quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Ciência confirma: pai é insubstituível na formação da criança

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“O pai é fundamental na formação da personalidade da criança, e como ela desenvolverá diversas características até a idade adulta. As crianças sentem a rejeição como se ela realmente fosse uma dor física. As partes do cérebro ativadas quando um pequenino se sente rejeitado são as mesmas que se tornam ativas quando ele se machuca, com uma diferença: a dor psicológica pode ser revivida por anos, levando à insegurança, hostilidade e tendência à agressividade. Um pai presente e carinhoso tem exatamente o efeito contrário na formação da personalidade do filho: o pequeno cresce feliz, seguro e capaz de estabelecer ligações afetivas muito mais facilmente na vida adulta.”
Que o amor materno é fundamental para a vida de qualquer criança, não temos qualquer dúvida. Aliás, em pleno século XXI, nossa cultura ainda coloca sob responsabilidade (quase que exclusiva) da mãe os cuidados com os filhos (é uma criança que faz birra? Que bate no amiguinho? Que vai mal na escola? “A culpa é da mãe”, não é assim que ouvimos comumente por aí?).
Mas como fica o papel do pai nessa história? Pois um estudo recente mostrou que ele é fundamental na formação da personalidade da criança, e como ela desenvolverá diversas características até a idade adulta. Pesquisadores da Universidade de Connecticut, nos EUA, demonstraram que crianças de todo o mundo tendem a responder da mesma forma quando são rejeitados por seus cuidadores, ou por pessoas a quem são apegadas emocionalmente. E quando essa rejeição é do pai, diferentemente do que muitas pessoas acreditam, ela causa marcas profundas.
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Segundo os estudiosos, que avaliaram 36 trabalhos envolvendo mais de 10.000 pessoas, entre crianças e adultos, a rejeição paterna tem essa influência tão marcante porque, em primeiro lugar, é mais comum do que a materna. E também porque a figura do homem é associada a prestígio e poder – ou seja, para a criança, é como se ela tivesse sido esquecida ou preterida por alguém que todos consideram importante.
Agora vem a parte mais triste: o estudo mostrou que as crianças sentem a rejeição como se ela realmente fosse uma dor física. As partes do cérebro ativadas quando um pequenino se sente rejeitado são as mesmas que se tornam ativas quando ele se machuca, com uma diferença: a dor psicológica pode ser revivida por anos, levando à insegurança, hostilidade e tendência à agressividade.
A boa notícia é que um pai presente e carinhoso tem exatamente o efeito contrário na formação da personalidade do filho: o pequeno cresce feliz, seguro e capaz de estabelecer ligações afetivas muito mais facilmente na vida adulta.
Nota da Página: Mais do que o pai, acreditamos que o termo correto a ser usado seria “figura paterna”, pois outras pessoas podem assumir a função do pai.

Fonte: Conti outra

terça-feira, 30 de agosto de 2016

O papel do vínculo entre Mãe e Bebê


A forte ligação emocional entre mães e filhos aumenta a vontade infantil de explorar o mundo – um efeito também observado no reino animal. Quanto mais seguros nos sentimos em relação à figura materna, mais propensos estamos a viver novas experiências e a correr riscos. Agora os pesquisadores descobriram que esse efeito se reflete também na vida adulta: uma lembrança do toque materno ou do som de sua voz é suficiente para mudar o humor das pessoas, afetando até a tomada de decisões.
A conclusão do estudo desenvolvido na Universidade de Colúmbia pelo administrador Jonathan Levav, professor de administração, foi publicada na Psychological Science. Um grupo de estudantes de administração de empresas teve de escolher entre apostas seguras – títulos com 4% de retorno anual – e jogos arriscados, como investimentos na bolsa, por exemplo.
Na metade dos casos, os pesquisadores tocavam levemente no ombro dos voluntários antes de dar as instruções. Os estudantes de ambos os sexos tocados por uma pesquisadora tiveram maior propensão a fazer apostas de risco do que aqueles confortados por um homem. “O toque feminino pode ter despertado associações primárias, inspirando a mesma atitude observada em crianças pequenas com mães que as apoiam”, explica o autor principal do estudo.
Para confirmar que um toque de uma mulher remete a sentimentos de segurança, os pesquisadores pediram a outro grupo para tomar decisões financeiras após um exercício no qual metade deles escreveu sobre uma época em que se sentiam seguros e apoiados, enquanto a outra parte abordou justamente o oposto.
Evocar uma sensação de insegurança deixou os voluntários do segundo grupo especialmente receptivos ao contato das pesquisadoras e mais dispostos a correr riscos.
No entanto, o toque não é a única fonte de conforto maternal. Em outro estudo, pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison “estressaram” um grupo de meninas entre 7 a 12 anos com exercícios de matemática e oratória. Logo depois, reuniram algumas com suas mães e às outras ofereceram apenas uma ligação telefônica.
As garotas que apenas falaram com as mães liberaram tanta ocitocina, o hormônio dos vínculos sociais, quanto as que puderam abraçá-las. Os dois grupos tiveram níveis igualmente baixos de cortisol, o hormônio do estresse, o que pode explicar por que tantas pessoas ligam para a mãe quando estão tristes.
TEXTO ORIGINAL DE MENTE E CÉREBRO

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Por que repetimos as mesmas atitudes frente a diferentes situações na vida?


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É muito comum no consultório receber pacientes que contam situações de seu cotidiano em que fica evidente que repetem atitudes muito parecidas, ou às vezes até, exatamente idênticas em diferentes situações da vida e no relacionamento com pessoas distintas. E acredite, isto se apresenta com mais frequência do que se possa imaginar.
Por exemplo: uma pessoa que sempre se comportou de forma desafiadora contra os pais na infância e ou adolescência, batendo sempre de frente contra a autoridade destes, acaba agora, sem perceber, relatando situações em que bate de frente com o chefe, com o marido / esposa, um colega de trabalho, um professor da faculdade, sogra, filhos e por aí vai… O mesmo pode ocorrer num caso oposto, em que alguém que sempre fora submisso e passivo, agora comportar-se desta maneira perante todos em seu meio de convívio.
E os motivos pelos quais aprendemos a agir de determinada maneira em nosso meio familiar desde a infância podem ser inúmeros, mas o fato básico é que crianças precisam buscar uma estrutura, uma referência para construir seus comportamentos e é natural que busquem isto na relação com os pais ou familiares em geral. O problema é quando esta criança cresce e se torna um adulto, mas continua a agir como aquela criança que baseia suas decisões e atitudes somente nos exemplos e experiências do passado.
Muitas vezes a repetição das mesmas atitudes e mesmas reações em suas relações são tão idênticas, que, a impressão que se tem é que reproduzem uma  cena muito bem  ensaiada e decorada, apenas o que muda são os personagens e o cenário da trama. Mas um fato que chama atenção é que quase sempre a pessoa que faz isto, não consegue ter a mínima noção do quanto é repetitivo em suas atitudes e reações que ocorrem em seu dia a dia.
Tendo isto em vista, a pergunta que surge é a seguinte: Por que será que algumas pessoas parecem estar programadas para terem sempre a mesma reação e a mesma atitude em suas relações e situações da vida?
Na maioria das vezes, isto ocorre porque é a única forma que o indivíduo consegue encontrar para recordar e expressar algo que sempre foi vivenciado desta maneira, e pensar e agir de outro modo, nunca foi uma opção para estas pessoas. Há mais de um século atrás, Freud em seu texto: “Recordar, repetir e elaborar” já falava sobre este movimento, que ele nomeava de “compulsão a repetição”. Ele explica como muitas vezes experiências que tivemos, ao invés de serem recordadas claramente e explicitadas pela fala, são expressas por meio da repetição delas em sua atuação na vida.
Logicamente, não haveria problema algum agir sempre do mesmo modo e repetir tais comportamentos, isto, desde que estes não lhe incomodem e tragam prejuízos para sua vida social. No entanto, não é o que geralmente acontece. Afinal de contas, a verdadeira natureza do ser humano é ser livre e criativo, capaz assim de fazer suas escolhas sem o sentimento de estar preso a um ciclo vicioso que só lhe faz sentir mal. Isto fica claro quando ouvimos pessoas se queixarem: “Não sei porque agi daquela maneira, quando vi já foi…” ou então: “Queria ser diferente, mas não consigo”.
E como disse anteriormente, um fato que chama atenção é que quase sempre a pessoa não consegue ter noção do quanto é repetitivo em suas atitudes e reações que ocorrem em seu dia a dia. Isto porque este ciclo vicioso é algo totalmente inconsciente.
Ou seja, o que está guardado lá no fundo do baú da nossa memória muitas vezes acaba só conseguindo ressurgir através destes ciclos de atitudes e comportamentos repetitivos, mas que muitas vezes acabam trazendo prejuízos pela falta de controle da própria vida. E para tomar de volta tal controle destas ações que quase sempre estão inconscientes, nada é mais importante do que autoconhecimento e reflexão sobre si mesmo.
Fonte: Psicologias do Brasil

sábado, 27 de agosto de 2016

PSICÓLOGOS DE HARVARD REVELAM: PAIS QUE CRIAM “BOAS” CRIANÇAS FAZEM ESTAS 5 COISAS

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Nesta era de tecnologia, descobrimos que a educação dos filhos é um pouco diferente dos tempos antes do iPod, iPhone, computadores, Internet, e todos as outras modernidades incríveis que nos consomem. As crianças brincavam nas ruas. Jogavam bola nos campos. Brincavam do lado de fora até que as luzes de rua se acendiam e elas sabiam que tinham que ir para dentro de casa. Nós estamos criando crianças muito diferentes agora do que a vinte ou trinta anos atrás. Mas, talvez seja hora de voltar ao básico.

Este é um mundo novo. As crianças nascidas nessa era automaticamente recebem aparelhos para entretê-las. Mas, aonde estamos errando? Psicólogos da Universidade de Harvard vêm estudando o que torna uma criança bem criada nestes tempos de mudanças. Eles concluíram que existem vários elementos que ainda são essenciais.
Aqui estão 5 segredos para criar uma “boa” criança, de acordo com psicólogos de Harvard:
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1.Passe tempo com seus filhos
Passar o tempo com seus filhos significa deixar tudo de lado por um tempo, ler um livro, chutar uma bola, caminhar com ele, ou apenas jogar um jogo à moda antiga. Em termos mais simples, isso significa que você interage com sua criança. Estas são as coisas das quais vão se lembrar. Elas vão se esquecer do que você comprou. Só querem passar mais tempo com seus pais.

2.Fale com eles em voz alta
De acordo com os pesquisadores de Harvard, “Mesmo que a maioria dos pais diga que o cuidado com seus filhos é uma prioridade de tpo, muitas vezes as crianças não estão ouvindo a mensagem.”

Passe tempo com eles para descobrir o que está acontecendo em sua vida. Verifique com professores, treinadores. Descubra se há uma mudança em seu comportamento. Permita que seu filho se sinta confortável para vir e falar com você. Seu filho precisa saber que é a prioridade em sua vida. As crianças necessitam de confirmação através de palavras. As palavras são importantes. Converse com elas e compartilhe suas histórias sobre a escola, trabalhos de casa, amigos, e assim por diante.
3.Mostre ao seu filho como resolver problemas sem estressar sobre o resultado
Um dos maiores presentes que você pode dar ao seu filho é a capacidade de analisar e resolver problemas. Deixe seu filho decidir por si mesmo o que ele quer. Você não pode resolver seus problemas o tempo todo. É saudável lhe permitir experimentar a vida através de suas próprias lentes. Conquistas são importantes e, ao permitir-lhe determinar o que quer, você está o presenteando com a consciência.

Você quer criar um adulto produtivo. Permita que ele venha até você e compartilhe seus problemas, e oriente-o a fazer as melhores escolhas possíveis. É difícil dar um passo atrás como e ver seu filho cometer um erro. Mas faz parte da aprendizagem e da evolução da nossa humanidade.
Rick Weissbourd, que conduziu o estudo, diz: “Estamos muito focados na felicidade de nossos filhos. Estamos fazendo-os se concentrarem apenas em casos de sucesso?” A pressão para a realização pode ter muitos resultados negativos”, diz Weissbourd, que é codiretor do projeto.
4.Mostre a sua gratidão a seu filho regularmente
Os pesquisadores dizem que “os estudos mostram que pessoas que praticam o hábito de expressar gratidão são mais propensas a serem úteis, generosas, compassivas, felizes, saudáveis e perdoarem com mais facilidade.” Os pais devem dar tarefas aos seus filhos e, em seguida, expressarem gratidão por suas realizações. É importante que as crianças vejam que a gratidão é um dom notável. Sempre que fizerem algo, honre-as e reconheça-as pelo seu desempenho.

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Como pais, é nosso devem ensinar nossos filhos a serem compreensivos e compassivos para com os outros. As crianças aprendem pelo exemplo. Leve-as a um abrigo. Permita-lhes testemunharem como têm sorte de terem uma casa. Ajudar seus filhos é não apenas dar-lhes uma chance de serem adultos surpreendentes, mas também remover o preconceito da intolerância e diferenças. Tudo começa em casa.
5.Ensine seus filhos a expandirem a sua visão
Isso remonta à mostrar-lhes gratidão. Deixe seu filho experimentar o mundo através de sua compaixão. Os pesquisadores dizem que “quase todas as crianças empatizam e se preocupam com seu pequeno círculo de familiares e amigos.”

Ensine seu filho a ser um bom ouvinte, a interagir sem o uso de tecnologia, ser compreensivo com outras pessoas fora de sua família, e não julgar qualquer pessoa com base em sua religião ou nacionalidade. Estamos em tempos cruciais da evolução humana, e esta nova geração tem a capacidade de ser mudar o nosso mundo. Expor seu filho a diferentes culturas ajuda a desenvolver uma pessoa amorosa, gentil e feliz.
Você é responsável por criar almas amorosas. Ajude-as a navegarem neste mundo através da compaixão, amor e bondade.
“Criar uma criança respeitosa, carinhosa e ética sempre foi um trabalho árduo. Mas é algo que todos nós podemos fazer. E nenhum trabalho é mais importante ou mais gratificante.”

Fonte: Psicologias do brasil

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Dica de Filme: Alguém tem que ceder


Sinopse:

Harry Langer (Jack Nicholson), um executivo da indústria da música, namora com Marin (Amanda Peet), que tem idade para ser sua filha. Em uma visita à casa de praia da mãe de Marin, Erica (Diane Keaton), Harry sofre uma parada cardíaca e fica sob os cuidados da anfitriã e do jovem doutor Julian (Keanu Reeves). De repente, percebe que Erica mexe com seus sentimentos, mas hesita em assumir a paixão. Enquanto isso, Julian, o charmoso médico de 30 e poucos anos, também sente-se atraído por Erica. Harry, que sempre teve o mundo em suas mãos, agora deve dar um rumo ao seu coração e provocar uma reviravolta em sua vida.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

O que se passa na cabeça do seu filho?

A obra é um best-seller americano que acaba de chegar ao Brasil. Repleta de figuras ilustrativas, quadrinhos, tabelas e linguagem acessível, traz conselhos de especialistas para que os pais consigam lidar com os episódios mais desafiadores enfrentados com as crianças, como os ataques de raiva, medo e descontrole emocional. Escrito pela psicoterapeuta Tina Bryson e pelo psiquiatra e professor universitário Daniel Siegel, o livro ensina que os momentos mais conturbados são, na verdade, valiosas oportunidades para ensinar os filhos sobre a importância da inteligência emocional. A seguir, confira a entrevista que Tina (mãe de três filhos) concedeu à CRESCER. 
Você afirma que, muitas vezes, os episódios de birra acontecem simplesmente porque a criança está com fome ou sono – e não consegue se expressar. Como os pais podem identificar isso? Cada vez que o filho tiver uma explosão emocional, os pais devem perguntar a si mesmos: “O que ele precisa nesse momento?”. Quando observamos com curiosidade o que a criança está tentando nos comunicar e tentamos descobrir a melhor maneira de ajudá-la, é possível determinar o que fará com que ela se acalme.
Por que os pais devem permitir que a criança fale e se expresse a respeito de algum evento traumático pelo qual passou? Como identificar se isso é suficiente ou se ela precisa de mais apoio, como um psicólogo, por exemplo? As crianças costumam nos dar sinais de que ainda precisam trabalhar determinada situação. Quando o assunto ou o sentimento envolvido no episódio marcante continuam vindo à tona com frequência durante as brincadeiras e conversas, então isso indica que há necessidade de discutir os acontecimentos.
Podemos ajudá-las, por exemplo, incentivando que criem um livrinho narrando o que se passou e permitindo que contem a história quantas vezes for necessário. No entanto, se o seu filho vivenciou uma situação que deixou um trauma profundo, capaz de atrapalhar o bom funcionamento da vida diária ou ainda se foi um fato assustador também para os pais, a ajuda profissional é muito bem-vinda.
Com que idade a criança começa a demonstrar raiva e medo?

Esses sentimentos podem surgir logo no início da vida. É possível notá-los já nas primeiras semanas após o nascimento. A entonação e o volume do choro do seu bebê, assim como as pistas não verbais – narinas abertas, olhos arregalados, lábios cerrados, respiração ofegante e perda de ar – são algumas características que podem ser observadas e que indicam as emoções da criança.

Em sua opinião, se os pais pudessem passar uma única lição ou habilidade aos filhos, qual deveria ser e por quê?

Uma das ferramentas mais importantes que podemos ensinar às nossas crianças é que elas não precisam ser reféns das circunstâncias e nem das próprias emoções. Isto é, devemos mostrar que têm a capacidade de usarem suas mentes para acalmarem a si mesmas e para serem resilientes diante das situações difíceis.

O Cérebro da Criança – 12 Estratégias Revolucionárias para Nutrir a Mente em Desenvolvimento do seu Filho e Ajudar a sua Família a Prosperar, de Tina Bryson e Daniel Siegel, editora nVersos, R$ 39,90.
Fonte: Psicologias do Brasil

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Você Tem se Olhado com Carinho? Vamos Refletir Sobre a Autoestima


Atualmente, algo que tem atrapalhado bastante o ser humano no seu desenvolvimento e no processo de amadurecimento, é a baixa autoestima, que por conseqüência anda lado a lado com a insegurança, prejudicando a pessoa em todas as áreas de sua vida.
Assim, a insegurança manifesta uma baixa autoestima, o temor de assumir responsabilidades, a rejeição a crítica dos outros, a necessidade de que outros aprovem tudo que fazemos, a desconfiança de si mesmo ou a falta de confiança para tomar decisões importantes.
Explicando melhor sobre autoestima, esta pode ser definida como a forma que enxergamos a nós mesmos. Ela expressa o quanto nos respeitamos e nos queremos bem, e isso se reflete nas situações em que nos colocamos e nas decisões que tomamos.
autoestima baixa influencia absolutamente todos os campos da vida. Nosrelacionamentos amorosos, a pessoa pode se envolver com pessoas que a tratam mal ou que não estão disponíveis. Nas relações pessoais, pode ir em busca de amigos que não agregam nada e somente ‘sugam’. Isto acontece por acreditar que não consegue alguém melhor, por não ser merecedora de respeito, carinho e admiração. E no campo profissional, não consegue evoluir, pois não tem confiança no próprio potencial e nem coragem para tentar algo novo, melhor. Ao primeiro obstáculo, já desiste. Ocorre até no meio escolar, a criança e o adolescente tem tanto medo do que os outros vão pensar que tem vergonha de tirar suas dúvidas com o professor.
Ao refletir como está sua vida atualmente procure observar: quais as atitudes que toma que são benéficas para você? Sua postura diante das situações é, no geral, positiva? Você está contente consigo mesmo? Se as respostas forem negativas, seu amor próprio está prejudicado e precisa ser trabalhado.
As principais características da baixa autoestima são:
  • Insegurança
  • Perfeccionismo
  • Sentimento de inadequação
  • Dúvidas constantes
  • Incerteza de si mesmo
  • Não se permitir errar
  • Necessidade de agradar e de ter aprovação e reconhecimento
  • Sentimento vago de não ser capaz de realizar nada
O que geralmente diminui a autoestima:
  • Constantes críticas e autocríticas
  • Sentimento de culpa
  • Medo do abandono
  • Receio da rejeição
  • Sentimento de carência
  • Frustração
  • Vergonha
  • Sentir inveja
  • Timidez
  • Insegurança
  • Medo
  • Humilhação
  • Raiva
  • Perdas e dependência (financeira)
Os principais sintomas e consequências são:
  • Sentimento de insegurança – geralmente, a pessoa tem muita dúvida e incerteza na tomada de decisão.
  • Pouca ou nenhuma autoconfiança – mesmo estando em um emprego ruim, o indivíduo não faz esforços para sair de lá, pois não acha que tem capacidade para conseguir algo melhor.
  • Excesso de autocrítica – o indivíduo só enxerga seus próprios defeitos, e ignora as qualidades.
  • Intolerância à frustração – quando se é frágil, qualquer pessoa que faz uma crítica consegue destruir a pessoa que recebe, porque a pessoa que tem autoestima baixa valoriza muito mais a opinião do outro do que a dele mesmo.
  • Tendência a relacionamentos destrutivos – a pessoa pensa que não é merecedora de coisas boas e, portanto, só se relaciona com pessoas ruins, que fazem mal.
  • Permissividade – há dificuldade na imposição de limites, pois por ter medo de desagradar os outros, deixa que façam o que quiserem com ela.
  • Dificuldade em aceitar elogios – como a pessoa não consegue encontrar valor no que faz, desconfia quando o outro encontra.
  • Grande vulnerabilidade emocional – o que leva à dependência afetiva, ou “carência”.
  • Sentimento crônico de insatisfação – nunca nada está bom, o indivíduo sente uma angústia e ansiedade constantes e tem pensamentos pessimistas e negativistas.
  • Sentimento de inferioridade – para a pessoa qualquer um é melhor do que ela.
  • Necessidade de aprovação – “Você achou que eu falei bem? Este texto está bom? Esta roupa fica bem em mim?” são questionamentos frequentes de pessoas com autoestima baixa.
As causas de uma autoestima baixa costumam ser a falta de conhecimento próprio e uma autoimagem distorcida. Podemos dizer que durante a infância, os pais (ou criadores) da criança precisam lhe dar atenção e reconhecimento. Aos poucos, esses “modelos” vão contando à criança quem ela é e dando parâmetros. Assim, ela desenvolverá sua autoimagem e, consequentemente, seu amor próprio.
No entanto, a pessoa que teve essa relação deficitária não recebeu referências suficientes de si mesma e, como resultado, não consegue se enxergar de forma plena. Por isso ela ficará se comparando aos outros com frequência e pedindo referências. Um exemplo comum é quando duas amigas estão na praia e uma pergunta à outra: ‘Eu estou gorda como aquela mulher?’. Quando não se tem clareza de quem é, o outro se torna necessário para se ter um parâmetro.
Mas nem tudo está perdido, a auto-estima pode ser libertada com muita vontade e trabalho diário, acreditar que merecemos algo de bom na vida é o melhor trampolim para nos motivarmos a iniciar um processo de mudança.
Para estarmos em paz conosco e com a vida é necessário iniciar um processo de limpeza emocional e resolver tudo o que está pendente, limpando dentro de nós o que já não é mais importante para sermos livres e felizes.
Apesar de ser construída durante a infância e adolescência, a autoestima pode ser tratada e recuperada em qualquer fase da vida. Por meio das nossas escolhas, podemos ir alimentando essa estima. Ao tomar decisões destrutivas sem querer fortalecemos aquilo que mais nos incomoda. No entanto, quando fazemosmovimentos positivos, nós passamos a inverter essa situação. Funciona como um ciclo: quanto mais escolha positiva se faz, mais estima se passa a ter por si mesma, e quanto maior a autoestima, mais positivas serão as escolhas.
Para elevar a autoestima é preciso:
  • Autoconhecimento
  • Gostar da imagem refletida no espelho
  • Identificar as qualidades e não só os defeitos
  • Aprender com a experiência passada
  • Se tratar com mais amor e carinho
  • Ouvir a intuição (o que aumenta a autoconfiança)
  • Manter um diálogo interno
  • Acreditar que merece ser amado(a) e é especial
  • Fazer todo dia algo que o deixe feliz. Pode ser coisas simples como dançar, ler, descansar, ouvir música, caminhar.
O mais importante é cultivar sempre o pensamento positivo e avaliar os bons aspectos da sua vida, valorizando-os. Ao mesmo tempo, considere o que você poderia melhorar ou modificar para se fortalecer em todos os sentidos.
Confie em si mesmo, procurando fazer uma auto-reflexão e buscando oautoconhecimento. Observe quais sentimentos e pensamentos o levam a se sentir inseguro. E, ao descobrir, tente se lembrar quando foi a primeira vez que se viu assim, talvez você perceba que é possível olhar para aquele momento de uma forma diferente.
Não tenha medo de mudanças e procure analisar se alguma área de sua vida está precisando de melhorias. Em caso positivo, liste quais atitudes te ajudarão a melhorar seu desempenho
Faça uma lista de suas qualidades e seus pontos fortes. Pense no que o faz ser único e especial, escreva e, se possível, fixe em um lugar visível para conferir sempre. Identifique as suas habilidades e as coloque em prática.
Comece a valorizar sua opinião frente a fatos e situações, e seja paciente e flexível com você mesmo, pare de se criticar por qualquer coisa. Não exija tanto de você, e tenha tolerância e positividade em relação a seus pensamentos, não se martirizando à toa. Não se menospreze ou se rebaixe, em vez disso, modifique o que você acredita que não está legal em você.
Vamos fazer assim não se leve tão a sério. Você pode aprender com seus erros e reformular suas atitudes sempre que quiser, mas se achar necessário, procure apoio com psicoterapia e aconselhamento psicológico que juntos podemos enfrentar essa insegurança e redescobrir seu amor próprio.
Agora vamos tentar?
Texto de kamila Moura - Psicóloga Clínica 

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

POR UM MUNDO MAIS GENTIL

Pessoas rudes são vistas no mundo inteiro como desagradáveis, todos querem distância. Cafeterias no Estados Unidos, França e no Brasil acharam um jeito de lidar, com este tipo de gente, oferecendo descontos aos seus clientes que disserem: “bom dia, “por favor”, “olá”. Os internautas não pouparam críticas:  “pessoas sem habilidades sociais terão que evitar totalmente estes lugares”.
Será que essa estratégia daria certo em nossos dias?  Vivemos num mundo onde a competição e a ganância deixam as pessoas agressivas, pois ser gentil é uma arte esquecida nesses tempos de corre-corre. Mas se a gentileza for feita com o coração é capaz de evitar as dores cotidianas causadas por rispidez e má vontade, porque ninguém nasceu para causar transtornos e amarguras aos outros.
A gentileza é a essência do ser humano. Quem não é suficientemente gentil não é suficientemente humano, pois o humano em nós está em construção. Uma vez que a gentileza proporciona relações amistosas. Ser gentil garante uma convivência equilibrada entre as pessoas. A gentileza traz a calma e a tolerância. Como faz bem as palavras mágicas: bom dia, por favor, obrigado.
Não é a educação que deixa uma pessoa gentil. Gentileza é uma maneira de pensar, de ver o mundo, uma atitude que vai muito além do que definem os códigos de bom comportamento. E para ser gentil não precisa de atitudes grandiosas. São gestos simples que podem ser seguidos pelas outras pessoas.
A diferença entre uma pessoa fraca e uma pessoa gentil: o fraco reage, grita, revida, é vingativo, perde a razão. O gentil é flexível, espera o momento certo para agir, trata o semelhante com afeto, mas defende seus direitos com firmeza. Porém, ser gentil não é aceitar tudo o que os outros nos fazem. É preciso colocar limites, mas sem perder a racionalidade. Não é gritando é que vamos mostrar que temos razão. Nossos valores é que devem ser elevados e não o nosso tom de voz.
É possível dizer “não” sem mostrar raiva e podemos defender nossas opiniões com firmeza, mas sem ser rude. É possível criar novas maneiras de agir nos lugares onde a gentileza não está presente.  Mas não podemos compartilhar as atitudes do tipo: “bateu, levou”, “olho por olho”, “vai ser pago na mesma moeda” ou algo do gênero. São tais posturas que transformam um mundo num lugar ameaçador de se viver.
Quando impera a grosseria na família, trabalho, escola, entre casais e colegas fica difícil a convivência, gerando um círculo vicioso de tensão, que ajuda a somatizar doenças no corpo, como úlceras estomacais, enxaquecas e outros sofrimentos. Porém, a prática da gentileza nos dá serenidade – para não se contaminar com essas situações, como diz Kalil Gibran: “Aprendi silêncio com os falantes, tolerância com os intolerantes e gentileza com os rudes. E, ainda assim, estranho, sou ingrato a esses mestres.”
Fonte: Psicologias do Brasil

domingo, 21 de agosto de 2016

Estes atletas superaram depressão para participar das Olimpíadas



Chegar ao pódio e ganhar uma medalha para seu país são apenas uma pequena parte de um trabalho árduo conquistado ao longo de toda uma vida, resultado de muita dedicação, treino e superação de obstáculos, como encarar a falta de incentivos do governo e das empresas a atletas desde a base.
Como se não bastasse, muitos atletas ainda precisam lutar contra a depressão para atingir seu sonho de estar entre os melhores do mundo em sua modalidade.
Talvez nem todos saibam, mas a depressão já afetou alguns dos atletas mais famosos do mundo, como o norte-americano Michael Phelps e os medalhistas brasileiros Diego Hypólito, Joanna Maranhão e Rafaela Silva.
Conheça um pouco da história desses vencedores dentro e fora das Olimpíadas:
Diego Hypólito
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O atleta ganhou medalha de prata no Rio 2016

Quando se mudou do Rio de Janeiro para São Paulo, no final de 2013, o atleta não se adaptou à nova cidade. Teve depressão profunda, foi hospitalizado e não tinha energia para reagir. Perdeu dez quilos, não treinava.

“Primeiramente, achei muito difícil. Eu não conseguia viver nessa loucura que é São Paulo. Você pode fazer de tudo, todos os dias. Mas eu vivia em um cubículo, do lado do ginásio, não saía”, contou em entrevista ao UOL.
Quando ele foi contratado por um clube em São Bernardo, na Grande São Paulo, ele se reergueu. “Optei por São Bernardo pela visão de cidade pequena, mas muito bem estruturada. Tem menos trânsito, você conhece todo mundo. Eu vou à padaria e converso com as pessoas, almoço com minha vizinha. Em São Paulo, não tinha nada disso. E eu ainda estou a 40 minutos da praia, se quiser. Estou ambientado. É um conceito de família. Hoje, me sinto em casa. A contratação por São Bernardo me reergueu.”
Michael Phelps
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O atleta tem 28 medalhas nas Olimpíadas

O atleta que conquistou o maior número de medalhas de ouro na história das Olimpíadas também já sofreu depressão. Essa fase começou em 2009, com o escândalo causado por uma foto que mostrava Phelps fumando maconha. Ele foi suspenso por três meses, abandonou os treinos e perdeu o foco em seu trabalho.

“Eu não estava nem aí”, disse ele mais tarde, refletindo sobre o período. “Não queria nada com a água. Nada.” Ele chegou a frequentar uma clínica de reabilitação, no Arizona.
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Rafaela Silva ganhou medalha de ouro no judô no Rio 2016

Em 2012, após ser eliminada nas oitavas de final dos Jogos de Londres, a atleta, nascida e criada na Cidade de Deus, decidiu que ia parar de lutar. Na época da derrota, ela chegou a escutar ofensas racistas como “macaca” e alguns seguidores disseram que ela “era uma vergonha para sua família”.

“Teve um tempo em que ela não treinou. Ela frequentava a academia só para olhar, mas não treinava. Toda vez que Rafaela ia no treino, víamos que estava com cara de choro, que não queria treinar. Dizíamos que em 2016 seria no Rio. Fazíamos tudo para ela treinar”, lembrou Bianca Gonçalves, judoca do Instituto Reação e amiga de Rafaela.
Foi nesse período que ela entrou em depressão. “Foi um momento bem difícil. Andava na rua e pensava ‘vou lutar a Olimpíada’. Mas caía a ficha. Lembrava que tinha sido eliminada e ficava muito chateada. Assistia televisão e começava a chorar.”, disse a atleta em entrevista à Agência Brasil.
Joanna Maranhão
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A atleta Joanna Maranhão

Em 2015, após o Pan de Toronto, Joanna foi acometida por uma crise de depressão. Ela tinha dificuldade de sair de casa e só pensava em chorar.

“Aquela crise quando me abateu eu falei: ‘Dessa eu não vou sair’. Porque estava tudo bem, minha vida estava bem e de repente eu não via sentido em absolutamente nada. Eu só ficava em minha cama dormindo. Chegava no clube, olhava para a piscina e começava a chorar. E o meu técnico falava: ‘Joanna o que está acontecendo?’ Eu não sabia, mas eu estava apática”, disse em entrevista à UOL.
A atleta sofreu abuso sexual de um ex-treinador na infância e carrega o trauma consigo, convivendo com a depressão há anos. Ela tentou o suicídio duas vezes e chegou a se aposentar das piscinas.
Fonte: Psicologias do Brasil

sábado, 20 de agosto de 2016

VIVER SATISFATORIAMENTE É SER PROTAGONISTA DA PRÓPRIA HISTÓRIA.




Você que está aí lendo! Eu sei que existe uma grande possibilidade de você não passar do primeiro parágrafo caso as palavras deste artigo não sejam decodificadas pelo lobo temporal esquerdo do seu cérebro, de maneira a produzir impulsos elétricos que ativam as regiões neurológicas responsáveis por suas lembranças e emoções… Em outros termos, menos técnicos, minhas palavras só lhe alcançarão caso você se transporte para o centro da ideia que eu abordar aqui, e nela se encontre como o protagonista, se identifique como o protagonista desta história…
Você é um animal gregário, eu sou um animal gregário. O homem é próprio das multidões, estruturado historicamente com a tendência de abandonar algumas de suas características individuais para, mesmo que momentaneamente, ser rebanhado, se juntar ao todo e se agregar aos seus semelhantes, buscando a sobrevivência da espécie. A história e a cultura nos conduz ao inconsciente coletivo de pertencer, fazer parte do grupo, se locomover, se comportar, se posicionar igual aos demais da espécie para, juntos, prosperamos… mas…
Sempre existe o ‘ mas ‘ pois é justamente o ‘ mas ‘ que nos torna indefectíveis diante da previsibilidade dos outros seres vivos, pois apenas o humano, em incontáveis circunstâncias as quais deveria seguir os instintos, o rebanho e as regras grupais, destoa enfurecidamente para sair dos padrões usuais e se destacar diante da multidão.
Quem, em uma peça de teatro, já não ficou tentando adivinhar o que se passa do lado de trás das cortinas, antes e depois do espetáculo? Quem, em um espetáculo musical, ficou se imaginando estar com o ídolo no camarim, comendo o que ele come, vendo o que ele vê, vivendo o que ele vive antes da apresentação?
Durante minha adolescência, por um tempo integrei uma equipe que organizava entretenimentos em uma cidade do interior de São Paulo. Minha participação era subalterna, com expressividade minoritária, e o escasso dinheiro que eu ganhava não me importava nenhum pouco. O máximo era ver a multidão chegar, e pagar para participar de um evento no qual eu fazia parte da comissão organizadora. Eu podia transitar por lugares restritos, os quais para frequentadores pagantes eram vetados. Me via ocupando uma posição de destaque, a qual os bastidores me era permitido e ficava a imaginar quantas pessoas gostariam de saber o que se passava ali, e que essa realidade não as alcançavam, e só poderia estar no imaginário delas, enquanto que para mim era condição concreta.
O pequeno exemplo pessoal serve para ilustrar que, a identificação com o protagonismo é uma ferramenta essencial, que possibilita o ser humano caminhar ao encontro da satisfação de sua necessidade básica de autorrealização. Acredito muito que a vida se torna insustentável se nós vivêssemos apenas à margem dos acontecimentos que movem o nosso envolvimento com as experiências vividas socialmente. E olha que essas experiências sociais não necessariamente precisam se tratar de uma comissão organizadora, um destaque esportivo, ou manifestações artísticas…
A necessidade de protagonizar urge nos pequenos acontecimentos cotidianos, ela nasce na relação do indivíduo com o seu trabalho, dentro do seu casamento, no cumprimento dos papéis familiares, no posicionamento diante dos desafios e dificuldades da vida… A todo momento temos a urgente necessidade de reinarmos soberanos nos bastidores da nossa própria história, de sermos a estrela que brilha incandescente no palco da nossa própria vida, pois isso nos rende a deliciosa sensação de sermos agentes modificadores do ambiente em que vivemos.
E neste momento, convido-vos a uma reflexão:
Se é primordial em nossas vidas a sensação sentirmo-nos protagonistas da nossa própria história, para que nos enxerguemos autorrealizados, como entendemos quando alguém entra no camarim da nossa vida, e deturpa esse momento?
Pois bem, todas as vezes que ousamos caminhar nos bastidores dos sentimentos alheios, é preciso muito cuidado. É preciso se movimentar no campo das emoções alheias de maneira a não tirar nada do lugar, nem acender e nem apagar qualquer luz, não tropeçar, não quebrar qualquer convicção ou qualquer sonho, caso contrário, a invasão se torna ameaçadora de todo e qualquer crescimento pessoal do Outro. Não podemos nos esquecer que nos bastidores alheios, somos meros coadjuvantes, porque se não for assim, seria como que, hipoteticamente em uma peça de teatro, no momento ápice da apresentação em que o artista protagonista fosse eternizar o ato com sua performance, um anônimo invadisse o palco e, criminosamente, arrebentasse com o espetáculo…
Nossas experiências acumuladas daquilo que vivemos não suporta a triste realidade de compreender outro protagonista recebendo os aplausos no palco da nossa própria história, e nem temos o direito de tolher os direitos autorais e o sabor do sucesso da trajetória alheia!
Fonte: Psicologias do Brasil

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Dica de filme: O quarto do filho


Giovanni (Nanni Moretti) é um psicanalista que reside e trabalha na cidade de Ancona, na Itália. Ele é casado com Paola (Laura Morante) e tem dois filhos: a menina Irene (Jasmine Trinca) e o jovem Andrea (Giuseppe Sanfelice). Sua vida transcorre tranquila, dividida entre a família e o consultório, até que uma tragédia a transtorna completamente. Para atender ao chamado urgente de um paciente, Giovanni deixa de acompanhar o filho à praia e nesse passeio o rapaz morre afogado. A família, é claro, ressente-se profundamente com a morte e Giovanni sofre uma forte sensação de remorso, apesar do apoio da esposa.

PORNOGRAFIA: COMO PROTEGER SEU FILHO


O contato cada vez mais precoce com a internet tem causado um grande impacto na vida das crianças. Segundo a Irish Society for the Prevention of Cruelty to Children (ISPCC), ou Sociedade Irlandesa para a Prevenção da Crueldade contra Crianças, em tradução livre, crianças a partir de 6 anos de idade já têm acesso a conteúdo pornográfico na rede.

O relatório anual da ISPCC revelou que, em 2015, foram mais de 420 mil chamadas em busca de ajuda. O local possui a “Childline”, linha para a qual crianças e jovens de até 18 anos podem ligar para falar sobre seus problemas, conversar e pedir conselhos. Voluntários treinados para ajudar atendem ás chamadas. Segundo a instituição, as pessoas os procuram por motivos que vão desde a baixa auto-estima até a sexualização precoce.

“Quando pergunto aos voluntários da Childline o que os preocupa eles respondem, sem hesitar, que é o fato de as crianças estarem usando pornografia e de falarem com uma linguagem altamente sexualizada”, disse Grainia Long, CEO da ISPCC. Ela acredita que o governo precisa colocar em ação uma estratégia de segurança cibernética no lugar. “Precisamos de um debate nacional e de conversa”, opinou.

E no Brasil?

Não há dados que comprovem o quanto as crianças brasileiras estão, desde cedo, em contato com material pornográfico. No entanto, não há dúvidas de que o acesso à internet, muitas vezes, facilita essa situação. Para Bruno Mader, psicólogo do Hospital Pequeno Príncipe, essa exposição precoce é preocupante. “Dos 6 aos doze anos, nos valemos de conteúdos fantasiosos pra entender o mundo. Questões tão explícitas assim causam uma confusão de papéis porque as crianças não são maduras o suficiente para entender”, explicou. “Não é legal para elas, não tem nada de positivo.”

Como proteger seu filho

Para evitar que esse contato precoce aconteça com as crianças, é preciso saber com o que estamos lidando. De acordo com Mader, o mais importante é agir preventivamente. “Os pais precisam se interessar por tecnologia. Entender como funcionam as redes sociais, o bloqueio dos aparelhos. Devem estar alertas porque o problema pode acontecer”, explica.

Com tantos vídeos circulando rapidamente, principalmente em aplicativos de mensagens instantâneas, é preciso ficar de olho também no seu próprio aparelho e lembrar de fazer uma limpeza nos arquivos com frequência. Muitas vezes, algum conteúdo impróprio é recebido pelos adultos, passa despercebido e fica armazenado no smartphone. A criança, então, pega o celular e se depara com o material.

Além disso, observar e interpretar o comportamento da criança é fundamental, afinal, por aí é possível identificar quando algo estiver errado. O mesmo vale para a escola, que deve evitar tratar o assunto como tabu.

Se a criança for constantemente exposta a esse tipo de conteúdo pode caber, inclusive, uma ação do conselho tutelar, ou seja, negligenciar nunca é a solução.

Aconteceu. E agora?

E se você descobrir que seu filho tem ou teve acesso a esse tipo de conteúdo no celular, na internet ou na televisão? O que fazer? Veja as dicas do psicólogo:

1. Os pais precisam fazer uma leitura de si mesmos, ver se sentem a vontade e capazes de abordar o assunto. Nem sempre é necessário procurar um profissional.

2. Se a primeira reação dos pais for mais agressiva, tudo bem, afinal, eles também possuem emoções. No entanto, depois desse primeiro momento é necessário retomar a conversa e explicar a situação com calma para a criança.

3. Nesse diálogo, o certo é apontar que aquele conteúdo não é ideal para a idade dela, não usando tom de proibição, mas indicando apenas que não é apropriado.

4. Caso a escola perceba que algo está acontecendo, deve contatar os pais. Se não houver uma resposta adequada, autoridades competentes podem ser acionadas.

5. Em um caso mais extremo, no qual a conversa não funciona, os pais devem procurar a ajuda de um profissional que lide com a saúde mental da criança.

Fonte: Psicologias do Brasil

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

A superproteção é um modo de dar ao mundo filhos infelizes

A superproteção se define como a atenção excessiva dada aos filhos. Pode parecer apenas mais um rótulo, e até uma forma de pôr em dúvida o modo como educamos nossos filhos.
Como não dar atenção à criança desde muito pequena? Onde está o limite? Toda criatura precisa do afeto e da atenção contínua de seus pais. Assim, às vezes é difícil saber onde está a linha do equilíbrio.
Bem, na verdade esse limite se estabelece nessa sutil fronteira na qual permitir o crescimento pessoal de nossos filhos sem cair na toxicidade emocional.
A criança não deve ser controlada, porque educar não é asfixiar e nem mesmo cortar as asas de nossos filhos que, no dia de amanhã, devem ser adultos capazes de tomar decisões e serem responsáveis pelas suas vidas.
No entanto, o termo “superproteção” tem mais significados do que imaginamos.

O peso da superproteção

O mais curioso desse tipo de comportamento é que os pais e mães estão muito absortos em cada aspecto da vida de seus filhos: escola, esportes, hobbies, alimentação, amizades…
Estão “super presentes” e pensam que, assim, atuam como os melhores pais do mundo, e que sua criança é a mais correta do mundo. No entanto, o equilíbrio emocional e pessoal das crianças está muito longe de refletir a felicidade.
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Consequências da superproteção: decepção

Os pais interiorizaram o que, para eles, é o ideal do filho perfeito e, além disso, nessa esfera de perfeição incluem a si mesmos como figuras de referência imprescindível.
No entanto, à medida que o tempo passa eles veem que, às vezes, seus filhos não se adequam a esses ideais, e aparece então a decepção.
Quando a criança percebe a decepção no olhar dos seus pais, começa a se desenvolver o sentimento de fracasso e de inferioridade.
Fonte: Contioutra.com