quinta-feira, 30 de novembro de 2017

“Os olhos são cegos. É preciso buscar com o coração…” – diz O Pequeno Príncipe


Sobre o que realmente temos controle na vida? Às vezes, faço-me essa pergunta e chego à conclusão de que sobre pouquíssimas coisas. A vida é mesmo frágil, é a chama de uma vela, como diria Shakespeare. Além de frágil, é fugaz, passa rápido e, contemporaneamente, em um mundo de extrema fluidez, a sensação que tenho é de que a vida passa sem que eu possa, de fato, senti-la.
Temos que fazer mil e uma coisas em um dia, quando não temos condições de fazer cinco com qualidade. Cheios de obrigações e sem tempo para nada, as horas passam e a chama que nos mantém vivos fica mais fraca. Esse tempo não volta e, pior, não fica na memória, pois não o gastamos com o que de fato deveria ser gasto.
A obrigação em dar certo na vida não nos permite parar, ainda que não saibamos para aonde estamos indo. Essa maneira de se comportar intensifica-se com a vida, em uma sociedade capitalista, em que a obrigação em dar certo na vida resume-se a ganhar dinheiro. Vivemos sob o jugo da alta performance e exigências de um mundo cada vez mais dinâmico.
O que me preocupa é a forma como já estamos adaptados a viver dessa forma, sem questionar se essa é a melhor forma de viver, pois, como disse, a vida é breve e, por ser breve, deve ser aproveitada naquilo que realmente importa. Um dia a gente acorda, os anos se passaram e perdemos a oportunidade de deixar a nossa marca no mundo, de dar um abraço e de ganhar um sorriso. Ou seja, ser importante para alguém e fazer alguém importante.
Devemos produzir, devemos correr, devemos “ter” coisas para mostrar, como se objetos definissem pessoas, mas, mesmo que definam, são definições muito superficiais. Nessa busca incessante por um sem número de coisas, existem pessoas em lugares que não querem estar, em trabalhos que não trazem nenhuma felicidade, em relacionamentos vazios, e contentam-se, afinal, vendem-nos a ideia de que essa é uma vida feliz.
Nós a aceitamos, por medo, preguiça ou insegurança de viver uma vida que realmente faça jus à nossa existência e àquilo que somos. Acreditamos que a vida, dessa forma, é levada a sério, que estamos fazendo “coisas sérias”. Como é tola a sabedoria que os adultos carregam. Mal sabem que as areias da ampulheta chegam ao outro lado e suas vidas são vividas como a dos outros, sem diferenças, sem essência, sem nada que possa fazê-los importantes.
Tantas coisas que passam por nós ao longo da vida, tantas coisas que vêm e vão, tantos de que não nos lembramos, tantos que não se lembram de nós. Poderíamos ter nos ocupado de menos coisas, ter ficado mais tempo com o que faz o coração enternecer, chorado quando sentíssemos vontade e colecionado sorrisos para fortalecer a alma.
Mas não temos tempo para essas coisas. No mundo dos adultos, só há tempo para as coisas sérias, para fazer contas, para o racional. Desse modo, ao longo do tempo, vamos esquecendo quem somos e nos transformamos em máquinas ou qualquer outra coisa. Nem tudo pode ser contado e, assim, há coisas que somente são sentidas. Embora tenhamos nos ocupado muito em deixar de sentir. E nos orgulhamos disso, pois somos homens “sérios”.
“Eu conheço um planeta onde há um sujeito vermelho, quase roxo. Nunca cheirou uma flor. Nunca olhou uma estrela. Nunca amou ninguém. Nunca fez outra coisa senão somas. E o dia todo repete como tu: “Eu sou um homem sério! Eu sou um homem sério!” e isso o faz inchar-se de orgulho. Mas ele não é um homem; é um cogumelo!”
Como a sabedoria do principezinho é diferente da nossa. Cegos da nossa razão, estamos inchados de orgulho de uma vida que nos afasta dos outros e de nós mesmos. Acreditamos que a felicidade está na grandiosidade ou quantidade. Guardamos tralhas que, no fim das contas, apenas nos deixam mais vazios. Tentamos cultivar milhares de pessoas, mas não temos tempo para cuidá-las e, logo, não colhemos nada.
Shakespeare disse que a vida é a chama de uma vela; Quintana, que a vida é breve; Niemeyer, que a vida é um sopro. Eu vos digo que a vida só vale a pena, quando com pequenas coisas se ganha um sorriso. Acho que a vida do homem contemporâneo não se adequa ao que penso, mas as pessoas grandes são muito esquisitas e isso não fui eu que disse, mas um frágil e pequenino sábio:
“- Os homens do teu planeta, disse o principezinho, cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim… e não encontram o que procuram…
– Não encontram, respondi…E, no entanto, o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa, ou num pouquinho d’água…- É verdade. E o principezinho acrescentou:
– Mas os olhos são cegos. É preciso buscar com o coração…”
Fonte: Revista Pazes

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Você sabia que cada forma de abraçar tem um significado?

Você sabia que cada forma de abraçar tem um significado?
Existe uma bela frase de Eduard Paul Abbey que diz: “Eu acredito somente no que posso tocar, beijar ou abraçar. O resto é apenas fumaça.” Abraçar pode ser amor, paixão, ou até mesmo ódioÉ uma expressão capaz de representar uma enorme gama de emoções.
Abraçar é um ritual muito importante, mas nem sempre significa o que nós realmente amamos, desejamos ou sonhamos. Na verdade, é um gesto de linguagem não verbal regido pelas normas culturais das diferentes sociedades. Pode ser um pequeno oásis de privacidade, um refúgio de paz, ou mesmo um gesto de falsas declarações e enganos.

As diferentes maneiras de abraçar

Os psicólogos desenvolveram uma peculiar “classificação do abraço”. Na realidade, eles fizeram mais de uma, mas para este artigo vamos falar da classificação de Arturo Torres, porque acreditamos que é a mais completa. Você gostaria de conhecê-la?
Torres fala sobre a influência do abraçoEste gesto tem o poder de deixar no nosso corpo uma marca profunda e permanente. Mas, como dissemos, tudo isso depende da intenção da pessoa, dos sentimentos, das emoções… e especialmente, de como a pessoa que recebe o abraço o interpreta.

Abraços clássicos

Vamos começar pelo primeiro da lista que, neste caso, é o abraço clássico. Duas pessoas se abraçam com força deixando as cabeças uma ao lado da outra.
Na verdade, este é um abraço muito íntimo. Os peitos se juntam e as cabeças ficam muito próximas. Além disso, geralmente dura dois ou mais segundos, porque esse ritual tem um encanto especial. Certamente você já abraçou assim ao se despedir de alguém querido ou em um reencontro.

Abraços de dança

Como o próprio nome sugere, podem estar associados com a música. Normalmente, uma pessoa abraça a outra segurando a sua nuca. música transporta os dançarinos para um mundo mágico e romântico, repleto de amor, intimidade e beleza.

Abraço visual

Quando o abraço tem um contato visual, existe um componente especial. É simples, muito íntimo, e com as duas pessoas coladas uma de frente para a outra. Mas o espaço deixado entre os dois na altura do peito é substituído pela proximidade dos olhares cúmplices e carinhosos.

Abraço entre colegas

Outro abraço clássico é o abraço entre colegas: são duas pessoas sem intimidade ou afinidade especial. Eles simplesmente dão um tapinha nas costas do outro por um trabalho bem feito ou pela proximidade devido a algum fato concreto. No entanto, as cabeças não se juntam e não existe um forte sentimento.

Abraços assimétricos

O abraço assimétrico ocorre entre duas pessoas com alturas diferentes. Neste caso, a conotação é puramente passional e erótica. De fato, é mais usado durante um ato íntimo ou sexual.

Abraço lateral

O abraço lateral é outro exemplo de simplicidade e proximidade. Ele ocorre quando você coloca a mão no ombro da outra pessoa. Seus significados são variados: você pode estar confortando a outra pessoa, pode ser um sinal de companheirismo, simpatia e carinho, amor, ternura ou cordialidade.

Abraços distantes

Os abraços distantes ocorrem quando falta intensidade e são dados com os corpos afastados. As cinturas ficam separadas e o ato ocorre mais por compromisso do que por gosto ou prazer. Eles podem fazer parte de um protocolo ou são motivados por uma trégua temporária após um confronto. Eles podem ser a encenação de uma cordialidade tensa e até mesmo uma atuação que demonstra um afeto que realmente não existe.

Abraços violentos

Este é um abraço de muita intensidade, mas não pela paixão amorosa, e sim por pura violência e agressão. Pode ser muito apertado e pode até mesmo causar dor a um dos envolvidos. Acontecem durante uma briga ou para separar dois indivíduos que estejam lutando, por exemplo.
É uma pena que abraçar nem sempre seja um símbolo de amor e carinho. Essa proximidade com outra pessoa, esse contato físico tão íntimo, talvez nunca devesse ser violento ou falso. No entanto, mesmo que isto aconteça em muitos casos, felizmente, na maioria das vezes, os abraços simbolizam e criam um espaço de intimidade e afeto onde nos sentimos acompanhados e reconfortados.
Fonte: A mente é maravilhosa

A psicologia do perdão

Psicologia do perdão
A psicologia do perdão também é uma forma de desapego. Ela se refere a um ato de coragem através do qual as pessoas deixam de lado o rancor que as consome para aceitar o que aconteceu e seguir em frente. É também uma reestruturação do “eu”, um caminho psicológico para reparar o sofrimento, as emoções negativas, e encontrar pouco a pouco a paz interior.
Quando procuramos bibliografias em relação à psicologia do perdão, encontramos principalmente obras e documentos relacionados ao crescimento pessoal, ao estudo da moral e até mesmo ao mundo da religião ou da espiritualidade. No entanto, existem estudos científicos sobre o que é perdão, como realizá-lo e o que é necessário para que nosso equilíbrio físico e emocional dê esse passo?
Sim, existem alguns estudos sobre a psicologia do perdão. Na verdade, a “Associação Americana de Psicologia” tem diversos trabalhos e pesquisas sobre o que é perdoar ou não. Como as nossas sociedades antigas e a atual estão cheias de conflitos ao longo da sua história, nem sempre conseguiram avançar nesse sentido: uma dimensão que, por sua vez é a chave para o nosso bem-estar mental.
Certamente todos nós temos um espinho cravado, uma conta pendente com algum fato de nosso passado que restringe a nossa felicidade atual, que diminui a nossa capacidade de construir um presente muito mais satisfatório. Todos nós, de alguma forma, guardamos a nossa pequena cota de ressentimento em relação a algo ou alguém que precisa ser curado…
Mulher rodeada de pequenos aviões

Perdoar para evitar o “desgaste” pessoal

A melhor maneira de se aprofundar nessa área da psicologia é diferenciar o que é o perdão e o que não é. Perdoar, em primeiro lugar, não significa nos dizer que o que aconteceu em determinado momento foi bom se na realidade não foi. Também não significa “aceitar” ou se reconciliar com a pessoa que nos prejudicou; e muito menos nos obrigar a conviver ou sentir pena dela.
Na realidade, a psicologia do perdão nos oferece as estratégias apropriadas para que possamos dar os seguintes passos:
  • Aceite que as coisas aconteceram dessa maneira particular. Nada que aconteceu nesse momento específico do passado pode ser alterado. Portanto, devemos parar de pensar, perder energia, coragem e saúde, imaginando como as coisas poderiam ter acontecido se tivéssemos agido de outra forma.
“Perdoar é aprender a “deixar ir” para reinventar um novo “eu” que assume o passado, mas que tem forças para aproveitar o presente.
Por sua vez, a psicologia do perdão nos diz que não somos obrigados a entender ou aceitar os valores ou pensamentos da pessoa que nos prejudicou. Perdoar não é oferecer clemência ou buscar justificativas para o que sofremos. Nunca devemos perder a nossa dignidade.
  • É preciso facilitar o luto do ressentimento, “deixar ir” a raiva, a intensidade do desespero e o bloqueio que nos impede de respirar… Para isso, é necessário deixar de odiar aqueles que nos prejudicaram.
Caramujo com dente-de-leão
Por outro lado, há um aspecto importante que geralmente esquecemos. O perdão é a base de qualquer relacionamento, seja de casal, amizade, etc. Lembre-se de que nem todos veem as coisas da mesma maneira; na verdade, há diversas percepções, abordagens e opiniões.
Às vezes assumimos certos comportamentos como afrontas ou atos de desprezo, quando o que está por trás é uma simples intolerância ou um mal-entendido. Assim, e para deixar de ver traições onde não há, devemos ser capazes de expandir o nosso senso de compreensão e a nossa capacidade de perdão.

A psicologia do perdão: a chave para a saúde

O Dr. Bob Enright, da Universidade de Wisconsin, é um dos mais conhecidos especialistas no estudo da psicologia do perdão. Depois de mais de três décadas analisando casos, fazendo estudos e escrevendo livros sobre o assunto, concluiu algo que, talvez, possa chamar a nossa atenção. Nem todos conseguem, nem todos são capazes de dar o primeiro passo para oferecer o perdão. A razão disso reside na crença de que o perdão é uma forma de fraqueza.
Isto é um erro. Uma das melhores ideias que a psicologia do perdão nos dá é de que perdoar, dar o primeiro passo, além de nos permitir avançar com mais liberdade no nosso presente, nos dá a oportunidade de aprender novos valores e estratégias para enfrentar qualquer fonte de estresse e ansiedade. Perdoar e reciclar ressentimentos nos liberta; é um ato de coragem e força.
Mulher com borboleta em sua mão
O Dr. Enright nos lembra que existem muitas razões para perdoar. A melhor delas é que vamos ganhar saúde. Existem muitos estudos que mostram a estreita relação entre o perdão e a redução da ansiedade, da depressão e de outros distúrbios que reduzem a nossa qualidade de vida.
Vamos portanto, colocar em prática algumas das seguintes estratégias para facilitar o caminho do perdão:
  • Perdoar não é esquecer, é aprender a pensar melhor e entender que não somos obrigados a facilitar uma reconciliação, mas a aceitar o que aconteceu sem nos sentirmos “fracos” por dar esse passo. Perdoar é nos libertarmos de muitas cargas que não merecemos carregar ao longo da vida.
  • O ódio tira a energia, o ânimo e a esperança. Devemos, portanto, aprender a perdoar para sobreviver e viver com mais dignidade.
  • A escrita terapêutica e a manutenção de um diário também podem nos ajudar.
  • Devemos entender, por sua vez, que o tempo por si só não ajuda a esquecer. Deixar passar os dias, meses e anos não nos impedirá de odiar ou lembrar o que aconteceu. Não vamos deixar para amanhã o desconforto que sentimos hoje.
  • Precisamos entender que o perdão é um processo. Talvez nunca possamos perdoar completamente a outra pessoa, mas podemos descarregar uma boa parte de todo ressentimento para poder “respirar” um pouco melhor…
Para concluir, o campo da psicologia do perdão é muito amplo e, por sua vez, tem uma relação muito próxima com a área da saúde e do bem-estar. É uma disciplina que nos oferece estratégias fabulosas para aplicarmos em qualquer área da nossa vida, do nosso trabalho e dos relacionamentos diários. Perdoar é, portanto, uma das melhores habilidades e virtudes que podemos desenvolver como seres humanos.
Fonte: Amente é Maravilhosa

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Fobia social

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A fobia social é um transtorno psicológico em que o indivíduo se sente muito ansioso em situações sociais como falar ou comer em locais públicos, entrar em lugares cheios, ir a uma festa ou fazer uma entrevista de emprego, por exemplo.
Neste transtorno o indivíduo fica inseguro e preocupado com o seu desempenho ou com o que poderão pensar dele, por isso, ele evita situações em que pode ser julgado por outras pessoas.
Na fobia social generalizada o indivíduo teme quase todas as situações sociais, como conversar, namorar, sair em lugares públicos, falar, comer, escrever em público, entre outras. Na fobia social não generalizada ou restrita o indivíduo apenas teme por situações sociais específicas.
fobia social tem cura se o tratamento for devidamente realizado pelo indivíduo.

Sintomas de fobia social

Os sintomas de fobia social incluem:
  • Palpitações;
  • Falta de ar;
  • Tonturas;
  • Suor;
  • Visão embaçada;
  • Tremores;
  • Gaguejo ou dificuldades em falar;
  • Rosto vermelho;
  • Náuseas e vômitos;
  • Esquecimento do que falar ou fazer.
O início de aparecimento da fobia social é incerto e gradual, o que torna difícil para o paciente identificar quando começou o problema. No entanto, na maioria das vezes ele se dá na infância ou adolescência.

Causas de fobia social

As causas de fobia social podem estar relacionadas com:
  • Experiência traumatizante anterior em público;
  • Medo da exposição social;
  • Crítica;
  • Rejeição;
  • Baixa autoestima;
  • Pais superprotetores;
  • Poucas oportunidades sociais.
Estas situações diminuem a confiança do indivíduo e produzem uma forte insegurança, fazendo com que o indivíduo duvide da sua capacidade de desempenhar qualquer função em público.

Tratamento para fobia social

O tratamento para fobia social pode ser feito com:
  • Medicamentos para ansiedade e antidepressivos;
  • Terapia cognitiva comportamental em que o indivíduo aprende a controlar os sintomas da ansiedade, a desafiar os pensamentos que o fazem ficar ansioso, substituindo-os por pensamentos adequados e positivos, a enfrentar situações da vida real para superar os seus medos e a praticar as suas habilidades sociais em grupo.
O psiquiatra e o psicólogo são os profissionais indicados para o tratamento da fobia social.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Disposição da sala de aula para ajudar alunos com TDAH


Disposição da sala de aula para ajudar alunos com TDAH

É sabido que existem estratégias suficientes para auxiliar crianças com o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), sobretudo no ambiente escolar, onde há uma necessidade considerável para a concentração ao conteúdo dado.
Entre os métodos utilizados, há que se destacar a disposição da sala de aula como forma de atrair a atenção do estudante. A tarefa, a princípio, pode parecer complicada, pois será preciso modificar alguns aspectos da turma a fim de que a iniciativa dê certo. No entanto, quando colocada em prática, é notório o fato de que tal mudança vem bem a calhar.
A sala de aula é um ambiente completamente propício para adaptações, principalmente por haver a presença de um educador que saberá como lidar com os desafios surgidos ao longo do caminho.

Estratégia que faz total diferença

Para saber como essa disposição é eficaz na vida dos alunos com TDAH, veja abaixo alguns tópicos que ajudarão a elucidar essa técnica:
– A mudança ocorrida dentro da sala de aula é responsável por organizar uma nova maneira de os alunos aprenderem; e da criança com TDAH captar o conteúdo dado pelo professor, uma vez que ele estará distante do que tira sua concentração: janelas, portas, colegas mais próximos.
– Importante lembrar que os itens citados acima exercem responsabilidade pela distração ocorrida em sala de aula. Exemplo: a criança, quando está próximo à janela, pode ficar concentrada em coisas que não dizem respeito ao conteúdo exposto em sala de aula. Nesse caso, qualquer item pode chamar sua atenção para o ambiente externo: um bicho, uma pessoa, um objeto, etc.
– Um colega pode tirar a atenção da criança. Isso não significa que o aluno com TDAH deva ficar isolado; muito pelo contrário, a distribuição das carteiras será normal, como em várias escolas. Porém, sempre há aquele coleguinha com quem ele tem proximidade e é nesse quesito que devemos focar. Para que a criança não fique distraída, é aconselhável alternar seu lugar dentro de sala.
– Se o estudante puxar assunto de forma insistente com o colega ao lado, mesmo que não seja próximo, a iniciativa será focar no aluno. Dessa forma, peça sempre para que ele seja o ajudante de turma. Assim, a criança terá uma ocupação a mais e poderá ficar focado nas atividades.

Disposição da sala de aula e outros atrativos para o estudante

Além da disposição da sala, existem outros fatores que podem ajudar na busca pela concentração do aluno com TDAH. A aula pode contar com equipamentos eletrônicos, de finalidade pedagógica, para tornar a explicação de uma matéria/atividade mais lúdica.
Por falar em exercícios lúdicos, eis uma alternativa para tornar o ambiente escolar mais atrativo. Quando a criança está em um local que ofereça essas opções, há a possibilidade de o aluno obter uma fruição maior dos conteúdos.
Determinação
É sabido que o processo não se pauta em algo pronto, ou seja, é um trabalho conquistado aos poucos. No entanto, é importante que os educadores estejam empenhados em dar suporte a esses alunos em busca da concentração e dos ótimos resultados.
Fonte: Neuro Saber

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Dica de filme: Jogada de Gênio

Jogada de Gênio

Sinopse: Um professor universitário com uma miraculosa idéia que seria capaz de chamar a atenção da indústria automotiva. Esse é Robert Kearns, ou simplesmente Bob Kearns, interpretado pelo versátil Greg Kinnear. Sempre cultivando a esperança de um dia alcançar o “Sonho Americano”, Kearns, que era engenheiro, inventor nas horas vagas e vivia na Detroid dos anos 60, criou uma engenhoca que seria utilizada em todos os carros do mundo – sem exeção. Para a sua família, integrada pela sua esposa Phyllis e mais seis filhos, era como se ele tivesse encontrado ouro. porém, esta fascinante invenção acabou se tornando um tormento para Kearns. Os gigantes da indústria automotiva se aproveitaram da sua idéia e, sem o menor pudor, ignoraram o verdadeiro proprietário do invento.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Estamos todos com fome de abraços


Por Erick Morais

Em um dos seus versos, Pablo Neruda disse que “Se nada nos salva da morte, pelo menos que o amor nos salve da vida”. Talvez seja ridículo dizer o quanto isso é óbvio, mas andamos tão esquecidos, tão sobressaltados, tão desmemoriados, que é preciso dizer o óbvio, a fim de que os nossos olhos consigam sair de nós e enxergar além das grandiosidades vazias que nos cercam.

Nos outros, em nós, nos lugares mais próximos, nos lugares mais distantes, não importa aonde se vá, estão todos perdidos. Todos perambulando, andando por aqui, acolá. Cortando as multidões, em que muitos se veem, mas poucos se enxergam. As pessoas não parecem satisfeitas, os seus olhares procuram algo perdido. Será a humanidade cada vez mais distante?

Mas, ninguém para, ninguém questiona, ninguém ousa andar em sentido contrário, afinal, ninguém quer ser visto como fugitivo. Os fugitivos são perigosos, eles incitam as pessoas a pensarem. E quem pensa, desorganiza, perturba a ordem, quebra a normalidade de uma vida cheia de banalizações. Sabemos bem que o sistema não costuma gostar de sujeitos subversivos.

E como somos bastante obedientes, ficamos quietinhos. Podemos até chorar, mostrar a nossa insatisfação com a vida, a nossa desesperança, a nossa fragilidade. Mas é preciso que seja em silêncio, claro. O sistema não gosta de alardes e as lágrimas costumam sempre mostrar os esconderijos da alma, algo que – convenhamos – não deve ser mostrado, já que vivemos como máquinas.

Vivemos como máquinas e tudo que nos faça pensar ou recuperar o humano deve ser esquecido, apagado da vida e da memória. Além disso, o que há para fazer? Somos ensinados desde logo que boi sozinho se lambe melhor, a não despregar os olhos de nós mesmos, ainda que para que possamos nos enxergar seja necessário ir além do nosso próprio reflexo.

Assim, o sistema de desvínculos que nos circunda torna-se perfeito, porque não enxergamos o humano no outro, o outro não enxerga o humano em nós, de modo a ficar todos perdidos e todos famintos. Com fome de gente. Com fome de toque. Com fome de abraços.

E não adianta tentar preencher o vazio com outras coisas, por mais que diga que se pode, porque afeto não é mercantilizável, embora os mercadores do amor tentem sempre arrumar uma nova forma de vendê-lo e nós obedientemente novas formas de comprá-lo.

No entanto, sempre chega o momento em que o algo que fala em nós grita que não há como viver de forma tão banal, desinteressante, solitária, egoísta. Não dá para viver apenas enganando o estômago. Uma hora, ele quer pão, assim como a alma quer abraços. É o instante em que se ainda não conseguimos enxergar a humanidade nas pessoas, ao menos enxergamos a fome que domina os seus olhos, repletos de secura.

Nesse instante, em que a alma cansada de chorar em silêncio se coloca para fora; percebemos que ser fugitivo é a única possibilidade de liberdade e que o toque é o que humaniza a nossa existência, pois se o amor é capaz de criar um escudo contra a morte, é preciso que o utilizemos para que – como falou Neruda – salvemo-nos da vida.

Fonte: Revista Pazes

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Depressão é a doença que mais atinge estudantes universitários

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Metade dos universitários brasileiros vivenciou algum tipo de crise emocional no ano passado. A depressão foi a mais representativa: atingiu cerca de 15% dos estudantes, enquanto a média geral entre jovens de até 25 anos fica em torno de 4%. Os dados sobre os universitários são da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
Para psicólogos e professores, a principal causa dessas crises é a mudança da adolescência para a vida adulta, que ocorre bem na fase em que o jovem está na graduação. Por causa das cobranças, o estudante se sente pressionado e confuso e o resultado é a falta de motivação para estudar, dificuldade de concentração, baixo desempenho acadêmico, reprovação, trancamento de disciplinas e, na pior das hipóteses, evasão.
“É o período em que o estudante vai consolidar sua personalidade e ganhar características do curso que escolheu. Essa formação de identidade, somada à necessidade de corresponder às expectativas dos outros, gera estado depressivo”, explica o professor e coordenador da Clínica de Psicologia da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), Luiz Henrique Ramos.
Cobrança
Nem sempre o sofrimento é causado apenas pela tentativa de mostrar à família e aos amigos que dá conta da vida adulta. A cobrança de si mesmo por um bom desempenho também é responsável por causar ansiedade nos universitários. Segundo Ramos, algumas situações específicas durante o curso podem desencadear o problema. No caso dos cursos de Saúde, a hora de atender o paciente pode gerar medo, insegurança e causar situações de ansiedade e depressão.
Os estudantes de Medicina estão entre os grupos mais atingidos, segundo o psiquiatra e professor de Medicina da Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Dagoberto Hungria Requião. Além do medo do início do atendimento, o contato com corpos nas aulas de Anatomia também pode causar tristeza e desânimo. “Ele chega ao curso superior entusiasmado e se depara logo com a morte. Nem todos estão preparados e têm maturidade para isso.”
Formada há três anos, a médica Amanda – que não quis ser identificada – lembra que passou por um estado de depressão no primeiro ano da faculdade. Depois de poucos meses de aula, começou a faltar. “Não ia mais e nem fazia provas. Simplesmente ficava em casa vendo televisão. Hoje sei que o que senti foi medo de comparação com as notas dos colegas, pois tinha acabado de passar pela pressão do vestibular e não aguentava mais aquilo.” Após quatro meses em casa, ela procurou um médico, tomou remédio e em pouco tempo estava de volta à sala de aula.
Imagem de capa: Shutterstock/Indefinido.
Texto Original de Gazeta Do Povo

Fonte: Psicologias do Brasil.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Entenda o que é Bulimia Nervosa

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A bulimia nervosa é um transtorno alimentar em que o paciente ingere de forma descontrolada uma grande quantidade de alimentos, num ato de compulsão alimentar e depois fica arrependido e tenta compensar esse exagero provocando o próprio vômito, por exemplo.

Para compensar a ingestão exagerada de alimentos o bulímico provoca geralmente o próprio vômito mas também utiliza outras estratégias como:

·         Ficar longos períodos sem comer nada.
·         Tomar laxantes de forma exagerada, para provocar diarreia e eliminar os alimentos.
·         Praticar exercícios físicos de forma exagerada, para "queimar" todas as calorias que ingeriu.

Estas estratégias compensatórias podem ser utilizadas em simultâneo pelo paciente, fazendo com que possa desmaiar facilmente.

Consequências da bulimia

As consequências da bulimia podem ser:
·         Desgaste dos dentes;
·         Inflamação crônica da garganta;
·         Calos no dorso das mãos;
·         Desidratação;
·         Desnutrição.

Estas complicações podem surgir em poucos meses e se devem ao ato de forçar o vômito de forma frequente e pela má alimentação, que não oferece ao corpo todos os nutrientes necessário para funcionar corretamente. Veja outras complicações e como tratar cada uma aqui.

Sintomas de bulimia

Os sintomas de bulimia podem ser físicos como o desgaste dos dentes ou alterações no comportamento como ir frequentemente ao banheiro durante e após as refeições. Para saber mais sobre os sintomas de bulimia veja: Sintomas de bulimia.

Tratamento para bulimia

O tratamento para a bulimia é feito principalmente com terapia comportamental, de grupo e reeducação alimentar.

Pode ser necessária a ingestão de suplementos de vitaminas e minerais assim como de alguns remédios antidepressivos ou para ajudar a evitar os vômitos. Em casos graves pode mesmo ser necessário o internamento hospitalar ou em clínicas especializadas no tratamento de transtornos alimentares.


O tratamento para bulimia é demorado, pois o paciente necessita de aprender a ter uma relação saudável com os alimentos e a se alimentar corretamente, evitando o ganho de peso e o comportamento compensatório que vem depois das crises. Veja mais sobre o tratamento em: Tratamento para bulimia.

Fonte: Tua Saúde

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Poesia com Rapadura, Bráulio Bessa faz homenagem ao 'Dia da Consciência ...

Dicas para melhorar a compreensão em crianças com Hiperlexia


Dicas para melhorar a compreensão em crianças com Hiperlexia

Vocês já viram em outra ocasião alguns detalhes da Hiperlexia e como isso afeta as crianças. No artigo mencionado, há informações importantes para que pais e responsáveis possam avaliar se o pequeno apresenta algum traço característico, sendo que o principal deles é a habilidade precoce de leitura.
Entretanto, o que parece um relevante passo na vida escolar pode ser, na verdade, um motivo para procurar auxílio profissional. Se de um lado a criança consegue ler uma frase inteira aos dois anos de idade (fase em que os bebês normais não contam com tal domínio); do outro, ela encontrará grandes dificuldades em desenvolver a linguagem oral e até se relacionar com os colegas de sala.
Portanto, as intervenções são imprescindíveis na vida do paciente, uma vez que quanto mais cedo começar o tratamento, mais chances o pequeno terá na socialização ao seu redor. Mas é verdade que sempre surgem dúvidas acerca de qual metodologia utilizar para se trabalhar no caso apresentado pela criança.
Considerando que a Hiperlexia pode estar associada ao Transtorno de Espectro do Autismo (TEA), é preciso reconhecer que um tratamento usado em uma criança pode ser completamente diferente em outra. Aliás, a Hiperlexia pode vir em diferentes condições entre os pacientes com o mesmo distúrbio.

Veja abaixo as principais dicas para melhorar a compreensão em crianças com Hiperlexia.

  • Procurar uma equipe que ofereça intervenções multidisciplinares, pois desta forma haverá muitas chances de os profissionais trabalharem os pontos que precisam ser desenvolvidos, tanto na vida escolar quanto familiar;
  • Dentro do tratamento citado acima é importante mencionar a presença de fonoaudiólogos, tamanho o desafio que os pequenos encontram com a linguagem oral em detrimento das palavras impressas. É relevante que eles consigam dominar a oralidade;
  • Na escola*, uma atitude que pode servir para ajudar a criança com Hiperlexia é integrá-la à turma regular, ou seja, com os alunos que conseguem desenvolver a habilidade da fala dentro dos limites da faixa etária em questão.
  • * Lembrando que tanto o pequeno que tenha Hiperlexia quanto seus colegas devem tirar um proveito em comum com essa convivência: o respeito pela diversidade encontrada em uma sala de aula. Além disso, outra vantagem que pode vir através dessa troca de informações é a flexibilidade a que os alunos estarão inseridos.
  • Dentro de casa existem muitas possibilidades. Uma delas é o exercício diário que pais, babá ou algum outro familiar pode aplicar à criança. Alguma atividade dada pela fonoaudióloga pode ser explorada no ambiente doméstico, como em brincadeiras, para citar apenas um exemplo;
  • Outro atrativo para as crianças são os dispositivos eletrônicos, uma vez que o pequeno com a Hiperlexia tem um estímulo visual bastante aguçado. Nesse caso, os tablets contam com jogos educativos que tendem a atrair a atenção da criança e, junto com ela, você terá chances de trabalhar os pontos que mais necessitam ser desenvolvidos.
Há que se lembrar, no entanto, que tudo isso só pode ser feito se o paciente contar com uma intervenção profissional.
Fonte: Neuro Saber

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Dica de filme: O Fazendeiro e Deus

O Fazendeiro e Deus

Sinopse: Tão inspirador quanto “A Virada” e “Desafiando Gigantes” Um fazendeiro muda-se para a África do Sul com a família e sofre uma série de perdas que julga ser incapaz de superar. Com amizades insólitas e intervenção divina providencial, ele descobre o verdadeiro propósito da sua vida e uma crença inabalável no poder da fé. A história de vida comovente de um homem que, assim como suas batatas, desenvolve as raízes da fé, que só se tornam visíveis quando chega a hora da colheita.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Vigorexia - Quando há obsessão pelo corpo perfeito

Vigorexia - Quando há obsessão pelo corpo perfeito

A vigorexia, transtorno dismórfico muscular ou Síndrome de Adonis, é uma doença psicológica caracterizada por uma insatisfação constante com o corpo, que afeta principalmente os homens, levando-os à prática exaustiva de exercícios físicos.

Sintomas da vigorexia

O principal sintoma da vigorexia é o fato de o indivíduo estar em ótima forma física e continuar achando que seu corpo é inadequado, por ser muito fraco. Outros sintomas são:
  • Dor muscular persistente por todo o corpo
  • Cansaço ao extremo
  • Irritabilidade
  • Depressão
  • Anorexia/ Dieta muito restritiva
  • Insônia
  • Aumento da frequência cardíaca ao repouso
  • Menor desempenho durante o contato íntimo
  • Sentimento de inferioridade
Por norma, os vigoréticos adotam uma alimentação muito restritiva e passam a eliminar o consumo de gorduras, exagerando no consumo de alimentos ricos em proteínas, com vistas no aumento da massa muscular. É comum que eles também abusem dos anabolizantes.
Eles ficam sempre insatisfeitos com os resultados, vendo-se como indivíduos muito magros, apesar de serem muito fortes e terem músculos muito bem desenvolvidos. Por isso, a vigorexia é considerada um tipo de Transtorno Obsessivo Compulsivo e necessita de tratamento.

Causas da vigorexia

As causas da vigorexia são psicológicas, mas acredita-se que possa haver alguma relação com os neurotransmissores do sistema nervoso central, pois alguns casos de vigorexia foram precedidos por doenças como meningite ou encefalite.

Consequências da vigorexia

Com o passar do tempo, a vigorexia pode gerar consequências danosas ao organismo, como insuficiência renal ou hepática, problemas de circulação sanguínea e depressão.
Se houver abuso do uso de anabolizantes, pode haver doenças cardiovasculares envolvidas, câncer de próstata e diminuição do tecido testicular.

Tratamento para vigorexia

O tratamento mais indicado em caso de vigorexia é a psicoterapia, cujos objetivos serão fazer o indivíduo aceitar-se como realmente é e aumentar a sua autoestima. Além disso, pode ser necessário tomar medicamentos à base de Serotonina e uma alimentação equilibrada, orientada por um nutricionista.
Fonte: Tua Saúde