domingo, 14 de janeiro de 2018

O mundo somos nós - Janeiro Branco

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Pablo Martins – Precisamos, com urgência, atentarmo-nos para essa questão prática e usar do conhecimento científico para ajudar a sociedade.

Todos nós gostaríamos de morar “em mundo melhor”, mais solidário, com mais respeito, justiça, mais esperança e menos violência. Não cansamos de repetir que “esse mundo tá muito estranho”, que “esse mundo não tem jeito”, que “no mundo de hoje, é cada um por si”. Mas quem é esse “mundo”? Do que se alimenta, onde vive, onde mora, o que pensa, como age? Alguém o viu por aí? Será que o Mundo sai na calada da noite a espalhar maldades e drenar a esperança? Será que ele tem armas poderosas para disseminar preconceito, para ensinar (mesmo que não percebamos) o individualismo e a competitividade? E o que é pior, será responsabilidade desse Mundo a lamentável falta de afeto e amor com que vemos as pessoas se tratando nos dias de hoje?

O Mundo é, então, um algoz perigosíssimo. Age publicamente e também às escondidas. Provoca, sem nosso conhecimento e consentimento, todas as mazelas que atrapalham nossa vida a se tornar mais alegre para todos. Então, precisamos destruir esse Mundo. Ao aniquilar esse inimigo – o cavalheiro do apocalipse que tem nos matado em doses homeopáticas – resolveremos todos os nossos problemas.

Destruir o mundo?
Não – usar a ciência em seu benefício

Mas… destruir o Mundo? Algo parece errado mesmo diante de tantas atrocidades que nós atribuímos a ele. Parece que não devemos destruí-lo? Mas, por que não? Não é ele o culpado de todo o mal que estamos vivendo? Neste momento, percebemos o porquê de não matarmos o mundo. Porque não eliminá-lo e, com ele, todas as mazelas que nos cercam?

Porque o mundo somos nós! e há muitos mundos em cada um de nós. E é preciso resgatar mais do que nossa vontade de vivermos dias melhores. É preciso usar de conhecimento científico para ajudar a sociedade.

Entre os conhecimentos científicos disponíveis está o conhecimento do comportamento humano, melhor representado pela Psicologia. Dentro dessa área acadêmica muitos conhecimentos já foram produzidos e eles podem e devem ser utilizados para o bem comum. As leis da aprendizagem humana devem ser sempre lembradas no momento de um planejamento adequado de políticas públicas ou qualquer ação que envolva o indivíduo e, principalmente, grupos que poderão replicar esse conhecimento a favor de grupos ainda maiores.

Devemos lembrar que todos nós aprendemos coisas na vida sofrendo a influência das consequências para nosso comportamento. Se uma criança se comporta de uma maneira específica e o pai a elogia, abraça ou pega no colo, ela vai entender que fez algo bom e vai tender a repetir tal comportamento. Se, ao contrário, ela se comportar e algo ruim acontecer, ela vai tender a evitar esse comportamento.

Não podemos esquecer que a sensação de ter levado vantagem acaba induzindo a criança (e o adulto) a repetir aquele comportamento, mesmo sendo socialmente indesejável. A boa notícia é que nossa espécie aprende com facilidade a repetir comportamentos que gerem bem estar.

Dessa forma, se consequenciarmos, positivamente, os comportamentos desejáveis de crianças (e adultos), isso, inevitavelmente, vai gerar bem-estar e vai aumentar a chance dessas pessoas agirem assim novamente. Se apresentarmos mais consequências positivas para aqueles comportamentos que beneficiam mais o grupo do que a individualidade, podemos contribuir para uma geração que vai dar um duro golpe ao egoísmo e isolamento.

Um mundo melhor

Precisamos, com muita urgência, atentarmo-nos para essa questão prática. No planejamento de ações com as pessoas (crianças e adultos), é preferível – e desejável – premiar as ações que visam o bem comum. seja no trânsito, no cuidado com o meio-ambiente, nas relações familiares, nos contratos de trabalho, nos clubes que frequentamos, no planejamento de políticas públicas, a meta deve ser o bem comum.

E é preciso sinalizar com clareza que a ação direcionada ao bem de todos (ou pelo menos da maioria) vai ser o tipo de ação mais valorizada e aplaudida na nossa sociedade.

Outra boa notícia é que a espécie humana também aprende muito por imitação. E o “exemplo” que a geração atual pode produzir para as próximas gerações pode garantir nosso sucesso em busca de uma vida mais justa, mais solidária e, aí assim, de um “mundo melhor”.

Diante disso, sabemos que, de fato, muitas coisas estão sendo feitas de maneira desastrosa no estilo de vida atual, mas sabemos também que já produzimos conhecimentos suficientes para reverter o quadro. Basta, além daquilo que não depende de nós, fazermos a nossa parte. Sermos o “exemplo” daquilo que queremos para o mundo e não esquecer que o mundo somos nós.

Fonte: Janeiro Branco

sábado, 13 de janeiro de 2018

Princípios básicos da Campanha Janeiro Branco

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Princípios básicos da Campanha Janeiro Branco


1 – As ações em nome da Campanha e no contexto da Campanha serão todas de forma gratuita, totalmente sem fins lucrativos.

2 – Não serão cobrados, nem será feita publicidade, de valores simbólicos, “valores sociais”, nenhum tipo de cobrança para os participantes das ações em nome da Campanha.

3 – Para confecção de materiais de divulgação, as pessoas envolvidas poderão conseguir ajuda de gráficas e pessoas interessadas a doar os materiais para a Campanha.

4 – O que tem sido feito todo ano é uma “vaquinha” solidária e voluntária entre os profissionais para a compra dos materiais de divulgação (ou busca de ‘apoios’ e ‘patrocínios’ como ocorre em Congressos): balões brancos com tema da campanha, laços brancos com alfinetes, banners, panfletos etc. e cada profissional comprou sua camiseta da campanha.

5 – Custo de deslocamento, alojamento e alimentação para as palestras e demais ações é de responsabilidade dos palestrantes ou das instituições que os convidam, por isso, antes de se disponibilizar para dar palestras em nome do Janeiro Branco e no contexto da Campanha, observar se o deslocamento e todos os custos serão possíveis dentro da gratuidade da colaboração prestada à Campanha.

6 – O Janeiro Branco é uma Campanha dedicada a promover a psicoeducação das pessoas e das instituições, promovendo a Saúde Mental e combatendo o adoecimento emocional dos indivíduos e instituições por meio de debates, reflexões, mini palestras, palestras relâmpago, rodas de conversa, oficinas, caminhadas, corridas, piqueniques, cineclubes, entrevistas à mídia, murais de poesias, distribuição de balões brancos, panfletos, fitas brancas e várias outras formas de ações e intervenções urbanas que tenham como tema central a Saúde Mental, a Saúde Emocional, a valorização da subjetividade humana, a criação de uma cultura da Saúde Mental entre os seres humanos (a nível individual, institucional, social e coletivo), a valorização de políticas públicas em nome da Saúde Mental, a valorização da Saúde Mental no SUS e nas redes públicas e privadas de saúde no Brasil e no mundo.

7 – A Campanha Janeiro Branco é uma Campanha gratuita, democrática, horizontal, espontânea, desburocratizada, descentralizada, social, solidária, voluntária, inclusiva, laica, humanista, apartidária, multidisciplinar, transdisciplinar, colaborativa e caracterizada pela pluralidade e diversidade de temas, direta ou indiretamente, ligados aos universos da Saúde Mental e Emocional dos seres humanos e suas instituições.

8 – O Janeiro Branco respeita, aplaude e reverencia todas as lutas e conquistas dos movimentos passados e atuais relativos ao universo da Saúde Mental – seu papel é ampliar e aprofundar as estratégias de comunicação com a humanidade a respeito desses temas, conforme o Outubro Rosa o fez com a temática da “prevenção ao câncer de mama”, por exemplo.

9 – A Campanha Janeiro Branco nasceu em Minas Gerais e a metáfora do TREM a identifica: psicólogos(as) são a locomotiva da Campanha que, em sua integralidade e por seu caráter multidisciplinar e transdisciplinar, também possui inúmeros vagões a constituí-la com a necessária e oportuna participação de outros cidadãos e profissionais capazes de enriquecer as suas potencialidades e possibilidades em relação ao universo da Saúde Mental e Emocional dos indivíduos e instituições.


10 – A Campanha Janeiro Branco está sempre em construção. Toda colaboração ao seu crescimento, desenvolvimento, amadurecimento e enriquecimento é extremamente bem-vinda. Manifeste-se e engate novos vagões temáticos ao TREM DA SAÚDE MENTAL que partiu de Minas Gerais com destino ao mundo.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Quando consultar um Psicólogo Clínico?


Veja, agora, uma lista básica que pode lhe ajudar a entender algumas situações nas quais consultar um Psicólogo Clínico pode fazer toda a diferença na vida da pessoa.

  • quando os dias se sucedem e você não vê graça, nem sentido, em acordar, sair da cama e fazer as milhares de coisas que a vida, o mundo e as pessoas esperam de você
  • quando você percebe que seus sentimentos, pensamentos e/ou comportamentos estão lhe provocando prejuízos pessoais e/ou sociais, angústias, tristezas ou quaisquer outras sensações desagradáveis e das quais você não consegue se ver livre
  • quando a sua relação com você mesmo, com o mundo e/ou com as outras pessoas não ocorre mais de uma maneira saudável, satisfatória e capaz de produzir bons sentimentos de realização pessoal e social em você
  • quando a sua relação com o trabalho gera angústia e sofrimento ao invés de orgulho e sensação de realização profissional em você
  • quando o seu relacionamento afetivo com a família tornou-se conflituoso, difícil e angustiante
  • quando as suas expectativas em relação ao seu futuro pessoal e/ou profissional forem pessimistas e obscuras
  • quando a sua sexualidade e/ou desempenho sexual forem motivos de angústia e/ou ansiedade em sua vida
  • quando traumas, lembranças e memórias da sua própria vida forem motivos de sofrimento no presente e desesperança em relação ao futuro
  • quando a família, ou o relacionamento afetivo, ou o trabalho ou qualquer outra situação da sua vida lhe exigir uma decisão muito difícil de ser tomada
  • quando inesperados e/ou dolorosos novos acontecimentos em sua vida deixaram-lhe com uma sensação interminável de impotência, tristeza ou angústia
  • quando você se dá conta de que todas as situações anteriormente apresentadas são passíveis de ocorrer na vida de qualquer pessoa e que, portanto, é possível prevenir-se conhecendo-se melhor e trabalhando as suas próprias características subjetivas
Viu como um Psicólogo Clínico pode ajudar uma pessoa em diversas situações e circunstâncias da vida? Se você se identificou com alguma das possibilidades apresentadas na lista, considere a possibilidade de cuidar de si mesmo por meio da psicoterapia.

Essa pode ser uma decisão bastante importante para a sua vida! Na dúvida, converse com quem já passou por essa experiência (psicoterapia) ou converse com um psicólogo a respeito das suas indagações – o que não vale é ficar parado e perder a oportunidade de uma vida com mais qualidade emocional, ok?

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Como o Janeiro Branco pode ajudar as pessoas?

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Como o Janeiro Branco pode ajudar as pessoas?

 

1 – Colocando os temas da Saúde Mental e da Saúde Emocional em máxima evidência na sociedade.

2 – Construindo, fortalecendo e disseminando uma “cultura da Saúde Mental” na humanidade.

3 – Contribuindo para a valorização da subjetividade humana e o combate ao adoecimento emocional das pessoas.

4 – Contribuindo para o desenvolvimento e a disseminação do conceito de ‘psicoeducação’ entre as pessoas e as instituições sociais.

5 – Contribuindo para o desenvolvimento e a valorização de políticas públicas relativas aos universos da Saúde Mental em todo o mundo.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Os 5 objetivos da Campanha Janeiro Branco:

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Os 5 objetivos da Campanha Janeiro Branco:
1 – Fazer do mês de Janeiro o marco temporal estratégico para que todas as pessoas e instituições sociais do mundo reflitam, debatam, conheçam, planejem e efetivem ações em prol da Saúde Mental e do combate ao adoecimento emocional dos indivíduos e das próprias instituições;

2 – Chamar a atenção de todo o mundo para os temas da Saúde Mental e da Saúde Emocional nas vidas das pessoas;

3 – Aproveitar a simbologia do início de todo ano para incentivar as pessoas a pensarem a respeito das suas vidas, dos seus relacionamentos e do que andam fazendo para investirem e garantirem Saúde Mental e Saúde Emocional em suas vidas e nas vidas de todos ao seu redor;

4 – Chamar a atenção das mídias e das instituições sociais, públicas e privadas, para a importância da promoção da Saúde Mental e do combate ao adoecimento emocional dos indivíduos;

5 – Contribuir, decisivamente, para a construção, o fortalecimento e a disseminação de uma “cultura da Saúde Mental” que favoreça, estimule e garanta a efetiva elaboração de políticas públicas em benefício da Saúde Mental dos indivíduos e das instituições.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Qualidade de vida e Saúde Mental


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Aproveitando a campanha do Janeiro branco, coloco esse artigo que merece uma reflexão a cerca de como desenvolver a minha saúde mental.
O tema qualidade de vida está realmente em alta, praticamente todas as revistas, jornais e programas de TV vem falando de assuntos relacionados a ela como: alimentação saudável, exercícios físicos, sono, etc. Este fato vem causando uma grande transformação no comportamento das pessoas, até o Mcdonalds teve que se adaptar aos novos tempos e agora (quem diria?) oferece saladas e frutas frescas em suas refeições. Não posso negar que também entrei nessa onda, afinal como escreveu, o grande poeta romano, Juvenal: “Mens sana in corpore sano” (uma mente sadia em um corpo sadio) é o que devemos pedir em nossas orações. A OMS (Organização Mundial de Saúde) parece concordar com o trovador, pois definiu saúde como: “o estado de completo bem estar físico e mental”. Entretanto a maior parte das pessoas ao pensar em saúde e qualidade de vida deixa de lado a saúde mental, (talvez por que ela não aparece em nenhuma radiografia ou exame de sangue) em consequência desse desinteresse vemos o aumento dos casos de ansiedade, depressão, estresse entre tantos outros problemas ligados a questões psicológicas e emocionais.
Uma pessoa com a saúde mental debilitada, deprimida, por exemplo, tem grande dificuldade para manter relacionamentos amorosos, desempenhar suas funções no trabalho e até mesmo educar seus filhos. Voltando mais profundamente nosso olhar para a esfera familiar, a teoria sistêmica já demonstrou que uma pessoa com problemas emocionais em uma casa pode influenciar (ou devo dizer contagiar?) todos os demais membros de uma família. Uma pessoa com a saúde mental comprometida está mais propensa à dependência das drogas e do álcool. A Medicina e a Psicologia já comprovaram que alaguem que está abalado emocional/psicologicamente é muito mais propenso a contrair doenças infecciosas, desenvolver alergias, doenças autoimunes e até mesmo um câncer.
Existem muitas outras consequências desagradáveis em deixar de lado sua saúde e bem estar mental e emocional, assim como deixar de lado os cuidados com o corpo. Não quero com isso criar nenhum tipo de alarde ou desespero afinal cuidar da saúde da mente é muito mais fácil do que parece, basta apenas manter boas relações com os nossos semelhantes, ter uma vida amorosa satisfatória, não se esquecer do lado espiritual, deixar o passado para traz, não exigir muito de si mesmo, se perdoar e perdoar o próximo, rir quando puder, chorar quando precisar e amar o tempo todo. Agora se estiver com dificuldades para fazer isso é melhor procurar ajuda de um profissional (médico ou psicólogo).
Estar com a saúde mental em dia é estar em equilíbrio com seu mundo interno e com o mundo ao seu redor é estar em paz com si mesmo e com o outro. Por isso é algo que devemos sempre buscar.

sábado, 6 de janeiro de 2018

A Campanha Janeiro Branco






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A Campanha Janeiro Branco
pode ajudar o mundo a ser um lugar melhor.…

Uma campanha dedicada a mostrar às pessoas – e à sociedade – que os seres humanos são seres de conteúdos psicológicos e subjetivos, que suas vidas, necessariamente, são estruturadas em torno de questões mentais, sentimentais, emocionais, relacionais e comportamentais, sendo, portanto, imperioso e necessário, que a subjetividade humana possua lugar de destaque em nossa cultura e em nossos cotidianos, sob pena de sermos vítimas de nós mesmos e de quem despreza as próprias necessidades psicológicas e as necessidades psicológicas alheias.
Uma Campanha pensada, planejada e projetada para a promoção de Saúde Emocional nas vidas de todos os indivíduos que compõe a humanidade, buscando estratégias políticas, sociais e culturais para que o adoecimento emocional seja prevenido, conhecido e combatido em todos os campos, esferas, dimensões e espaços em que o humano se faz presente.
Uma Campanha que está dando certo.
Uma Campanha que, por meio dela em todo o Brasil e em outros países, cidadãos, psicólogos e demais profissionais (da saúde ou não), estão se mobilizando para levar mensagens e reflexões aos indivíduos e às instituições às quais esses mesmos indivíduos encontram-se entrelaçados: “quem cuida da mente, cuida da vida”; “quem cuida das emoções, cuida da humanidade”; “quem cuida de si, já cuida do outro”; “sem psicoeducação não haverá solução”; “autoconhecimento: isso também tem a ver com a sua saúde mental”; “o que você não resolve em sua mente, o corpo transforma em doença”; “saúde mental pressupõe políticas públicas” e várias outras orientações, dicas e reflexões que têm o poder de chamar a atenção de todos para os cuidados consigo, com os outros e, também, para a importância das lutas por políticas públicas em defesa da Saúde Mental de todos.
O mundo tem pedido isso e nós, psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais e demais cidadãos brasileiros envolvidos pelo Janeiro Branco, nos propusemos a atender a esse chamado e a esse pedido de ajuda por parte da humanidade.
Sim – ações, orientações e reflexões a respeito das condições e características emocionais dos seres humanos mudam e salvam vidas.
Isso se chama Psicoeducação e o Janeiro Branco nasceu para isso, por amor à humanidade, senso de responsabilidade social, senso de dever profissional e pura solidariedade humanística.
Porque há sofrimentos que podem ser prevenidos. Dores que podem ser evitadas. Violências que podem ser impedidas, cuidadas ou reparadas. Exemplos que podem ser partilhados. Ensinamentos que podem ser difundidos em nome de povos mais saudáveis e mais bem resolvidos em termos emocionais.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Dica de filme: Nise: O Coração da Loucura (2016)

 
 
Interpretada por Glória Pires, Nise da Silveira é vivida em um longa que reconstrói o método inovador dessa médica psiquiatra.

O filme retrata a revitalização do Setor de Terapia Ocupacional do Centro Psiquiátrico Pedro II, no Rio de Janeiro; após a psiquiatra assumir o comando do local, utilizando a livre expressão através da arte para o tratamento da loucura, ela foi capaz de fazer história.

De forma sensível, o filme emociona a quem assiste, ao demonstrar a força por trás do tratamento humanizado, tão inerente em Nise. Em meio a predominância do gênero masculino, uma mulher foi capaz de destacar-se ao ousar e modificar vidas.

#PorUmaCulturaDaSaúdeMenta

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Campanha do Janeiro branco cresce internacionalmente

 


Osvaldo Cabiba, psicólogo de Luanda (Angola/África), concede entrevista à rádio angolana e explica o que é a Campanha Janeiro Branco, campanha que não para de crescer na África e que deve muito aos esforços desse jovem e dedicado psicólogo africano, assim como de seus muitos amigos psicólogos.
Avante!, amigo(s) e parabéns pela entrega a essa causa que é a causa de todo o mundo – e conte(m) conosco!
Confira a entrevista no link abaixo

http://janeirobranco.com.br/campanha-janeiro-branco-cresce-em-angolaafrica-e-fortalece-sua-presenca-internacional/

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Janeiro Branco: por uma cultura da Saúde Mental.

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A Campanha Janeiro Branco
pode ajudar o mundo a ser um lugar melhor.…

Campanha Janeiro Branco: uma campanha dedicada a convidar as pessoas a pensarem sobre suas vidas, o sentido e o propósito das suas vidas, a qualidade dos seus relacionamentos e o quanto elas conhecem sobre si mesmas, suas emoções, seus pensamentos e sobre os seus comportamentos.

Campanha Janeiro Branco: uma campanha dedicada a colocar os temas da Saúde Mental em máxima evidência no mundo em nome da prevenção ao adoecimento emocional da humanidade.

Campanha Janeiro Branco: uma campanha dedicada a sensibilizar as mídias, as instituições sociais, públicas e privadas, e os poderes constituídos, públicos e privados, em relação à importância de projetos estratégicos, políticas públicas, recursos financeiros, espaços sociais e iniciativas socioculturais empenhadas(os) em valorizar e em atender as demandas individuais e coletivas , direta ou indiretamente, relacionadas aos universos da Saúde Mental.


 #PorUmaCulturaDaSaúdeMenta

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Janeiro: O que a vida pode esperar de nós no ano que se inicia!

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Se o mês de Janeiro fosse um objeto, ele seria uns óculos ou uma lupa. Seria uma espécie de lente capaz de nos ajudar a enxergar a nossa realidade de forma mais clara. Veja bem: a nossa realidade. A realidade mais próxima de nós, dentro de uma infinidade de outras realidades, mas que, mesmo tão próxima e íntima, muitas vezes não a percebemos.
Janeiro, de alguma forma, nos ajuda a enxergar a realidade mais íntima que nos constitui: a realidade dos nossos pensamentos, sentimentos, desejos, afetos, emoções e comportamentos. Ajuda a enxergarmos a realidade do nosso psiquismo, das nossas maneiras de ser, agir, sentir e pensar – a realidade do que verdadeiramente somos, podemos e sabemos. Em uma só expressão, a realidade do nosso “eu”.
À realidade do “eu”, Janeiro corresponde com uma possibilidade ímpar: a possibilidade de fazermos uma profunda autoanálise das nossas vidas, dos caminhos que já percorremos e dos rumos que queremos tomar. Não há, no ano, oportunidade de tantas reflexões espontâneas sobre o nosso passado e nosso futuro como as proporcionadas pelas características culturais de Janeiro. Vejamos o porquê.
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Fim de ano, explosão de sentimentos
Em Dezembro – último mês do ano –, os usos e costumes da nossa sociedade nos convidam a participar de festividades e eventos com alto teor afetivo: congraçamentos e confraternizações nos ambientes profissionais e acadêmicos em que estamos inseridos e, mais intensamente ainda em função do Natal, as perspectivas e os planejamentos de mais congraçamentos e confraternizações junto aos nossos familiares e pessoas queridas. Todos esses movimentos produzidos pela nossa cultura acabam por mobilizar incontáveis quantidades e qualidades de sentimentos-pensamentos em nossas cabeças e em nossos corações.
Às vezes, mais do que apenas incontáveis sentimentos – talvez, também, impublicáveis. Um ano sempre passa com várias circunstâncias razoáveis de mobilização afetiva ao longo dos seus dias, mas sempre se encerra com uma avalanche de possibilidades emocionais ligadas à raiz de nossas condições psíquicas: as questões familiares e sentimentais que nos acompanham, as conversas sobre como foi o ano em meio a grupos de estranhos e conhecidos, os balanços mentais que elaboramos a respeito das nossas realizações no ano que passou e os questionamentos que todos nos fazem em relação aos projetos para o ano novo.
Fim de ano, portanto, é um tempo que nos convoca às reflexões. A sabedoria intrínseca à humanidade escolheu esse momento para, com toda  a força do seu simbolismo, informar a todos os homens sobre a face da Terra algumas condições fundamentais à sua Saúde Mental: de tempos em tempos, faz-se necessário que paremos tudo o que estamos fazendo para reorganizarmos as nossas forças, que olhemos para as nossas raízes existenciais, que fechemos alguns ciclos e iniciemos outros.
Em qualquer lugar do mundo, a “virada de ano” sempre mexeu com os sentimentos humanos. Tanto por conta da quantidade de mobilização afetiva que Dezembro possibilita, quanto pela quantidade de percepções que Janeiro suscita. Falemos mais sobre elas.
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Nossas percepções em Janeiro
Terminado o mês de Dezembro e a sua capacidade terapêutica de nos colocar frente a frente com os balanços gerais das nossas vidas (assim como com toneladas de sentimentos e pensamentos que esses balanços provocam), Janeiro, normalmente, começa conjugando duas grandes questões: por um lado, uma espécie de ressaca existencial (produto das profundas reflexões e imersões a que Dezembro nos convida-obriga) e, por outro lado, um misto de autocobrança, ansiedade e questionamentos em relação ao que faremos de nossas vidas. Ao mesmo tempo em que estamos digerindo toda a mobilização afetiva experimentada em Dezembro, passamos, também, a nos ver às voltas com as questões relacionadas ao ano que se inicia.
Por isso, Janeiro tem cara de domingo à tarde: clima de repercussão de tudo o que vivemos nos últimos dias e apreensão – especialmente à noite – em relação a tudo o que virá pela frente. Tal situação – o mergulho reflexivo e apreensivo que o mês de Janeiro nos possibilita –, por si só é capaz de favorecer a revelação de questões e características relacionadas às condições em que se encontra o nosso psiquismo.
E, por isso, Janeiro pode ser comparado a uma lente capaz de nos ajudar a olhar para nós mesmos. Vejamos um exemplo, considerando que a maior parte das pessoas entra em “férias” durante Janeiro: o que fazer nas férias, trabalhar nas férias, tédio nas férias, raiva do tédio nas férias, medo do tédio, com quem passar as férias, dificuldade em ficar com a família durante as férias, cansaço nas férias, ansiedade pelo fim das férias, desejo de que as férias não acabem nunca ou, ainda, desejo incontrolável de que as férias acabem logo, podem dizer muito sobre aspectos importantes da vida, dos pensamentos e dos sentimentos de uma pessoa.
Outro exemplo? Vejamos, então. Do latim januarius (também chamado principium deorum), Janeiro tem esse nome em referência ao deus Jano, considerado pelos romanos o “deus dos princípios”, o que “abria o ano”, o “porteiro do céu” (janua: porta), para o qual era oferecido o primeiro sacrifício do ano. Além disso, a representação artística de Jano sempre o mostra com duas faces – uma virada para trás, outra virada para frente. Janeiro, desde o primeiro dos primeiros janeiros, carrega, em si, a simbologia daquilo que precisa (ou pede) para ser iniciado – mesmo que reiniciado.
Janeiro propõe começos (e recomeços), propõe planos, perspectivas e preparações. Objetivos. E, para tanto, propõe análises (do passado, do presente e do futuro), propõe estudos, estratégias e recursos. Frente a tantas questões, dificilmente um psiquismo não se sente tentado a olhar para si mesmo e a verificar as suas possibilidades, os seus desejos, os seus limites e os seus potenciais. Janeiro, assim, cheio de circunstâncias, ideias e simbologias, pode ser uma lupa por meio da qual ampliamos, para as nossas próprias considerações, as condições psíquicas e existenciais em que nos encontramos.
Exemplos disso não faltam: as férias começaram e não temos disposição psíquica ou condições materiais para aproveitá-las? O que fizemos das nossas vidas até aqui? O tédio e o marasmo dominaram as nossas férias? O que aconteceu conosco? O ano se inicia e o medo de que tudo se repita nos paralisa? O que houve com a nossa capacidade de transformar a realidade? A falta do trabalho está nos deixando deslocados perante os dias e as pessoas? O que aconteceu com as nossas vidas? Viagens, novidades, pessoas e lugares diferentes não nos interessam mais? O que houve com a nossa disposição para a vida? Janeiro tem significado solidão, nada para fazer e ninguém com quem nos relacionarmos? O que fizemos das nossas relações sociais? Não tiramos férias, não descansamos e nem revigoramos, social e profissionalmente, nossos ânimos para o ano que se inicia? O que houve com a nossa capacidade de, minimamenteplanejar a nossa própria vida? Um novo ano se abre à nossa frente, dezenas de novas possibilidades estão à espera das nossas iniciativas, mas, estranhamente, não conseguimos nos mobilizar para planejá-las e efetivá-las? O que houve com nossas motivações para a realização de projetos? 
Desse modo, Janeiro e as suas prováveis questões acabam por nos colocar em contato com as nossas próprias dúvidas, angústias ou dificuldades psíquicas e existenciais. Aniversários também podem fazer isso? Sim. Datas comemorativas, como o Dia das Mães ou o Dia das Crianças também podem nos levar a mergulhos introspectivos e a reflexões sobre as nossas próprias vidas? Sim. Feriados prolongados também? Também. E uma tarde qualquer em que nos pegamos mais sensíveis ou dispostos a avaliar os anos, também pode nos suscitar autoanálises repentinas? Sim, pode. Então, o que é que Janeiro tem de especial?
A resposta não é tão complicada assim: Janeiro tem tempo de sobra para nos empurrar à reflexão (31 dias…), tempo recheado de simbolismos e circunstâncias com alto poder de nos convidar à vida (início de ano, todo resto do ano à frente, volta das férias…) e, principalmente, o fato de sabermos que não cabem mais as justificativas que usávamos para postergar novos projetos (como, por exemplo, “está todo mundo muito cansado”, “temos que esperar passar as festas de fim de ano”, “vamos esperar o ano começar e as coisas voltarem ao normal”).
Além disso – e como já foi dito -, Janeiro vem depois de uma enxurrada de congraçamentos e confraternizações afetivo-familiares de Dezembro – fenômeno que, por si só, provoca uma intensa e inescapável mobilização de sentimentos-pensamentos que podem deixar muitas pessoas em uma intensa “ressaca” existencial no início do ano (ainda mais em uma sociedade que caminha para a coisificação e a artificialização de todas as suas relações sociais).
Sim: Janeiro é uma lupa voltada para nós mesmos e nos oferece uma chance de escaparmos das automatizações comportamentais e intelectuais mecânicas às quais nos submetemos ao longo do ano. Mas… será que aproveitamos bem essa oportunidade?
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Aproveitando a lupa
Alguns de nós, sim. Muitos de nós, não. Algumas pessoas conseguem aproveitar as oportunidades que a vida lhes dá e, frente às circunstâncias que trazem informações sobre si mesmas, agarram-se a essas informações e procuram utilizá-las a seu favor. Janeiro, então, pode ser um mês terapêutico a essas pessoas. Suas circunstâncias e simbolismos levam-nos a olhar para dentro de nós mesmos e a vermos, de forma ampliada, como estamos organizados ou desorganizados, prontos ou incompletos para vários processos.
Às pessoas que não conseguem aproveitar a oportunidade que o mês de Janeiro lhes proporcionam, a sabedoria intrínseca à humanidade possibilitou que, sempre e de tempos em tempos, novos janeiros e novas oportunidades surgissem. As oportunidades são cíclicas, assim como também são cíclicas os momentos de certezas ou angústias pelos quais passamos. Nada obrigava a humanidade a criar a simbologia de que, a cada 365 dias, voltaríamos ao início de algo. Nada, absolutamente nada ocorre, novamente, da mesma forma como ocorreu um dia. O próprio Planeta Terra pode dar milhões de voltas em torno de si mesmo e cada volta ter uma história, uma condição e uma posição diferentes em um Universo em contínua expansão. Nenhum verão é igual ao outro, assim como, em todo aniversário, ninguém é igual – orgânica e psiquicamente – à pessoa que era no aniversário anterior.
Mas se temos novos janeiros – janeiros que sempre nos convidam a novas vidas -, devemos agradecer ao inconsciente coletivo de uma humanidade que reconhece a importância da pausa, da introspecção e da autoanálise em nossas vidas de vez em quando. Carros precisam de revisão, aparelhos eletrônicos portáteis precisam ser recarregados, fatos e histórias precisam ser reinterpretados, o céu, periodicamente, precisa descarregar sua eletricidade e as terras precisam de contínuas aragens de tempos em tempos.
O Ser Humano, muito mais complexo e muito mais sensível, criou para si uma série de oportunidades para, também, descarregar suas tensões, arar suas ideias e seus sentimentos, recarregar suas energias e reinterpretar suas histórias de vida. Essas várias oportunidades estão espalhadas ao longo do ano e são os aniversários, os finas de semana, as datas comemorativas, os rituais de passagem e os grandes costumes, como casamentos e velórios.
Porém, as circunstâncias simbólicas de Janeiro talvez sejam de uma natureza mais extensa e inescapável – já que, de um mês, ninguém escapa. Assim como ninguém escapa de suas próprias condições existenciais e psíquicas – condições que o primeiro mês do ano, como uma lupa, tem o dom de evidenciar com a sua original capacidade de nos colocar frente a frente com a nossa própria consciência, apontar-nos o dedo e nos perguntar:
O que a vida pode esperar de nós no ano que se inicia?
FONTE: http://janeirobranco.com.br/janeiro-o-mes-dos-inicios-fins-e-reinicios/

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Janeiro Branco: cuidar da mente é cuidar da vida

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Um grupo de psicólogos de Uberlândia (MG) criou o "Janeiro Branco", uma campanha que aproveita o momento de reflexão e estimula as pessoas a pensarem sobre o destino de suas vidas, valorizando as emoções e dando espaço legítimo a elas.

Como os números de dependentes químicos, pessoas com depressão e ansiedade têm aumentado bastante, essa campanha alerta para a prevenção de transtornos e busca promover a chamada "psicoeducação", que privilegia a saúde mental e auxilia as pessoas a se observarem, a respeitar os outros e a desenvolver relações humanas mais saudáveis - uma questão de necessidade e saúde pública. A escolha da cor branca como símbolo é justamente uma forma de incentivar a criação de uma cultura nacional de valorização da subjetividade humana, de forma que possamos combater estereótipos que ainda cercam e prejudicam a saúde mental. Os exemplos são muitos: gordofobia, homofobia, preconceito racial, religioso...

Como se sabe, ao contrário do que acontece por exemplo com um tratamento estético, muita gente só procura um psiquiatra depois de muito tempo de sofrimento. Quando alguém vai a uma clínica estética, essa pessoa tende a compartilhar com os amigos, comentar nas redes sociais, contar para a família. Mas quando alguém sente que a energia e a disposição baixaram e já não são as mesmas, até para evitar preconceitos e julgamentos, o "negócio" é esconder o máximo possível. Quando sentimos alguma limitação na visão, procuramos um oftalmologista, quando temos febre, vamos ao clínico, mas nem sempre a mesma lógica se aplica ao dia a dia na saúde mental. Para muitos, a premissa "não estou bem, vou ao médico", não vale para a psiquiatria. Persiste ainda a ideia de que quando se trata da nossa vida emocional, temos a obrigação de "dar conta sozinhos", uma vez que a procura pelo psiquiatra ainda é vista como um sintoma de fracasso emocional - resultado da incapacidade de "dar um jeito de ficar bem por conta própria".

E quando finalmente as pessoas quebram esses preconceitos e reconhecem que precisam de ajuda, elas chegam ao consultório trazendo no rosto um sofrimento que persiste há muito tempo, associado a um misto de vergonha e até de resistência em se abrir sobre o que realmente se passa.

Parte da responsabilidade do psiquiatra é explicar a este paciente que os transtornos psiquiátricos existem e são tratáveis. É importante deixar claro que o papel desse especialista é atuar no sentido de restaurar o equilíbrio emocional, melhorar a qualidade de vida e apontar caminhos.
Janeiro Branco faz parte de um contexto de falar abertamente sobre nossos medos, frustrações, desejos, sentimentos, angústias, sonhos e planos. É possível construir uma agenda por meio da qual o preconceito e a discriminação que cercam os transtornos mentais se tornem menos frequentes.

*Artigo assinado pelo psiquiatra Leonardo Maranhão, autor do livro "A vida com ...autismo" e diretor da Clínica Médica Assis. 

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