se em crianças, adultos e idosos.
As principais funções cognitivas são: inteligência, atenção, memória, percepção, linguagem, raciocínio, aprendizagem, velocidade de processamento, flexibilidade mental, habilidades visuo-construtiva, habilidades visuo-espacial, funções motoras e executivas.

Em crianças, identifica-se, com certa frequência, alterações comportamentais e dificuldades na aprendizagem escolar, devido a vários fatores, como problemas de atenção, concentração, compreensão, memória, incapacidade para ler, para fazer cálculos etc.

Também são comuns, em todas as idades, traumas, epilepsia, depressão, demência, doença de Parkinson, esquizofrenia, alteração de conduta, transtorno do desenvolvimento, déficit cognitivo pós lesões cerebrais decorrentes de traumatismos, déficit cognitivo pós Acidente Vascular Cerebral (AVC), déficit cognitivo pós tumores, déficit cognitivo pós meningo-encefalites, déficit associado ao alcoolismo e/ou às drogas, entre outras doenças neurodegenerativas. Nesses casos, é indicada a Avaliação Neuropsicológica.

A importância da Avaliação Neuropsicológica reside no fato de se procurar identificar precocemente a presença de algum distúrbio, bem como o grau de sua evolução. Uma vez identificado algum prejuízo funcional, pode-se contribuir para a inclusão social da pessoa, por exemplo, desenvolvendo-se novas estratégias para lidar com as limitações apresentadas, minimizando-as.


terça-feira, 12 de abril de 2016

A Síndrome da Alienação Parental - Seus efeitos e consequências


A Síndrome da Alienação Parental é um acontecimento frequente na sociedade atual, que tem apresentado um elevado número de separações e divórcios.

A Alienação Parental é uma forma de maltrato ou abuso, é um transtorno psicológico que se caracteriza por um conjunto de sintomas pelos quais um genitor, denominado cônjuge alienador, transforma a consciência de seus filhos, mediante diferentes formas e estratégias de atuação, com o objetivo de impedir, obstaculizar ou destruir seus vínculos com o outro genitor, denominado cônjuge alienado, sem que existam motivos reais que justifiquem essa condição.

Normalmente a Síndrome da Alienação Parental surge da disputa de guarda dos filhos pelos seus pais. E para compreender melhor essa situação devemos procurar compreender a separação. Quando ocorre a separação por mútuo consentimento, diminui a possibilidades de danos para os filhos; contudo quando a separação é litigiosa, onde os conflitos se multiplicam, posteriormente deixará consequências tanto para a criança, como para os cônjuges.

A Síndrome da Alienação Parental afetará cada um dos sujeitos de uma forma diferente e específico. Como afirma Jorge Trindade apud Dias, “De fato, a Síndrome de Alienação Parental exige uma abordagem terapêutica específica, para cada uma das pessoas envolvidas, havendo necessidade de atendimento para a criança, o alienador e o alienado”.
A criança pode assumir uma postura de se submeter ao que o alienador determina por medo de desagradar, tendo, por vezes, sofrido ameaças ou castigos. Ocorre um constrangimento para que esta criança escolha um dos genitores, trazendo dificuldades de convivência com a realidade, entrando num mundo de duplas mensagens e vínculos com verdades censuradas, favorecendo um prejuízo na formação de seu caráter.

Segundo Gardner, “são comportamentos típicos de quem aliena: recusar-se a passar chamadas telefônicas aos filhos, excluir o genitor alienado de exercer o direito de visitas; apresentar o novo cônjuge como sua nova mãe ou pai; interceptar cartas e presentes; desvalorizar ou insultar o outro genitor; recusar informações sobre as atividades escolares, a saúde e os esportes dos filhos; criticar o novo cônjuge do outro genitor; impedir a visita do outro genitor; envolver pessoas próximas na lavagem cerebral de seus filhos; ameaçar e punir os filhos de se comunicarem com o outro genitor; culpar o outro genitor pelo mau comportamento do filho, dentre outras”.

O genitor alienado também sofre as consequências dessa Síndrome. Muitas vezes passa 
pela angústia de ver seu filho o rejeitar ou sofrer por ter que fazer uma escolha entre os dois genitores, situação a qual a criança não tem maturidade para lidar. Além disso, esse genitor é obrigado a buscar, de todas as formas, reconstruir sua relação com o filho, tomando o cuidado para não confundir seus sentimento e cair na tentação de “ vingar-se”.

O genitor alienante também tem dificuldades de compreender e aceitar que precisa de ajuda. Que seus sentimentos estão influenciando na situação e portanto precisa ser cuidado também.


Portanto, a Síndrome da Alienação Parental, é um distúrbio bastante ocorrido atualmente, devido aos inúmeros divórcios característicos da sociedade atual e que, tem afetado a todos os indivíduos diretamente envolvidos. Essa situação requer uma reflexão, tanto do judiciário, como a participação dos profissionais da psicologia na tentativa de ajudar a todos a encontrar equilíbrio nas relações que ficam após uma separação.

Fonte: http://www.vnaa.adv.br/artigos/ibdfam.pdf

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Dica de Filme: Um estranho no ninho

Um Estranho no Ninho

Voltando hoje com a dica de filme, trago a indicação de um clássico super ligado à saúde mental e como os pacientes devem ser acolhidos e tratados.

Sinopse: Randle Patrick McMurphy (Jack Nicholson), um prisioneiro, simula estar insano para não trabalhar e vai para uma instituição para doentes mentais. Lá estimula os internos a se revoltarem contra as rígidas normas impostas pela enfermeira-chefe Ratched (Louise Fletcher), mas não tem ideia do preço que irá pagar por desafiar uma clínica "especializada".
Ano de produção: 1975
Duração: 133 minutos
Elenco: Jack Nicholson, Michael Berryman, Louise Fletcher, Willian Redfild, entre outros.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Transtorno de Personalidade Evitativa


No nosso cotidiano percebemos que diferentes pessoas têm diferentes comportamentos, sob as mesmas circunstâncias. O comportamento de cada um é tão único e instintivo, que é comum não damos conta dos motivos eu nos levam a agir e escolher de uma determinada maneira e não de outra. Isso se deve a personalidade.

A personalidade é um conjunto de características ou traços que diferencia os indivíduos. É uma organização dinâmica dos aspectos cognitivos, afetivos, fisiológicos e morfológicos de uma pessoa, que resulta num padrão de comportamento, que determina seu modo de lidar com os contextos de sua vida: o modo como percebe as situações, como pensa a respeito de si mesmo e do mundo, e como se relaciona com os outros.
Uma vez que a personalidade determina a ação de um indivíduo, ao conhecê-la, podemos prever o que ele fará diante de uma situação.

Existe a concepção de que o ser humano é Biopsicossocial, ou seja, toda sua dinâmica é composta pela influência dessas três esferas: Biológica, Psicológica e Social.
Assim, o comportamento humano advém da personalidade, segue essas vertentes: de um lado, estão as características genéticas e fisiológicas, e de outro, suas experiências e relações com o mundo.
Levando em consideração a interação do indivíduo com o outro e com o seu contexto, tempos a família como o primeiro núcleo, e mais importante, de interação da criança. É a partir da relação com seus pais que ela aprende conceitos a respeito de si mesmo e do mundo a sua volta. Por exemplo, uma criança, cuja família a estimula e encoraja a encarar os desafios de seu desenvolvimento (como andar, falar, ir à escola), demonstrando-lhe o quanto é amada, terá maiores subsídios para construir uma personalidade com maior autoestima e a lidar, de forma mais madura e adequada, com os desafios e frustrações que surgirão ao longo de toda a sua vida. Um outro exemplo é o da criança cujos pais são superprotetores.
Esses exemplos nos mostram como o papel da família é fundamental no desenvolvimento da personalidade, pois criança reproduz o aprendizado que obtém na relação com seus pais, para a sua interação social como um todo. A esse aprendizado damos o nome de crenças.
As crenças são conceitos profundos e fundamentais a respeito de si mesmo, as outras pessoas e o mundo. Elas se desenvolvem na infância e são consideradas como verdades absolutas. Essas crenças determinam a forma como o indivíduo percebe uma situação, o que consequentemente influencia sua forma de pensar, sentir e se comportar diante dela.
Essas crenças podem ser positivas e funcionais, o que proporciona ao sujeito uma personalidade saudável, com bom enfrentamento, interação social e escolhas na vida. Há também as crenças negativas ou disfuncionais, que podem surgir num momento específico da vida, acarretando algum tipo de problema emocional, como depressão ou ansiedade, ou dificuldade para lidar com uma dificuldade pontual. Isso ocorre com a maioria das pessoas, e com muitas delas, não apresentam maiores gravidades. No entanto, há casos em que essas crenças disfuncionais são extremamente rígidas, e ativadas constantemente, o que resulta num Transtorno de Personalidade.
Não existe uma personalidade certa ou errada; os traços ou características de personalidade advindos das crenças que construímos ao longo da vida são aprendizados que obtemos a partir das relações e experiências que temos, principalmente, em nossa infância. Apenas quando são inflexíveis e mal adaptativos e causam prejuízos significativos ou sofrimento para a pessoa é que esses traços constituem um quadro patológico muito importante e grave, denominado Transtornos de Personalidade.
Hoje como exemplo de transtorno de personalidade trago o Transtorno de Personalidade Evitativa.
Para a 5ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5 (2014), o Transtorno da Personalidade Evitativa é um padrão difuso de inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade a avaliação negativa que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos, ou seja, trata-se de um transtorno onde nota-se uma timidez predominante, sentimento de incapacidade, alta sensibilidade a repressões e críticas, com tendência ao isolamento social.
Acredita-se que pessoas com este transtorno possuam baixa autoestima, julgando-se socialmente incompetentes e desagradáveis, evitam todo e qualquer tipo de contato social por um medo extremo de humilhação, ridicularização e desprezo, e ainda, seu comportamento tenso e cauteloso provoca o deboche de outrem confirmando suas dúvidas quanto a si mesmos. “Indivíduos com o transtorno da personalidade evitativa ficam inibidos em situações interpessoais novas, pois se sentem inadequados e têm baixa autoestima.” (DSM-5, 2014, p. 673).
Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Evitativa esquivam-se de atividades no trabalho que envolva contato interpessoal significativo devido a medo de crítica, desaprovação ou rejeição.
Essas pessoas apresentam, aos olhos dos leigos, isolamento, ansiedade pelo modo de reação à crítica e, por isso, são tidos como “solitários” e/ou “tímidos”; possuem relacionamentos em número limitados ou nenhum apoio de amigos ou confidentes.
Coloco aqui o conceito, características e sintomas mais nítidos, contudo alerto que, para se ter um diagnóstico preciso, é necessário que a pessoa seja avaliada por um profissional da área de saúde mental, pois esse transtorno apresenta um padrão de sintomas previsto no DSM-V que dará a certeza deste diagnóstico, além de não correr o risco do transtorno ser confundido com outros transtornos.

Sendo assim, fica a dica: Ao perceber a reação de alguém que se assemelham as características apresentadas nesse post, procure um psicólogo e/ou médico psiquiatra a fim de se realizar o diagnóstico e encaminhar o programa de tratamento do indivíduo, caso necessário.

sábado, 2 de abril de 2016

Sobre a mídia e o suicídio

Sabemos o quanto a mídia tem importância na formação da opinião do cidadão, contudo essa importância deve ser levada em consideração na forma como os veículos de comunicação devem abordar determinados fatos. Dentre estes fatos podemos falar sobre o suicídio que trata-se de um acontecimento ou fato delicado a se tratar através dos meios de comunicação.

"É comum encontrar nos manuais de redação - que definem a linha editorial do veículo, regras para o uso correto da língua portuguesa e orientações gerais sobre a cobertura de determinados assuntos - recomendações de cautela quando o assunto é suicídio". 

Há vários estudos que comprovam que as notícias sobre o suicídio têm o poder de criar novos suicídios, um fenômeno denominado "efeito de imitação" ou mimetismo - processo pelo qual a notícia serve de inspiração para a repetição do ato.

Quando a empresa de comunicação tem esse cuidado, os casos de suicídio são noticiados quando não dá pra evitar. Contudo, atualmente a mídia formal, que entende-se ser uma instituição organizada e mediada por regras, não é o único meio de divulgação de informação. As redes sociais, por exemplo, muitas vezes são responsáveis por disseminar de maneira irresponsável casos de suicídio.

É frequente fotos e vídeos serem expostos às pessoas sem o mínimo de cuidado e respeito aos cidadãos que não desejam e, as vezes, não tem estrutura para lidar com tal notícia ou imagem. Sem falar o desrespeito com a pessoa que cometeu tal ato.

Assim, nesse post gostaria de fazer um apelo a cada cidadão, que seja ou não ligado a mídia, para observar os cuidados ao divulgarem notícias de suicídios, pois podemos estar contribuindo para um "efeito de imitação" que poderá trazer novas tentativas ou casos.

Abaixo estarei divulgando o link de uma pesquisa realizada em Portugal, como exemplo de uma forma de tratar dessas notícias com limites e responsabilidades.

https://www.publico.pt/sociedade/noticia/jornais-portugueses-fazem-cobertura-responsavel-dos-suicidios-1727789?frm=ult

Fonte: http://www.mundosustentavel.com.br/wp-content/uploads/2011/04/lixo2.pdf