domingo, 30 de outubro de 2016

DICA DE FILME: FRANKENWEENIE (2012)


Sinopse: Após a morte de seu amado bull terrier Sparky, o pequeno Victor conduz uma experiência científica para trazê-lo de volta à vida. O sucesso de sua empreitada trará, além disso, consequências graves em sua vida e em seu ambiente familiar e escolar.

Aprendizagem:
 Remetendo ao mito de Frankenstein, lembra-nos de que a negação não é a melhor maneira de gerir uma perda e o luto é um processo natural. Talvez as crianças possam tirar dele um grande aprendizado sobre o cuidado de animais de estimação.

Fonte: Psiconlinews

sábado, 29 de outubro de 2016

A Importância da Família no Desenvolvimento do Indivíduo


A família é o primeiro espaço de convivência do ser humano. Referência fundamental para qualquer criança, é na família que, independente de sua configuração, se aprende e incorpora valores éticos, e onde são vivenciadas experiências afetivas, representações, juízos e expectativas.

A família é importante na medida em que possibilita a cada membro constituir-se como sujeito autônomo. É o lugar indispensável para a garantia da sobrevivência e da proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como vêm se estruturando. É a família que propicia os aportes afetivos e sobretudo materiais necessários ao desenvolvimento e bem-estar dos seus componentes. Ela desempenha um papel decisivo na educação formal e informal, é em seu espaço que são absorvidos os valores éticos e humanitários. É também em seu interior que se constroem as marcas entre as gerações e são observados valores culturais.

As crianças adquirem muitos dos padrões de comportamento de seus pais, como atitudes e valores, através dos processos de imitação e identificação. Esse processo ocorre sem que os pais ensinem, ou tentem influenciar a criança, e ainda sem que a criança tenha a intenção de aprender. É o que chamamos popularmente de exemplo.

Podemos então pensar em como se tem perdido esses valores a medida que sucumbimos às exigências da vida moderna onde o convívio familiar se torna cada vez escasso. Hoje o que vemos são famílias reproduzindo de geração em geração, feridas imensas no coração de seus membros.

Então como teremos filhos bons, obedientes, prontos para viver em sociedade e alcançando todos os projetos e sonhos a que se propõe????

Explico através de uma frase bem clichê: “o mundo que queremos para os nossos filhos, depende dos filhos que deixamos para o mundo”.

A sociedade que queremos depende da sociedade que construímos e como disse anteriormente, começa dentro da família, a primeira “célula” da sociedade, teremos uma sociedade melhor se começarmos a mudar essa sociedade através de nossos filhos.

Algumas dicas práticas para Educação dos filhos:

1- O diálogo sempre é importante. A criança em sua fase de desenvolvimento necessita de respostas para as coisas que apreende ao seu redor, os questionamentos são importantes nesse processo, por isso nunca deixe uma criança sem resposta e principalmente não minta se você não sabe, não é vergonha dizer que vai procurar saber, e assim responder a ela de forma eficaz.

2- Saiba o que o seu filho está vendo na televisão, sempre que puder sente juntamente com ele, e procure alertá-lo sobre valores errados que são transmitidos, despertando nele o senso crítico.

3- A disciplina é algo que a criança necessita, horários pré-estabelecidos devem ser cumpridos, o que pode ou não fazer, etc. Regras são fundamentais para que a criança aprenda a viver em sociedade.

4- Mesmo que o seu tempo seja pequeno com seus filhos, procure valorizar cada instante que passam juntos, mostrado sempre, que ele é importante para você. Se você nunca disser que ama ou mesmo não demonstrar isso, ela nunca vai saber. Para a criança, mesmo que ela não saiba expressar em palavras, o carinho, o amor e a atenção são muito mais importantes do que presentes.

5- A criança é puramente um reflexo do meio em que vive. Seja um exemplo de como quer que seu filho seja.


Fonte: Psiconlinews

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

MÃES X, FILHOS Y, NETOS Z


O período que define a geração de meus pais é de um quarto de século. Vinte e cinco anos eram o bastante para se definir as características de toda uma geração. Mas os tempos mudaram e esse número caiu para quinze anos, devido às mudanças que agora acontecem em menos tempo e em maior velocidade: Tecnologia e Globalização.

Meu pai é da geração Baby Boomers. Vindo desta geração pós-guerra, aprendeu que a vida era sofrida, onde podia existir batalha e fome. E se ter um emprego era uma sorte e tanto. Meu pai sempre foi mais rígido e frio. Calculista, tinha os números na ponta da língua, impondo suas certezas e ideais. Vivi uma educação bem mais de imposição do que troca de ideias.

Quando tive meu filho, quase como todo pai e mãe, decidi que faria diferente do que fizeram comigo. Daria a ele a liberdade de ser responsável por suas próprias decisões. O eduquei com o objetivo de ser feliz, focando mais em si mesmo do que em dinheiro. Com o tempo, descobri que eu não tinha sido a única a ter aquela ideia sobre educação, mas toda a minha geração, denominada como X.

Meu filho quando era bebê subia na mesa para ligar a impressora e ficar imprimindo Clip-Arts do Microsoft Word. É de uma geração que foi para a escola já com aulas de computação. Teve seu primeiro celular na pré-adolescência. Foi rodeado por uma mídia conscientemente ecológica, contra o cigarro, abuso de álcool e uso de drogas. Geração que pesquisa absolutamente tudo na internet. Às vezes sabe mais do que os médicos em que se consulta. Alimentação só com a devida informação de origem e conteúdo. Remédios? Melhor não.

É interessantíssimo analisar as diferenças entre nossas mais recentes gerações. Quando eu era jovem, os mais velhos eram símbolo de sabedoria. Com o surgimento da Internet, esse velho conhecimento foi contestado, se tornando obsoleto e a terceira idade deixou de ter tanto valor. Vi a globalização em meu horizonte, a caminho.

A geração de meu filho nunca entenderá o valor que os mais velhos tiveram um dia, pois todo conhecimento está ali, na ponta de seus dedos. Uma dúvida médica, de direito ou engenharia? Google! Não é necessário questionar ninguém. Alguns segundos e se tem mais do que uma velha enciclopédia bem diante de seus olhos. Ele nasceu no mundo globalizado.

Nossos filhos são mais consumistas, distraídos e aparentemente mais folgados do que nós. Por outro lado, têm a mente multitarefa: conseguem mexer no computador, ouvir música, falar ao telefone e prestar atenção numa conversa ao lado. Não se engane! Seu silêncio pode ser apenas mais uma característica de sua geração, mas ele está sim atento a tudo.

Certa vez numa importante instituição, falávamos com o diretor sobre uma possibilidade de estudo para meu filho. Depois de muitas explicações e informações, a primeira pergunta de meu filho foi: “Quando são as férias?”. Na mesma hora em que eu quase morri de vergonha, o próprio diretor olhou para mim e disse: “Não se preocupe, ele é da geração Y”.

Se a minha geração X tinha tanto respeito por cargos e autoridades, a geração Y os olha de igual para igual. Além de ter o olhar lá na frente, a longo prazo e mais individualista, visando o próprio conforto e realização.
Poder perceber as diferenças entre uma geração e outra nos permite entender as dificuldades que sentimos no dia-a-dia com nossos filhos. Nem tudo é defeito. E nem tudo está perdido. Como em toda geração, iremos perceber pontos positivos e negativos, mas no fim também nos damos conta de que estamos todos evoluindo.

Os meus netos ainda não chegaram, mas já sei que serão indivíduos com dificuldades para se relacionarem e também mais quietos, porém extremamente rápidos em seus raciocínios.
Somos todos indivíduos únicos por si mesmos. Não bastasse sermos todos absolutamente diferentes, também somos definidos assim, como incógnitas de uma equação matemática: X, Y ou Z.

Passamos a vida em busca de nós mesmos. O próprio entendimento não é algo fácil. Mudamos a cada dia, sendo um ser a cada momento que passa. E assim são os outros e gerações inteiras.
Autoconhecimento e o conhecimento sobre o outro é uma busca e uma troca que favorece os dois sentidos e em ambas as direções. Para tal também há duas formas que sendo X, Y ou Z sempre valerá a pena: Google e o velho “olhos nos olhos”!

Fonte: Psiconlinews

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

A importância do movimento de pinça para a escrita

Movimento de Pinça

O desenvolvimento motor humano passa por diversas etapas ao longo da vida de acordo com a fase em que o indivíduo se encontra. Essas etapas são de extrema importância para a aquisição de determinadas habilidades que serão utilizadas para toda a vida.
Esse é justamente o caso do movimento de pinça e como ele é importante para a realização de tarefas cotidianas, como a escrita, por exemplo.
Talvez você não saiba, mas foi o movimento de pinça que permitiu ao homem a realização de trabalhos manuais, auxiliando inclusive durante o processo evolutivo da espécie no manuseio e construção de artigos de caça e demais ferramentas.

A importância do movimento de pinça para a escrita

Que a realização do movimento de pinça foi uma das habilidades adquiridas pelo homem durante o processo evolutivo nós aqui já sabemos, mas a pergunta que não quer calar é qual a importância do movimento de pinça para a escrita?

Pois então vamos descobrir!

Se existe algo extremamente comum é ouvirmos diversos questionamentos e comentários a respeito da qualidade da escrita das crianças, principalmente nos dias atuais.
O que acontece é que, segundo estudos da “Psicogênese da Língua Escrita” o processo da escrita em si está sendo um tanto deixado de lado pelos educadores modernos.
Esse é um processo que envolve muitas etapas que vão desde a instrumentação até habilidades psicomotoras que são as que requerem maturidade e treinamento muscular preparando dedos e braços para o ato da escrita em si.
Então, para que a criança consiga ter uma comunicação escrita legível é preciso atender a todos os aspectos que envolvem o seu crescimento, isso é, toda a conquista do esquema corporal que engloba o equilíbrio estático e dinâmico, movimentos amplos, alongamentos e o movimento de pinça bem como o treinamento da musculatura dos membros superiores.
Sendo assim, para escrever e comunicar-se com legibilidade através desse meio a criança precisa estar com o movimento de pinça muito bem treinado, definido e desenvolvido.
Assim ela conseguirá segurar o lápis corretamente, apoiar o braço de maneira adequada na mesa tendo o suporte necessário prevenindo dores decorrentes da má postura.

Como treinar e desenvolver o movimento de pinça

Para treinar e desenvolver o movimento de pinça nas crianças tanto os educadores como os pais podem oferecer ferramentas que trabalhem com essa atividade como argila e massinhas de modelar.
Trabalhos manuais como rasgar papel, enrolar bolinhas de papel, transportar materiais, desenhar, pintar ou mesmo o arremesso de bolinhas de jornal também ajudam no processo de aquisição do movimento.
Treinar desenhos de quadrados, círculos e outras formas geométricas também é fundamental para que posteriormente a criança consiga também desenhar os símbolos pertencentes ao nosso alfabeto.
Isso por que através dessas figuras geométricas as crianças desenvolvem a habilidade de executar traços horizontais, verticais, inclinados e também circulares.
Entretanto vale lembrar que os traços circulares e inclinados só aparecem mesmo na representação da criança depois que ela é capaz de cruzar a linha mediana do corpo, pois antes eles são representados tombando o papel.
O alerta então vai para a importância de o professor e também os pais estarem sempre atentos ao desenvolvimento motor da criança cuidando também para que a escrita em caixa alta não se estenda por muito tempo, pois é uma escrita simples e com representações básicas, mas que faz parte do processo de aprendizagem.
O fundamental é saber que a letra minúscula tem uma importância muito grande para a escrita, pois permite que a criança passe a identificar hastes descendentes e ascendentes e também o lado esquerdo e direito adquirindo a fineza de movimentos necessários para executá-los.
Fonte: Neuro Saber

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

8 dicas para sair da zona de conforto



Considerar uma grande mudança e deixar a zona de conforto não é fácil. Ir além do que já é conhecido e confortável exige coragem e determinação. Porém, as recompensas são gratificantes. Você cresce, amplia o leque de experiências, se torna mais segura e melhor preparada para atingir seus objetivos. Situações que antes lhe causavam calafrios se tornam mais simples e te ajudam a reconhecer melhor seu potencial. Com base em matéria feita pelo Business Insider sobre este tema, listamos uma série de dicas que podem ser úteis para que você deixe a zona de conforto, confira.

1. Avalie sua vida

O primeiro passo para sair da zona de conforto é fazer uma avaliação sincera de sua vida. Veja o que não a agrada mais, o que não faz mais sentido e a deixa insatisfeita. Analise como pode mudar a situação e aja. Se você está infeliz no mesmo emprego há anos e não faz nada para mudar, não espere uma nova vaga cair do céu. Arregace as mangas, corra atrás e esteja aberta a aceitar desafios. Uma vaga bem diferente pode aparecer e você terá que decidir se continua na mesma situação ou encara a nova oportunidade.

2. Fale em público

Muitas pessoas morrem de pavor só de pensar em falar em público. Porém, vez ou outra isso é necessário e não há como fugir – você pode ter que fazer uma apresentação no trabalho, por exemplo. Enfrente o medo e aproveite todas as oportunidades que tiver para falar em público. Para se aprimorar, você pode fazer um curso de teatro ou oratória. Quem fala bem em público se destaca e pode ter mais oportunidades na carreira.

3. Medite

Diminuir o ritmo, ficar em silêncio e buscar a calma dentro de si mesma pode ser particularmente difícil para quem vive agitada e ansiosa. A meditação, nesses caso, é uma ótima maneira de sair da zona de conforto, principalmente por favorecer o autoconhecimento. Quando você começa a se conhecer, compreende melhor suas reações diante dos desafios da vida e descobre forças que nem imaginava ter.

4. Faça trabalho voluntário

Com o trabalho voluntário, você ajuda os outros e a si mesma. Você tem contato com realidades diferentes da sua, conhece gente nova e faz coisas que não havia feito antes, o que aumenta a versatilidade. Você se sente satisfeita e descobre que é mais capaz do que imaginava quando auxilia os outros.

5. Estabeleça uma meta desafiadora para algo que você já faz

Dê um passo além em atividades que já são familiares para você. Se você participa de corridas de curta distância, por exemplo, desafie-se a fazer uma de longa distância. Defina um prazo realista para ter tempo de se preparar bem. Se inicialmente a ideia de correr vários quilômetros a mais a assustava, você se sentirá realizada ao ver que consegue conquistar muito mais do que pensava.

6. Faça caminhos diferentes

Experimente trajetos diferentes para ir ao trabalho, para a faculdade ou um curso. Você pode se surpreender com uma paisagem diferente e descobrir rotas mais rápidas.

7. Experimente novos sabores

Se nas refeições fora de casa você pede sempre o mesmo sabor de suco e raramente experimenta pratos novos, está perdendo um jeito delicioso de sair da zona de conforto. Explore melhor o cardápio. Que tal pedir aquele prato mexicano de nome esquisito, mas que parece saboroso? Experimente! Você pode encontrar novos sabores favoritos e explorar diferentes tipos de culinária.

8. Conheça pessoas novas

Converse com alguém da faculdade ou do trabalho com quem nunca falou antes. Puxe assunto com um desconhecido no ônibus ou no supermercado. Você verá que pode aprender um pouco com cada pessoa com quem conversa. Aos poucos, a timidez vai ficando de lado e se aproximar de pessoas que te interessam se torna mais fácil.

Fotos: Shutterstock

terça-feira, 11 de outubro de 2016

“Eu não vivo sem você.” É uma declaração suicida, não de amor.

Dói perder quem a gente ama, eu sei e qualquer criança sabe. Mesmo que ninguém nos informe sabemos do sofrimento que o desamor causa. Que desgraça foi quando minha primeira namorada iria embora da cidade, morar bem longe, eu fiquei mal de não querer comer. Não vamos ridicularizar o sentimento de quem sente a falta de alguém, isso é luto e luto é uma readaptação brusca ao ambiente.
Repito, dói e dói demais. Porém, nobres poetas doentes de romantismo, essa vida segue sim.
Quando alguém diz “eu não vivo sem você”, soa mais pra mim como uma declaração suicida do que de amor. É um recadinho romântico que diz “Olha, fique aqui comigo ou eu vou morrer e você será a culpada!” Quantos relacionamentos estão por aí sustentados por esse tipo de ameaça poética?
Responsabilizar o outro pela sua sobrevivência na Terra não deve ser visto como parte de um amor incondicional. Aliás, quer condição mais nítida para um amor acontecer.
“Eu não vivo sem você!” também quer dizer que “se você me deixar, eu vou morrer e o amor que eu digo sentir por ti, vai morrer junto comigo.” Morrer “por amor” nesse contexto é só uma forma doentia de deixar de amar.
Eu viverei sem as pessoas que amo hoje, caso elas precisem partir. Ficarei triste, muito triste, mas minha tristeza não irá guiar minha vida pra sempre. Quem eu amo, amo por não ser meu, por não estar debaixo do meu controle. E a melhor declaração que eu acho possível fazer é “Eu te amo tanto que se você partisse, eu iria me cuidar pra continuar vivo em mim meu amor por ti”.
É um verso mais saudável, não?
Desnecessário justificar sua vontade de morrer usando a partida das pessoas que você ama. Cuidar de si mesmo é a melhor maneira de agradecer a alguém que te fez bem. Nessas horas que  sentir vontade de morrer caso a coisa amada vá embora, escreva suas frases insanas, pode dar boas poesias melancólicas, mas pela sua saúde procure um psicólogo. De tempos em tempos, fantasias do tipo podem atravessar suas ideias e minar bons momentos nas suas relações. A terapia está aí para isso, vá numa boa, a cabeça precisa tanto de escovação e limpeza quanto os dentes.
Claro que uma pessoa pode dizer essa frase sem a intenção ou real vontade de expressar a dependência aqui apontada, claro.
Mas se acontecer de alguém lhe dizer com sinceridade e vigor;
“Sem você eu não sei viver!”
Abrace a pessoa, dê um beijinho na testa e diga com muito carinho;
– Sabe sim, tá?

A capa é uma cena do filme Portrait of Jennie de 1948 que trata de uma dessas histórias de amor e obsessão.


Fonte: Contioutra.com

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Pais narcisistas: O tipo mais nocivo de parentalidade


Ao longo dos anos muitas vezes me perguntaram qual é a coisa mais prejudicial que um pai pode fazer para um filho. Há muitas coisas prejudiciais que um pai pode fazer, é mais fácil focar o tipo de pai que mais causa dano.

Os pais mais nocivos são aqueles que têm uma necessidade narcisista de pensar em si mesmos como grandes pais. Devido a essa necessidade, eles são incapazes de olhar para a sua condição de forma objetiva. São incapazes de ouvir as queixas de seus filhos sobre suas atitudes.

Esses pais doutrinam seus filhos desde a tenra idade para pensarem neles apenas de formas positivas. Qualquer outro tipo de pensamento é considerado traição à família. Se algum dos seus filhos vem a desenvolver problemas comportamentais, eles veem esses problemas como uma forma de punição. Seu pensamento é: “O que fiz para merecer esta semente ruim?” Nem por um momento consideram a possibilidade de que o problema pode ser o efeito nefasto da forma como conduziu o relacionamento com seus filhos.

Conheci um casal que tinha duas filhas. A filha mais velha não podia fazer nada errado. A filha mais nova não podia fazer nada direito. Ambos os pais lamentavam a natureza problemática da filha mais nova. Para os dois, ela era um espinho ao seu lado e uma vergonha para a família. Quando Mary (o nome que eu vou dar para a filha mais nova) cresceu, ela era sempre comparada desfavoravelmente com a sua irmã mais velha. “Porque você não pode ser como a sua irmã?” Ela era constantemente vista de uma forma negativa. Se ela contasse uma piada, eles riam dela, não com ela, a tratavam como se fosse uma estúpida falando bobagens.

Quando ela era uma pré-adolescente, seu pai, que era um rico magnata do mercado imobiliário, a levou em uma viagem de negócios com ele. Ela ficou lisonjeada por ir junto, porque ele sempre favorecia a sua irmã mais velha. Ele insistiu para que compartilhassem o mesmo quarto do hotel, dizendo que eram da família. Quando ela estava tomando banho, ele entrou e disse que ela não deveria ficar tímida com a sua presença, porque ele era seu pai. Naquela noite, ele insistiu para que ela dormisse na cama com ele e, no meio da noite, ele começou a tocá-la, dizendo que estava tudo bem, porque eram da família.

Quando ela mencionou este evento para sua mãe, ela a tratou como com desdenho, como se ela fosse apenas um criador de problemas, como de costume. “Por que seu pai faria algo assim? Ele é um homem poderoso. Ele poderia ter qualquer mulher que quisesse, mas ele sempre foi totalmente leal a mim. Eu quero que você peça desculpas pelo que acabou de dizer”. Mary cresceu e precisou reprimir este incidente, se tornou uma criança insegura, que duvidava das suas percepções sobre as coisas. Ela permaneceu ligada ao pai e continuou a idealizá-lo, assim como o resto da família. Mas a idealização de seu pai, sua mãe e sua irmã mais velha, a mantinham em uma posição inferior. Seus relacionamentos com os homens foram um desastre, assim como seus relacionamentos com amigas. Ela desconfiava de todos e, mais cedo ou mais tarde, encontrava uma razão para rejeitá-los (uma reprovação simbólica da sua família).

A mãe dessa família era uma escritora que uma vez escreveu um artigo para uma revista de Pais e filhos. O artigo se chamava “Como eu aprendi a me adaptar com a minha filha com ADHD“, e ela afirmou que foi motivada a escrever o artigo para ajudar outras mães com crianças com características semelhantes. O pai foi reverenciado como membro da família e entre amigos pela sua perspicácia empresarial e personalidade. Nenhum dos pais deu importância para o abuso emocional ou sexual da sua filha mais nova. Ambos continuaram a acreditar firmemente que tinham sido ótimos pais, e que a sua filha mais nova estava simplesmente geneticamente danificada e foi uma sorte infeliz na vida ter que se adaptar a ela (ser solidário com suas “artimanhas”). Mas sua simpatia (a pretexto de cuidar) só a prejudicou.

Aliás, a filha mais velha da família acabou se tornando uma mãe narcisista, assim como seus pais foram. Ela cresceu aprendendo que não poderia fazer nada errado e, portanto, não achava que poderia fazer nada errado como mãe. Às vezes, este tipo de característica paternal é passada de geração em geração.

Personalidades narcísicas só conseguem ver as coisas de uma maneira: a sua maneira. E elas são muito boas em encontrar razões que justifiquem a sua maneira. Ou você está com elas ou contra elas. Se você estiver com elas, você poderá compartilhar a sua glória, se você estiver contra e diz algo que elas não querem ouvir, você vai ter a sua ira. A rainha das história infantis, “Branca de Neve”, é um exemplo de personalidade narcisista. O espelho tinha que dizer que ela era a mais bela na terra, e quando ele disse que era Branca de Neve, ela quis matá-la.

Sob o narcisista há uma bolha de inferioridade inconsciente e raiva, que ele encobre através de uma rígida personalidade que não pode ser contrariada.

Pais narcisistas vão de psicólogo a psicólogo até encontrar aquele que lhes diz o que queriam ouvir. O problema nunca é com eles ou seus pais. É sempre atribuída a alguma causa externa, alguma fonte genética, um professor hostil, ou uma vacinação com defeito. Isto não quer dizer que a genética, ou outros factores, não desempenhem um papel importante no desenvolvimento. Mas a relação com os pais é o fator primordial, que forma a base da nossa personalidade. Com pais narcisistas nunca será.

Este tipo de pai e mãe é o mais prejudicial, porque eles prejudicam seus filhos enquanto parecem ter as intenções mais acertadas. O abuso emocional que tais pais fazem aos seus filhos é difícil de ser detectado pela criança, o que torna a situação ainda mais desastrosa.

Fonte: PsychCentral traduzido e adaptado por Psiconlinews

Filhos abandonados dentro da própria casa

Encontrar filhos abandonados emocionalmente pelas famílias é uma dura realidade.
Hoje, vivemos um tempo de grande transformação nos relacionamentos sociais. Em pouco tempo, evoluímos enormemente nas possibilidades de comunicação pessoal a distância. Eu, por exemplo, peguei a época em que só existia telefone fixo (com fio) e “orelhões” de rua (sem celular ou internet), e a comunicação escrita era feita por carta. Na minha adolescência, passei muitas horas (todos os dias!) brincando e conversando na rua com os amigos, e em casa com a família. Quando alguém estava presencialmente com outra pessoa, havia muito pouca distração. Tínhamos de investir no relacionamento “ao vivo”, demonstrar sentimentos, conquistar a simpatia dos outros. Mas os tempos mudaram e estima-se que o brasileiro passa, aproximadamente, de três a quatro horas por dia conectado, interagindo via internet, o que reduz muito sua convivência física com amigos e familiares.
Estamos esquecendo como amar
Fico impressionada quando vejo o desenvolvimento de formas de demonstrar emoções via internet (desenhos, “se sentindo…”, carinhas de todos os tipos). As pessoas estão se tornando ótimas no marketing emocional externo, mas estão esquecendo como amar, como fazer carinho físico, como olhar nos olhos e dar atenção a quem está perto. Será que isso não é reflexo da dificuldade de nos abrirmos aos laços emocionais reais e fortes na nossa intimidade?
Medo de expor traumas e fraquezas
Será que não é medo de expor nossos traumas e fraquezas? Digo isso, porque, apesar da internet ser um meio real de conhecimento pessoal e uma forma de diálogo, há um fator limitante que tendencia essa experiência a ser uma ilusão: eu mostro somente o que quero mostrar. Já no convívio concreto, não tenho tanto o domínio sobre a exposição, porque meus gestos, minha entonação de voz, a linguagem corporal, a resposta imediata frente aos estímulos e minhas atitudes reais tornam-me muito mais vulnerável a ser realmente conhecido de maneira mais completa, inclusive naquilo que ainda não está bem equilibrado em mim.
Consequências da ausência dos pais
Claro que essa desconexão dos relacionamentos concretos é um problema. Ele se torna muito mais grave (e com fortes repercussões) quando a conexão enfraquecida é o laço familiar com uma criança ou adolescente. A criança nasce completamente dependente da atenção dos pais. À medida que vai crescendo, vai aprendendo a ter autonomia e tornando-se mais independente. Porém, a atenção real dos pais é indispensável para o saudável desenvolvimento emocional dos filhos. Vários estudos mostram que as consequências da ausência dos pais são graves e podem causar agressividade, tristeza, desenvolvimento de tiques e problemas na escola.
Presentes e ausentes ao mesmo tempo
A questão que quero levantar é que, hoje, muitos pais estão presentes e ausentes ao mesmo tempo. Em corpo estão ali, mas envolvidos com outras coisas. A criança se sente ignorada emocionalmente. Celular, Ipad, notebook, TV… Corpo presente, mente e atenção em outro lugar, com outro foco. Essa falta de atenção gera o sentimento de não ser importante, de não ser amado, de não ser suficiente para atrair a mãe e pai. Os filhos precisam sentir que há envolvimento dos pais, que eles sentem prazer em estar em sua companhia, que estão se divertindo ao brincar com eles. O contato físico e o carinho representam estabilidade e segurança para que eles aprendam o que é um relacionamento afetivo.
Degraus do amadurecimento humano
Sei que a vida é corrida, por isso mesmo é preciso que o tempo designado para estar com os filhos seja de grande qualidade. São preferíveis trinta minutos de exclusividade do que mais tempo ao lado deles, porém fazendo uso das redes sociais. Um dos grandes degraus do amadurecimento humano é aprender a dar importância ao que é importante. Sei que seus filhos e sua família são importantes para você; então, simplesmente esteja ali, de verdade, por inteiro onde estiver. O amor de Deus age por meio de nós, para nos ensinar novas formas de demonstrar o que nós sempre sentimos, o amor que temos aos que nos são preciosos. Você vai se surpreender com a resposta dos seus filhos ao se conectarem com você de verdade.
TEXTO ORIGINAL DE CANÇÃO NOVA
Fonte: Contioutra

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Mitos e Verdades Sobre o TDAH

TDAH

Em tempos de discussões acerca do desenvolvimento da criança, muitas pessoas procuram se informar sobre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). No entanto, é preciso esclarecer algumas informações que acabam por elaborar impressões equivocadas em torno de um quadro que merece total atenção. Com os esclarecimentos que daremos a seguir, o tratamento de uma pessoa vai ser bastante eficaz, além de quebrar preconceitos de quem convive com uma criança diagnosticada com o TDAH.
Vale ressaltar que o TDAH é um transtorno neurobiológico e tem uma grande incidência em meninos. Estes, por sua vez, são caracterizados pela hiperatividade e impulsividade. Quando o TDAH é diagnosticado em meninas, as pacientes apresentam um quadro diferente, pois elas ficam desatentas e não agitadas como os meninos. Veja mais informações aqui.

– O TDAH impossibilita a criança de ter uma vida normal?

Mito. É preciso destruir a barreira do preconceito. A informação é o melhor caminho. Uma criança que é diagnosticada com o transtorno deve receber tratamento específico e multidisciplinar (com psicopedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, etc.); além disso, cada caso deve ser olhado com atenção, pois cada paciente apresenta uma necessidade e uma demanda diferente para os profissionais.

– Pessoas com TDAH são menos inteligentes que as outras?

Mito. Eis aí algo que precisa ser esclarecido: uma pessoa diagnosticada com TDAH que recebe o devido acompanhamento e tratamento tem a inteligência normal e até acima da média, com desempenhos surpreendentes. Embora os portadores do transtorno apresentem alteração na concentração, eles podem ter o rendimento normal dentro de sala e no ambiente de trabalho.

– As características mais marcantes do TDAH são a hiperatividade, a desatenção e a impulsividade?

Verdade. Por ser um transtorno neurobiológico, os traços característicos do TDAH precisam ser notados também em dois ou mais ambientes de convívio do portador, como o familiar e o escolar. Esses lugares são determinantes para perceber o comportamento da criança para que, a partir disso, ela seja acompanhada e encaminhada ao tratamento que será eficaz.
Fonte: Neuro Saber

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Alfabetização no Transtorno do Espectro Autista (TEA)

alfabetizacao_tea
Hoje começaremos nosso blog com um assunto bem polêmico!! Alfabetização no TEA, como acontece??
Bem em primeiro lugar temos que avaliar o nível cognitivo, psicopedagógico e funcional, pois cada quadro dentro do TEA é singular e deve ser tratado com particularidade.
Torna-se importante ver se dentro daquela pessoa com TEA a alfabetização é o aspecto mais importante!! Muitas vezes as atividades de habilidades sociais e de Atividade de Vida Diária (AVD) tornam-se mais importante do que a aquisição da leitura e escrita, principalmente em quadros mais graves do TEA. Lógico que uma decisão dessa deve sempre levar em conta uma avaliação multidisciplinar em conjunto com família e escola, tendo como objetivo uma melhor qualidade de vida para quem é a pessoa mais importante desta história: a pessoa com TEA!
Fonte: Neuro Saber

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Desenvolvimento da Linguagem

importancia-da-linguagem

“O que é linguagem verbal? É a linguagem que precisa usar códigos gráficos ou sonoros por meio da fala, das palavras, letras e também dos números. A linguagem não-verbal não se utiliza dos meios gráficos, É quando a comunicação é feita através de gestos faciais, orais, corporais; vocalizações, atitudes rítmicas, música, tom de voz e dramatização”.Veja no Youtube ou na nossa aba “Vídeos“.

Fonte: Neuro Saber

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Dez razões para Adultos buscarem seu diagnóstico da Síndrome de Asperger

Resultado de imagem para adulto e a síndrome de asperger

Síndrome de Asperger (SA) é uma forma de autismo de alto funcionamento que só se tornou um diagnóstico “oficial” em 1994. Isso significa que muitos adultos com SA nunca foram diagnosticados.

O diagnóstico pode fornecer um quadro para organizar-se e a compreender e aprender sobre os desafios comportamentais e emocionais que talvez parecessem inexplicáveis até este momento. Isso pode diminuir a vergonha, levar a um maior senso de comum e iniciar o processo de aprender a viver mais adaptativamente com o cérebro de um Asperger. Pode também servir ajuda em outros aspectos da sua vida e a compreende-lo e responder de forma diferente.

1. Síndrome de Asperger pode ficar no caminho da sua carreira.

Você parece nunca conseguir um emprego que reflete suas habilidades, mesmo que todas as credenciais são ótimas no papel. Ou você está preterido em promoções regularmente, porque você simplesmente não entende a política do escritório. O problema pode ser SA.

2. Síndrome de Asperger pode ficar no caminho do começo das suas amizades

Você tem dificuldade de fazer e / ou manter amigos, e não sabe porquê. Ou seus amigos estão interessados apenas em você quando você está envolvido em uma atividade que você compartilha, mas você não constroem uma relação pessoal. O problema pode ser SA.

3. Síndrome de Asperger pode ser a razão Você ser “Obsessivo” em determinados temas

Você foi chamado de “obsessivo” ou “fanático”, mas você sente que está muito interessado em apenas um tópico incrivelmente fascinante. Você gostaria de descobrir se você está certo ou errado, e fazer uma boa decisão sobre a possibilidade de tentar expandir os seus interesses. Seria útil saber se você tem como.

4. Síndrome de Asperger pode dificultar Seu Estilo e vida Social

Festas e eventos sociais são uma ótima maneira de conhecer pessoas e elas podem ser essenciais para os negócios, namorar, e até mesmo um casamento feliz. Mas se você não sabe onde ficar, como entrar em uma conversação, o que vestir ou se você está falando muito alto, você pode precisar de ajuda e apoio para participar e se divertir. E o problema pode ser SA.

5. Síndrome de Asperger pode dificultar seu Romance

Você conheceu alguém especial. Você está interessado em fazer investir em um relacionamento. E Agora? Namorar é difícil para qualquer um, mas se você tem SA namorar pode ser completamente desconcertante. Precisa de ajuda? Pode ser necessário começar com um diagnóstico AS.

6. Síndrome de Asperger poderia ser a razão Você é ter algum tipo de fobia

Você fica facilmente “esmagada(o)” a qualquer momento quando há muito estímulos sensoriais – mesmo no shopping, ou supermercado, ou em um evento esportivo. E você gostaria muito de fazer parte e de sentir-se confortável nessas atividades comuns. O problema pode ser SA, e uma parte da solução pode ser conseguir o diagnóstico.

7. Síndrome de Asperger pode estar tornando ou lhe afetando na escola (Faculdade).

Se você tem síndrome de Asperger, você pode ser um pensador visual em um mundo verbal.Com um diagnóstico SA você pode obter a ajuda e as acomodações que você precisa para concluir os cursos, testes e entrevistas para obter o trabalho que você deseja.

8. Síndrome de Asperger pode ser um problema em uma relação importante

Alguém de quem gosta sugeriu que você pode ter Síndrome de Asperger, e eles apontam para certos comportamentos que os “deixam louco”. Eles gostariam que você obtivesse uma opinião profissional e, de preferência, alguma ajuda. Poderiam estar certo? Somente um profissional experiente pode dizer se você tem como.

9. Um diagnóstico de Síndrome de Asperger pode ser a chave para obtenção de serviços que você precisa

Se você tem síndrome de Asperger, você pode ter encontrado problemas em toda a sua vida.Você pode ser isolado, com pouco dinheiro, ou mesmo na necessidade de uma melhor habitação. Um diagnóstico de SA pode qualificá-lo para uma variedade de serviços e benefícios federal.

10. Um diagnóstico da síndrome de Asperger pode abrir novas portas para amizades e ajuda de grupos ou comunidades

Você tem se sentido “diferente” a sua vida inteira. Agora, você está esperando para encontrar uma comunidade de pessoas que recebem quem você é, como você pensa, e até mesmo como você se sente. Um diagnóstico de SA pode dar-lhe o empurrão que você precisa para entrar em contato com grupos de apoio do autismo e se conectar com essa comunidade.