quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A Importância da Linguagem na Escolarização

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A aquisição da linguagem é uma etapa de extrema importância no desenvolvimento infantil. Isso por que as crianças, por volta dos 21 meses, já pronunciam uma média de 100 palavras.
O mais interessante é que é comum que antes mesmo de completarem dois anos elas já passem a combinar essas palavras entre si, formando frases curtas.
O grande problema que se enfrenta é que muitas crianças, ainda bem pequenas, já apresentam algum tipo de atraso nesse período oral.

A importância da linguagem

O trabalho da linguagem é, sem dúvidas, um importante componente do processo educativo e não pode ser deixado de lado em nenhuma das etapas do aprendizado infantil.
importância da linguagem está justamente no fato de que ela torna o processo educativo mais eficaz, pois proporciona ao aluno situações e momentos mais envolventes e dinâmicos.
Através dessas situações dinâmicas os alunos podem então não só desenvolver como também explorar os seus próprios instrumentos comunicativos e sociais.
Assim sendo, é fundamental para o desenvolvimento da linguagem que o professor crie situações e promova atividades nas quais essa habilidade possa ser incentivada por meio da participação das crianças.
Isso pode acontecer através de discussões, poesias, conversas, leituras de historinhas, música, fantoches, teatro, exposições e muitos outros meios que possibilitam que a criança interaja e seja mais comunicativa com o grande grupo.
O fato é que, sem a menor sombra de dúvidas, um ambiente rico em atividades expressivas certamente irá incentivar de forma significativa do desenvolvimento da fala infantil e o processo de aquisição da linguagem e é justamente por isso que esse tipo de trabalho em sala de aula deve sempre acontecer amparado por atividades significativas.
Assim sendo, o ideal é que as atividades sejam organizadas de maneira que o aluno possa transitar entre as situações informais e coloquiais que já conheciam antes de entrar na escola para situações mais estruturadas e formais, explorando o modo como funcionam e aprendendo a utilizar isso tudo da maneira correta.

Quando ficar atento?

É essencial uma atenção especial quando crianças por volta dos 24 meses ainda possuem um vocabulários expressivo bem limitado, com 40 a 50 palavras, além de não executar combinações entre elas.
Isso pode significar um atraso considerável na linguagem e seu impacto na alfabetização e atividades de leitura pode ser grande. O ideal é identificar o problema o mais precocemente possível e assim iniciar um tratamento adequado e focado nessa dificuldade.
Considerações finais sobre a importância da linguagem
Conforme já sabemos a linguagem nada mais é do que uma atividade livre que tem início muito cedo ainda nos primeiros anos de vida de um indivíduo evoluindo de acordo com a etapa em que ele se encontra.
O fato é que, assim como qualquer outra habilidade fundamental, a linguagem deve ser estimulada e trabalhada desde o início da vida.
Na escolarização, então o professor deve trabalhar também a linguagem, porém sempre como um processo dinâmico e através de atividades significativas promovendo diferentes formas de interação.
Isso pode ser feito desde o início, de forma metódica aumentando e melhorando o desempenho nos discursos argumentativos do cotidiano.
Isso por que pesquisas com professores da rede pública de educação infantil relatam que isso possibilita à criança ter mais interação, tornar-se mais comunicativa, desenvolver sua autonomia e seu pensamento, enriquecer seu vocabulário e construir o conhecimento sem falar no desenvolvimento do senso crítico.
Através dessas informações podemos entender então a importância da linguagem na escolarização das crianças e como ela influencia o desenvolvimento pessoa e social dos indivíduos sendo um fator determinante no crescimento de cada um deles.
O fundamental é saber que a letra minúscula tem uma importância muito grande para a escrita, pois permite que a criança passe a identificar hastes descendentes e ascendentes e também o lado esquerdo e direito adquirindo a fineza de movimentos necessários para executá-los.
Fonte: Neuro Saber

terça-feira, 29 de novembro de 2016

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE: 8 INDÍCIOS CLÁSSICOS

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Acredita-se que o Transtorno de personalidade borderline atinge cerca de 1% a 6% da população mundial.

É mais comum em mulheres do que em homens.

O sinal mais evidente do transtorno de personalidade borderline (TPB) é um longo histórico de instabilidade nas relações pessoais.

Isto é em parte causado por emoções instáveis ​​e impulsivas.

Pessoas com transtorno de personalidade borderline podem idolatrar alguém e, logo em seguida, odiá-la.

Como resultado, elas geralmente têm relações muito intensas com os outros.

Transtorno de personalidade borderline.

Aqui estão outros sete sinais de transtorno de personalidade borderline:

1. Medo intenso de abandono ou de ficar sozinho, seja real ou imaginário.

2. Tendência a assumir riscos sem pensar nas conseqüências. Especialmente quando os resultados são contra ela mesma, como por exemplo: acidentes de carro, sexo de risco ou abuso de substâncias.

3. Tentativas de auto-mutilação ou pensamentos suicidas. Pessoas com transtorno de personalidade borderline geralmente não estão tentando se matar quando se flagelam. Ao contrário, elas estão expressando sentimentos de raiva com relação a si mesmas ou tentando se sentir ‘normais’.

4. Elas têm um autoconceito instável. Pessoas com transtorno de personalidade borderline muitas vezes se sentem como pessoas diferentes, dependendo com quem estão. Elas costumam se descrever como perdidas e vazias.

5. Pensamentos paranoicos. Elas acreditam em coisas que não são verdadeiras e se sentem perseguidas pelos outros.

6. Sentem uma raiva intensa – sobre assuntos relativamente triviais – e respondem fisicamente.

7. Pessoas com transtorno de personalidade borderline são como uma espécie de montanha-russa emocional. Um intenso sentimento de ansiedade poderia dar lugar a depressão intensa logo em seguida. Estes ataques podem durar algumas horas ou mesmo alguns dias.

Profissionais de saúde mental geralmente se baseiam na maioria destes sintomas para diagnosticar alguém com transtorno de personalidade borderline (existem alguns sistemas ligeiramente diferentes e diagnósticos relacionados).

O tratamento psicológico para o transtorno de personalidade borderline geralmente envolve o treinamento na regulação das emoções.

Às vezes, é recomendado o uso de antidepressivos durante o tratamento para amenizar os sintomas e manter em suas funções normais. Isso porque elas geralmente são deprimidas ou sofrem de outros problemas mentais como o transtorno de estresse pós-traumático.

A maioria das pessoas pode se recuperar de um transtorno de personalidade borderline se adotar o tratamento correto.

Fonte: Psiconlinews

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Os 5 tipos de mãe

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Qual é o seu tipo de mãe? Será que ela é do tipo perfeccionista, imprevisível, ”melhor amiga”, ”eu em primeiro lugar” ou ”mãe completa”? Com certeza existem vários tipos de mãe além destes, mas o terapeuta familiar e psicólogo clínico Dr. Stephan Poulter nos explicou os cinco perfis de mãe mais conhecidos e quais são seus pontos fortes, suas principais características e as marcas que deixam em seus filhos.
1. A mãe Perfeccionista
Geralmente é uma mulher ansiosa e controladora. Ela preza pela aparência acima de tudo, sua fachada autoritária e perfeita é uma forma de esconder seus medos. Os filhos dessas mulheres tendem a ser hipercríticos de si mesmos e, frequentemente, sentem-se inadequados e vazios, diz Poulter.

Como são os filhos de uma mãe perfeccionista:

  • Pontos fortes: Têm um forte senso de compromisso nos relacionamentos. São responsáveis e confiantes em tudo que fazem. Valorizam o trabalho e a persistência acima de tudo, pois é através dessas qualidades que enfrentam seus desafios.
  • O lado emocional: Acham que a opinião dos outros é sempre melhor ou mais importante do que a deles mesmos. Frequentemente acham que os outros estão sempre os julgando, em suma, vivem para realizar as expectativas dos outros.
2. A mãe Imprevisível
Ansiosa, irritada e excessivamente emocional, esta mãe é dominada por seus sentimentos e, por isso, o seu estilo parental é baseado em seu humor. Este é o tipo de mãe mais caótico de todos. Ela cria problemas, dúvidas e crises em sua imaginação, é muito influenciada pelas suas emoções, e descarrega toda essa energia em seus filhos.
Os filhos de uma mãe imprevisível: 
  • Pontos fortes: Eles têm excelentes habilidades para se relacionar com as outras pessoas e uma capacidade enorme de empatia. Muitas vezes são grandes motivadores e sempre oferecem apoio emocional aos seus colegas, bem como amigos e familiares.
  • Lado emocional: Crescem com uma necessidade intrínseca de cuidar das pessoas e de seus problemas emocionais. Têm tendência a serem dominados por fortes emoções como a raiva, a ansiedade e a depressão. Aprendem desde cedo a ler as pessoas e as situações, dessa forma conseguem lidar melhor com os sentimentos dos outros.
3. A mãe ”melhor amiga”
Ela gosta de tratar seus filhos de forma igualitária, dessa forma evita a responsabilidade de estabelecer limites. Este tipo de mãe acredita que a sua vida acabaria caso ela abraçasse a maternidade com todo o seu ser, então ela evita a responsabilidade desse papel. Tanto a criança quanto a mãe se tornam confidentes uma da outra e, apesar disso não ocorrer voluntariamente, a criança acaba ficando sem uma ”mãe”. Neste caso, as necessidades emocionais da mãe são tão grandes que ela tentar preenchê-las através da criança.
Os filhos de uma mãe ”melhor amiga”:
  • Pontos fortes: Compreendem a necessidade da existência de barreiras entre pais, filhos, colegas e familiares. Devido a um senso que foi criado através da falta de uma mãe verdadeira, essas pessoas frequentemente buscam assumir papéis de liderança quando adultos.
  • Lado emocional: Geralmente se sentem negligenciados e têm medo da rejeição. Tendem a se sentir ressentidos e têm dificuldade em manter relacionamentos. Frequentemente se sentem mal queridos pelos outros.
4. A mãe ”eu em primeiro lugar”
É um dos estilos maternais mais prevalecentes hoje em dia. Essas mães são incapazes de verem seu filhos como indivíduos separados de si mesmas. Seus filhos precisam aprender desde cedo que o papel deles é adular a sua mãe.
Filhos de uma mãe ”eu em primeiro lugar”:
  • Pontos fortes:  São muito bons em apoiar os outros. São intuitivos e perspicazes em todos os tipos de relações. São leais e solidários, capazes de observar as dificuldades alheias e solucionar seus problemas.
  • Lado emocional: Têm dúvidas quanto à capacidade de tomada de decisão. Têm dificuldade em confiar nos próprios sentimentos e veem a opinião de suas mães como mais importante e mais poderosa que a própria opinião.
5. A mãe completa
Este é o tipo de mãe ideal, infelizmente apenas 10% da população mundial tem esse perfil de mãe, diz Poulter. A mãe completa é emocionalmente equilibrada, consegue ver seus filhos como indivíduos e os ajuda a alcançar sua própria independência. Ela pode até não ser perfeita, mas independente das circunstâncias em que se encontra ou das responsabilidades fora de casa, ela sempre está comprometida com a maternidade.
Os filhos de uma mãe completa:
  • Pontos fortes: Sentem-se amados e compreendidos, por isso não têm medo de correr riscos ou sofrer mudanças. Iniciam relacionamentos com facilidade, pois não têm medo da rejeição.
  • Lado emocional:Entendem que as outras pessoas têm suas próprias perspectivas sobre a vida, por isso são bem receptivos. São capazes de navegar pelos desafios, de se tornar independentes sem se prenderem demais às suas mães.
Fonte: Psychologies traduzido e adaptado por Psiconlinews

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

DICA DE FILME: IRMÃO URSO (2003)


Sinopse: Kenai é um jovem índio nativo americano que culpa um urso pela morte do seu irmão. Depois de perseguir o animal acaba por matá-lo, mas então as forças mágicas da natureza o transformam em um urso. Transformado em criatura selvagem (e perseguido pelo outro irmão que acredita ser ele o assassino de sua família), ele entra em uma relação de amizade e carinho com um pequeno filhote de urso.

Aprendizagem: Além de ensinar o processo de perda de um ente querido, a história ajuda a trabalhar a culpa. Além de nos lembrar que os animais agem instintivamente e não podemos atribuir-lhes características do comportamento humano.
  

Fonte: Psiconlinews

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

DA SEPARAÇÃO À ALIENAÇÃO PARENTAL

Numa tarde de domingo, tinha eu dez anos, quando a minha mãe se sentou ao meu lado no sofá da sala e começou a chorar, para me tentar contar que o meu pai ia sair de casa e eles se iam separar. Perante aquela informação, passaram-me muitas perguntas pela cabeça, mas fiquei calado pois a minha mãe não parava de chorar e senti-me na obrigação de tomar conta dela, abraçá-la e dizer que ia ficar tudo bem. Mas não ia…!


Que eles se iam separar não era novidade para mim, eu ouvia-os a discutir no quarto há meses e meses, com insultos e ameaças de separação. Depois de processar a informação que a minha mãe me tinha acabado de dar, primeiro, fiquei chateado pelo facto do meu pai não estar presente e não ter tido coragem para falar comigo sobre isso.
Segundo, o que realmente eu queria saber e ouvir era: “se fui eu o culpado? ”; “o pai deixou de gostar de nós?”; “como iria ser a minha vida daí em diante ?”. As respostas a todas estas perguntas apareceram, gradualmente, muito mais tarde e não da melhor forma possível.
Aquilo que pensava ser um tormento de discussões que naquele dia teria terminado, era apenas uma ilusão porque a partir daí foi muito pior! No início, pequenas atitudes inconscientes, da parte da minha mãe, denunciavam o decorrer deste filme de terror. Atitudes como: no momento de ir para casa do meu pai, a minha mãe ficava agarrada a mim durante imenso tempo e dizia que se eu quisesse, ela ia buscar-me a casa do pai.
Sem ser propositado, era como se a minha mãe estivesse a dizer que o meu pai não conseguia tomar conta de mim e que eu não ia gostar de estar com ele. Quando eu voltava da casa do meu pai, a minha mãe fazia-me muitas perguntas e todas as respostas que eu dava, ela contra-argumentava: “já vi que gostas mais de estar com o teu pai”. Estas pequenas atitudes, muitas vezes, inconscientes por parte da minha mãe, foram tomando proporções desmedidas. 
As discussões pelo telefone aumentaram de tom, os insultos eram cada vez piores e agora já era sobre mim, tudo na minha vida servia de desculpa para eles discutirem, ainda mais do que antes da separação. Durante cerca de um ano, ouvia a minha mãe chorar, ouvia a minha mãe pronunciar frases do género: “o teu pai não quer saber de nós”; “o teu pai não paga nada, sou eu que pago tudo!”; “ele não quer saber de ti, só da namorada nova”; “o teu pai não gosta de ti e por isso destruiu a nossa família”. Frases como estas e outras bem piores repetiam-se vezes sem conta na minha cabeça.
Fonte: Psicologias do Brasil

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

A influência da figura paterna no desenvolvimento da personalidade e as consequências de crescer com um pai ausente


A influência da figura paterna no desenvolvimento da personalidade:

O pai geralmente é o responsável por ajudar a criança a desenvolver suas habilidades para a vida. Se o pai estiver ausente, a criança pode formar sua personalidade de forma inadequada, tornando-a mais suscetível a desenvolver problemas psicológicos no futuro.

Isso não significa que uma criança que cresceu sem pai irá desenvolver algum problema psicológico, apenas que ela tem uma tendência maior a desenvolver algum distúrbio psicológico, principalmente na vida adulta. De qualquer forma, a ausência da figura paterna pode influenciar muito na vida do indivíduo.

Aqui estão algumas das complicações que podem ocorrer em uma criança que cresce com um pai ausente:

Tendem a ser inseguras: Na maioria das culturas, o pai é aquele que fornece a proteção e os recursos necessários para a vida. Quando uma criança é criada sem um pai, ela pode desenvolver sentimentos de insegurança. Se a mãe ou o cuidador não conseguir dinheiro suficiente para sustentar a família, o filho homem pode desenvolver problemas com relação à insegurança financeira, já a filha mulher tenderá a ficar fascinada por pessoas ricas. Os sentimentos de insegurança podem se estender  a outras áreas da vida da criança e, como resultado disso, ela pode vir a desenvolver transtornos de ansiedade.

Tendem a não desenvolver as habilidades adequadas para a convivência em sociedade:Sem a orientação certa, a criança sem pai pode não desenvolver habilidades importantes para a vida e acabar ficando para trás com relação às outras crianças de sua idade, tanto a nível acadêmico quanto social. A criança pode se isolar das demais e não conseguir obter boas notas na escola. Alguns estudos têm demonstrado que crianças com pais ausentes têm uma maior probabilidade de irem mal nos estudos.

Tendem a ser incapazes de seguir leis ou respeitar autoridades: As crianças com pais ausentes, especialmente as do sexo masculino, podem não aprender a se submeter a uma figura de autoridade, e como resultado disso podem se tornar rebeldes e adeptos da violação das regras. Se a criança não aprender que é necessário respeitar as leis e as figuras de autoridade, isso pode criar sérias consequências negativas para ela no futuro.

Tendem a não se sentirem amadas: Em alguns casos, a criança pode se sentir mal amada devido à ausência do pai. Isso prejudica principalmente as mulheres, já que, geralmente, a forma como a menina se relaciona com o pai é o que vai determinar como ela idealizará os seus relacionamentos amorosos. Tais mulheres podem até se apaixonar, mas não chegam a ter um relacionamento sério, muitas vezes se apaixonam com rapidez e logo perdem o interesse.

Tendem a criar um sentimento de inferioridade: Se a criança acreditar que a falta de um pai faz dela uma pessoa defeituosa, ela pode desenvolver um complexo de inferioridade. Isso pode prejudicar muito a sua autoestima, levando-a a ter problemas de insegurança com relação a si mesma no futuro, pois se acha menos digna que os outros. É claro que isso não tem nada a ver com a realidade, no entanto, o sentimento persiste e precisará ser tratado, caso contrário, essa criança vai sempre se sentir inferior.

Uma boa notícia para as crianças com pais ausentes:

Ainda que você tenha sido criado com um pai ausente, isso não significa que irá desenvolver algum dos problemas citados acima, e mesmo que você tenha desenvolvido algum deles, como por exemplo, um transtorno de personalidade indesejado, você pode mudar isso. Da mesma forma que você o aprendeu, pode desaprendê-lo se seguir os passos certos.

Fonte: Psiconlinews

terça-feira, 15 de novembro de 2016

4 TRANSTORNOS QUE PARECEM DEPRESSÃO, MAS NÃO SÃO

depressão

Como dizia Mark Twain: “O que o deixa em apuros não é aquilo que você não sabe, mas aquilo que você tem certeza de que é verdade”. Essa citação é bem famosa e descreve os perigos de se acreditar em algo falso. Em vez de se concentrar no tratamento do problema real, você acaba colocando todos os seus esforços em cima de algo que sequer é verdadeiro.

É difícil ignorar a sabedoria que há por trás dessa frase. Quando você crê em algo que é falso, pode acabar obtendo efeitos adversos. O problema se torna ainda mais sério quando se trata da sua saúde, tanto física quanto mental.

Depressão: um diagnóstico comum
Psicopatologias geralmente são difíceis de diagnosticar, principalmente porque não existem testes fisiológicos para ajudar a obter um resultado mais preciso. Várias doenças são diagnosticadas com exames fisiológicos, como o diabetes, que é diagnosticado através de um exame de sangue, ou o cancro, que é diagnosticado através de uma biópsia. Os problemas mentais são diagnosticados clinicamente, através da observação dos sintomas.

Por esta razão, muitas vezes os problemas mentais, incluindo a depressão, são diagnosticados erroneamente. De acordo com um artigo de 2012 na Current Psychiatry, cerca de 26 a 45 por cento dos  pacientes diagnosticados com depressão não cumprem com os critérios necessários para o diagnóstico do problema. Uma análise feita em 2009 descobriu que os médicos só conseguem diagnosticar com precisão apenas 47% dos casos de depressão, muitas pessoas acabam recebendo o diagnóstico errado e tratando uma doença que sequer existe.

Aqui estão as quatro condições que são comumente confundidas com a depressão, tanto por médicos quanto pelo público em geral:

1. O transtorno bipolar:
transtorno bipolar, assim como a depressão, envolve períodos de tristeza intensos. Durante esses períodos, as pessoas com transtorno bipolar experimentam os mesmos sintomas encontrados na depressão. Elas podem se sentir desesperançosas, inúteis e até mesmo tentar o suicídio. Mas ao contrário da depressão, as pessoas que têm transtorno bipolar também experimentam períodos de extrema euforia: sentem-se confiantes, positivas, como se estivessem no topo do mundo. Às vezes esses períodos de euforia são tão agradáveis que as pessoas são incapazes de reconhecê-los como parte do transtorno. Por isso, na maioria dos casos, elas só procuram ajuda nos períodos de extrema tristeza, e acabam recebendo, erroneamente, um diagnóstico de depressão.

De acordo com um estudo publicado no Jornal de Psiquiatria Britânico,  até 22 por cento das pessoas com transtorno bipolar são erroneamente diagnosticadas com depressão. Outro estudo revelou que as pessoas com transtorno bipolar demoram em média 10 anos até receberem o diagnóstico adequado.

Reconhecer as diferenças entre o transtorno bipolar e a depressão é vital, uma vez que o tratamento medicamentoso para a depressão pode agravar os sintomas do transtorno bipolar.

2. O hipotiroidismo
O hipotireoidismo é uma condição na qual a glândula tireoide não libera a quantidade necessária de hormônios. Os hormônios que essa glândula produz são necessários para o funcionamento correto do organismo, e as pessoas com essa doença geralmente experimentam fadiga, falta de concentração e uma baixa no humor (características da depressão).

Os pesquisadores afirmam que cerca de 20 milhões de americanos têm essa doença e que até 60% dessas pessoas desconhecem sua condição. Muitas vezes essas pessoas acabam recebendo diagnósticos de depressão, mas ao contrário das pessoas com depressão, pessoas com hipotireoidismo são extremamente sensíveis à temperaturas frias e podem sentir frio o tempo todo, geralmente apresentam pele seca, queda de cabelo frequente e voz rouca. Felizmente, o hipotireoidismo pode ser verificado com um simples exame de sangue e o seu tratamento requer apenas um comprimido por dia.

3. Diabetes
O diabetes é outra doença comumente confundida com a depressão. Muitas vezes, as pessoas desenvolvem diabetes tipo 2 sem reconhecê-la, os sintomas são: súbita perda de peso, cansaço e irritação. O corpo está tendo problemas para produzir insulina, mas como todos esses sintomas são comuns à depressão, muitas vezes a pessoa acaba recebendo o diagnóstico errado. A resistência à insulina, um dos precursores da diabetes tipo 2, foi significativamente associada à depressão.
Um estudo realizado em 2014 revelou que as pessoas que foram diagnosticadas com diabetes e depressão experimentaram uma redução dos sintomas de depressão após receberem o tratamento adequado para diabetes. Em outras palavras, os seus sintomas não eram ocasionados pela depressão, mas pelo fato de conviverem com o estresse que uma doença crônica pode causar.

4. Síndrome da fadiga crônica
Síndrome da fadiga crônica, também conhecida como “encefalomielite miálgica”, é uma doença caracterizada por extrema fadiga sem causa aparente. Essa síndrome implica em dificuldade para se concentrar, dores musculares e problemas para dormir. Uma vez que estes sintomas também estão associados à depressão, as pessoas com Síndrome de fadiga crônica são frequentemente diagnosticadas com depressão. Um estudo publicado no “Journal of Clinical Psychiatry” descobriu que a Síndrome da fadiga crônica é ignorada em cerca de 80% dos casos, e que a depressão é o diagnóstico mais comum.

Felizmente, existe pelo menos uma diferença clara entre a depressão e a síndrome de fadiga crônica. Considerando que as pessoas com depressão ficam exaustas e desinteressadas pelos seus hobbies, as pessoas com síndrome da fadiga crônica, apesar de se sentirem cansadas, ainda desejam praticar seus hobbies.

Sim, a depressão existe!

A depressão é uma psicopatologia muito real e grave, que afeta milhões de pessoas a cada ano. A maioria das pessoas com depressão são diagnosticadas corretamente e se recuperam com o tratamento adequado, que geralmente envolve psicoterapia e medicação.

Ainda assim, sempre há a possibilidade de obter um diagnóstico errado. Então, se você estiver tratando um estado depressivo e não estiver sentindo qualquer progresso, é inteiramente possível que você tenha algum outro distúrbio que esteja imitando esta condição. Portanto, antes de iniciar o tratamento com antidepressivos, é bom fazer um exame de sangue para descartar algumas condições comumente confundidas com a depressão como o hipotireoidismo e o diabetes.

Fonte: Psiconlinews


segunda-feira, 14 de novembro de 2016

OS 16 TRANSTORNOS MENTAIS MAIS COMUNS


Os diagnósticos de transtornos mentais são bastante comuns atualmente e todo mundo sabe ou já ouviu falar sobre o que é depressão, ansiedade, bulimia, e assim por diante.

Essas psicopatologias afetam um grande número de pessoas e, por isso, os especialistas dizem que uma em cada três pessoas já sofreu, sofre ou sofrerá algum tipo de transtorno mental durante a vida.

Mas, quais são os transtornos mais comuns? Quais são as que afetam um maior número de pessoas?

Este artigo nos traz uma breve explicação dos transtornos mentais mais comuns.

1. Transtornos de Ansiedade

Ansiedade é uma reação normal que temos quando estamos diante de situações de estresse e incerteza. Mas o transtorno de ansiedade é diagnosticado quando vários sintomas ansiosos causam desconforto ou algum grau de comprometimento funcional na vida da pessoa. Uma pessoa com transtorno de ansiedade pode ter dificuldades em diferentes áreas da vida: nos relacionamentos sociais e familiares, no trabalho, na escola, etc. Existem diferentes tipos de transtornos de ansiedade:

1.1. O Ataque de Pânico

O ataque de pânico é um súbito início de medo ou de terror intenso, muitas vezes, vem associado com sentimentos de morte iminente. Os sintomas incluem falta de ar, palpitações, dor no peito e desconforto.

1.2. Os Transtornos Fóbicos

Muitas pessoas admitem ter medo de cobras ou aranhas, mas conseguem manter esse medo sob controle. A pessoa que sofre uma fobia não é capaz de controlar o medo. Estes sentem um medo irracional quando se deparam com um objeto, um animal ou uma situação que estimula sua fobia. Geralmente acabam desenvolvendo um comportamento de evitação.

Existem diferentes estímulos fóbicos que desencadeiam esse medo irracional: viajar de avião, dirigir um carro, elevadores, palhaços, dentistas, sangue, tempestades, etc. As mais comuns são:

1.2.1. A Fobia Social

A fobia social é um transtorno de ansiedade muito comum, e não deve ser confundido com timidez. Se trata de um forte medo irracional de situações de interação social. Quem sofre deste distúrbio sente extrema ansiedade pela possibilidade de ser julgado pelos outros, de ser o centro das atenções, de ser criticado ou humilhado e pode sentir esse medo até mesmo ao falar no telefone. Eles simplesmente não conseguem fazer apresentações em público, comer em restaurantes ou na frente de alguém, ir a eventos sociais, conhecer novas pessoas…

1.2.2. Agorafobia

Agorafobia é geralmente definida pelo medo irracional de espaços abertos, como grandes avenidas, parques e ambientes naturais. Mas essa definição não está inteiramente correta. Na realidade o estímulo fóbico ocorre por meio do medo irracional de ter um ataque de ansiedade nesses lugares, onde pode ser difícil, embaraçoso ou constrangedor escapar, ou onde não é possível receber ajuda.

1.3. O Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT)

Esse transtorno ocorre quando a pessoa foi exposta a um evento traumático que lhe causou uma experiência psicológica estressante ou de incapacidade. Os sintomas incluem pesadelos, sentimentos de raiva, irritabilidade, cansaço emocional, isolamento, entre outros e, geralmente ocorrem quando a pessoa revive o evento traumático. A pessoa procura evitar situações ou atividades que a faz se lembrar do que causou o trauma.

1.4. O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)

É uma condição na qual o indivíduo experimenta pensamentos, idéias ou imagens intrusivas. Por ser um transtorno de ansiedade, está associado a sentimentos de medo, angústia e estresse constantes, tornando-se um problema no o dia a dia da pessoa, afetando negativamente a qualidade de vida dela.

Os pensamentos que causam sofrimento (obsessões) fazem com que a pessoa realize certos rituais ou ações (compulsões) para reduzir a ansiedade e se sentir melhor.

As obsessões incluem o medo de se contaminar, sentimentos de dúvida (por exemplo, será que eu desliguei o gás?), Pensamentos de fazer mal a alguém, pensamentos que vão contra as crenças religiosas da pessoa, entre outros. Algumas compulsões incluem: verificar, contar, lavar, organizar repetidamente as coisas e assim por diante.

1.5. O Transtorno de Ansiedade Generalizada

Preocupar-se de vez em quando é um comportamento normal, mas quando isso causa ansiedade de forma contínua afetando e interferindo a vida normal de uma pessoa, é possível que ela sofra do transtorno de ansiedade generalizada.

Esse transtorno se caracteriza pela preocupação e ansiedade crônica. É como se você sempre tivesse algo para se preocupar: possíveis problemas na escola, no trabalho ou no relacionamento, um possível acidente quando sair de casa, etc.

Os sintomas incluem náuseas, fadiga, tensão muscular, dificuldade de concentração, problemas de sono, entre outros.

2. O Transtorno de Humor

Existem diferentes tipos de transtorno de humor e, como o próprio nome sugere, sua principal característica é a alteração de humor do indivíduo. Os mais comuns são:

2.1. O Transtorno Bipolar

O transtorno bipolar pode afetar a forma como uma pessoa se sente, pensa e age. É caracterizado pelas alterações de humor exageradas e vai muito além de uma simples mudança de humor ou uma instabilidade emocional. Os ciclos de transtorno bipolar podem durar dias, semanas ou meses, prejudicando seriamente o trabalho e as relações sociais da pessoa.

O distúrbio bipolar raramente pode ser tratado sem medicação, pois é necessário estabilizar o humor do paciente. Durante os episódios de mania, a pessoa pode até mesmo deixar o seu emprego, aumentar suas dívidas, e se sentir cheio de energia apesar de ter dormido apenas duas horas por dia. Durante os episódios depressivos, a mesma pessoa não consegue nem sequer sair da cama. Existem diferentes tipos de transtorno bipolar, e também há uma versão mais leve do transtorno, chamado ciclotimia.

2.2. O Transtorno depressivo

Muitas pessoas se sentem deprimidas em alguns momentos de suas vidas. Sentimentos de decepção, frustração e até mesmo de desespero são normais diante de uma decepção e podem durar vários dias antes de ir desaparecendo gradualmente.

Mas, para algumas pessoas, esses sentimentos duram meses ou anos, causando sérios problemas no seu dia a dia.

A depressão é uma psicopatologia grave e debilitante, e afeta a maneira como uma pessoa se sente, pensa e age. Pode causar tanto sintomas físicos como psicológicos. Por exemplo: problemas de digestão, problemas de sono, mal-estar, fadiga, etc.

3. Transtorno Alimentar

Existem diferentes tipos de transtornos alimentares. Os mais comuns são:

3.1. Anorexia Nervosa

A anorexia se caracteriza pela obsessão do controle da quantidade de comida que se consume. Um de seus sintomas mais característico é a distorção da imagem corporal. Pessoas que sofrem de anorexia restringem a ingestão de alimentos fazendo dietas, jejuns e até mesmo exercícios físicos excessivos. Dificilmente comem e o pouco de alimento que ingerem lhes provoca uma intensa sensação de desconforto.

3.2. Bulimia Nervosa

É um transtorno do comportamento alimentar caracterizado por padrões alimentares anormais, com episódios de ingestão de alimentos em massa, seguido por manobras que procuram eliminar as calorias (indução de vômitos, laxante, etc.). Após esses episódios, é comum que a pessoa se sinta triste, mal humorada e tenha sentimentos de auto compaixão.

3.3. Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica

É uma doença grave onde a pessoa consome com freqüência grandes quantidades de alimentos e só depois se dá conta de que perdeu completamente o controle durante a compulsão. Depois de comer em excesso, a pessoa se sente ansiosa e angustiada e daí aparece a preocupação com o peso.

4. Transtornos Psicóticos

São psicopatologias graves em que as pessoas perdem o contato com a realidade. Dois dos principais sintomas são os delírios e as alucinações. Os delírios são crenças falsas, como a idéia de que alguém está seguindo. Alucinações são percepções falsas, tais como ouvir, ver ou sentir algo que não existe. 

Ao contrário dos delírios, que são equívocos da realidade sobre algo existente ou um objeto, ou seja, uma distorção de um estímulo externo, as alucinações são totalmente inventadas pela mente e não são produto da distorção de nenhum objeto presente, percebe-se algo sem levar em conta os estímulos externos. Por exemplo, ouvir vozes que saem de um plugue.

Os distúrbios psicóticos mais comuns são:

4.1. O Transtorno Delirante

O Transtorno delirante ou paranóia é um transtorno psicótico caracterizado por uma ou várias idéias delirantes. Onde essas pessoas estão totalmente convencidas de coisas que não são verdadeiras. Por exemplo, que alguém lhes persegue para prejudicá-los.

4.2. Esquizofrenia

A esquizofrenia é outro transtorno psicótico, mas neste caso, a pessoa sofre alucinações e pensamentos perturbantes que a isolam de atividades sociais. A esquizofrenia é uma doença muito grave, mas há tratamentos bastante eficazes para que esses pacientes possam desfrutar sua vida da melhor forma possível.

5. Os transtornos de personalidade

Um transtorno de personalidade é um padrão rígido e permanente no comportamento de uma pessoa, que gera desconforto, dificuldades em seus relacionamentos e em tudo a sua volta. Os transtornos de personalidade começam na adolescência ou início da idade adulta.

Os mais comuns são:

5.1. Transtorno Personalidade Borderline (TPB)

O transtorno de personalidade borderline se caracteriza por uma personalidade fraca, que muda continuamente e duvida de tudo. Os momentos de calma podem se tornar, instantaneamente, em momentos de raiva, ansiedade ou desespero. Essas pessoas vivem suas emoções ao máximo, e seus relacionamentos amorosos são intensos, pois eles tendem a idolatrar a outra pessoa ao extremo.

Alguns de seus sintomas incluem: uma raiva intensa junto com a incapacidade de controlá-la, esforços frenéticos para evitar o abandono real ou imaginário, alternância entre extremos de idealização e desvalorização nas relações interpessoais, auto-imagem instável e sentimentos crônicos de vazio.

5.2. Transtorno de Personalidade Anti-Social (TPAS)

Mais conhecido como psicopatia ou sociopatia, se caracteriza pela tendência de não interagir na sociedade. Os diferentes sintomas e comportamentos que caracterizam o TPAS incluem: roubo, agressão, tendência à solidão, violência, mentiras… Além disso, as pessoas afetadas por esse transtorno tendem a serem tímidas, deprimidas ou depressivas e sentem ansiedade social devido ao medo de serem rejeitadas. Apesar disso, a terapia psicológica é muito eficaz no tratamento dos problemas de anti-sociais.


Fonte: Psiconlinews