sábado, 25 de fevereiro de 2017

Você sabe escolher?

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O mundo em que vivemos pede cada vez mais autonomia de nós. Antigamente era comum ter que seguir um padrão mais rigidamente esperado pela sociedade. Existiam modelos certos de como agir e se portar. Hoje em dia é diferente, são inúmeras as possibilidades e perspectivas de futuro. Podemos escolher diversas profissões, morar fora do país, casar ou não, ter filhos ou não, entre outras.
Ainda existem os modelos certos e ideais, aqueles mais reconhecidos e valorizados pela sociedade, mas atualmente, sem dúvida, temos muito mais liberdade de escolha.
A questão hoje não é somente a conquista pelo espaço e o direito de liberdade e sim como decidir pelo que é melhor para si, como administrar as diferentes possibilidades e decidir pela escolha adequada.
Liberdade
No passado a liberdade era tolhida e o questionamento não era estimulado na maior parte da população, bastava seguir o que era esperado, o modelo para ser aceito. À medida que ganhamos independência e mais acesso a informação, ganhamos também liberdade e possibilidades de escolhas pessoais e, com isso, a necessidade de aprender a lidar com essa condição. Significa desenvolver a capacidade de refletir, ponderar, comparar e escolher.
Saber escolher pode parecer fácil, mas não é. São muitos os aspectos envolvidos. O que é melhor para mim? O que é melhor para o meio em que vivo? É possível chegar a um consenso? Tenho coragem suficiente para escolher e seguir por minha conta e risco?
Tomar para si a responsabilidade pelas próprias escolhas sem colocar as justificativas em fatores externos, como o destino, a família, o companheiro e tantos outros, é uma tarefa corajosa.
O filósofo francês Jean-Paul Sartre desenvolveu, no século passado, a idéia da Má-fé , que é a tendência do ser humano de colocar a responsabilidade pela própria vida em fatores externos evitando assim a angústia. De certa forma atribuir nossas escolhas a outros fatores nos liberta do desconforto, é aparentemente mais fácil colocar a possibilidade de fracasso em uma justificativa externa, mas também uma forma equivocada, pois nos distancia dos nossos projetos pessoais, direcionando a vida, muitas vezes, para um lugar distante daquilo que realmente desejamos.
Autonomia
Há uma citação do Psicólogo Carl Gustav Jung que diz “Só aquilo que somos realmente tem o poder de curar-nos.” Para sermos quem realmente somos, e sermos mais realizados e felizes, é necessário tomar a responsabilidade da própria vida para si mesmo, amadurecendo e deixando de ser refém do acaso ou de situações aparentemente condicionantes.
Claro que a opinião e ajuda daqueles que amamos e respeitamos é benéfica e fatores externos nos influenciam mas a escolha final sempre é nossa, pessoal e intransferível.
Ter consciência disso é ter autonomia, tomar as rédeas da própria vida e direcioná-la para onde se quer com vontade, coragem e o constante desejo de descobrir a si mesmo.
Fonte: A Caminho da Mudança

7 Frases que vão mudar a sua perspectiva sobre a vida

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Dica de filme: Across the Universe

ACROSS THE UNIVERSE


Beatles é quase uma unanimidade. Raro encontrar alguém que faça uma crítica acirrada à banda inglesa, por isso, o musical – com trilha sonora toda da banda – não tinha como não ser um sucesso. Jude (Jim Sturgess) está à procura de seu pai e, por isso, quer chegar aos Estados Unidos. No caminho, conhece Max (Joe Anderson) e a irmã Lucy (Evan Rachel Wood), por quem aaba se apaixonando. A trama tem muito de autodescoberta, processo que se torna complicado em meio à guerra no Vietnã, que impacta o mundo todo

Fonte: www.msn.com

6 FILMES DOS ANOS 90 PARA MATAR A SAUDADE DURANTE O CARNAVAL

Não curte muito carnaval e prefere ficar em casa?! Porque não aproveita esse tempinho para rever e matar a saudade de alguns clássicos dos anos 90.

Os anos 90 nos trouxeram grandes histórias em suas produções. Nada de super efeitos especiais ou filmes de super-heróis um atrás do outro, são atores e enredos que são lembrados até hoje. Então, que tal aproveitar um pouco e rever alguns dos clássicos dos anos 90?

O Sexto Sentido
Malcolm (Bruce Willis) é um psicólogo perturbado por um caso fracassado e problemas com a esposa, que passa a tratar de Cole (Haley Joel Osment) um garoto com alucinações que afirma ver gente morta.

Uma história repleta de sustos e um final surpreendente, e muito popular, mas que não tira a genialidade do filme mesmo para aqueles que já viram. Uma das obras clássicas de M. Night Shyamalan, é um bom suspense psicológico para se rever.

Forrest Gump — O contador de histórias
Do Alabama para diversas partes do mundo, Forrest Gump (Tom Hanks) é o tipo de pessoa que está sempre no lugar certo e na hora certa. Um homem ingênuo e subestimado que narra toda sua trajetória, seus desafios, suas conquistas, os ensinamentos passados por sua mãe e, principalmente, seu amor por Jenny (Robin Wright Penn).

Reviva essa história que atravessa diferentes acontecimentos históricos e conta com a presença de personalidades da história e da cultura popular. Aprenda sobre a história norte-americana, mas de um jeito totalmente encantador e com uma trama romântica com quem serviu de inspiração até para o Elvis.

Clube da Luta
Jack (Edward Norton) estava insatisfeito com a vida que levava, além disso, enfrentava uma crise de insônia. Para curar sua falta de sono começou a buscar um grupo de autoajuda e se tornou viciado em ir a grupos de apoio e em fingir ser uma vítima.

Nesses grupos ele conheceu alguns tipos problemáticos, como a viciada Marla Singer (Helena Bonham Carter) e o estranho vendedor de sabão Tyler Durden (Brad Pitt). Jack é apresentado a um grupo que usa de lutas para aliviar suas tensões. Um filme que surpreende pelas atuações e, principalmente, pela história que é muito mais que, apenas, lutas.

Patch Adams — O amor é contagioso
Baseado em uma história real o filme traz a história do médico Hunter Patch Adams (Robin Williams), que após uma tentativa de suicídio e internação em um hospital psiquiátrico forma-se em medicina e coloca em prática um novo método para tratar seus pacientes.

Mesmo com todo julgamento sobre seus métodos, Patch acredita que rir é o melhor remédio e vestido de palhaço trata seus pacientes com humor e prescrições fora do comum. Como esquecer a famosa cena da piscina de macarrão do médico que protagonizou uma das melhores histórias sobre humanização e amor já vistas?

Matrix
Thomas Anderson (Keanu Reeves) é um programador de uma respeitada companhia, já Neo é um hacker que rouba informações ilegalmente, mais um em uma sociedade aprisionada, mas que tem a opção de saber mais sobre o que é a Matrix e questionar tudo aquilo que acreditava ser realidade.

Acompanhe Neo explorando sua nova percepção sobre o que é real e todas as infinitas possibilidades desse mundo, em um filme repleto de boas cenas de ação e efeitos especiais, o inesquecível bullet time, e uma história intrigante.

Gênio Indomável
Jovem e rebelde, este é Will (Matt Damon), servente em uma universidade e que curte suas noites com os amigos em bares repletos de universitários e é fascinado por leitura. Will é descoberto pelo professor Lambeau (Stellan Skarsgard) após resolver um desafio matemático.

Para não ficar na cadeia, depois de uma briga de rua, o próprio professor propõe que ele tenha aulas de matemática e sessões de terapia. Will torna difícil a tarefa de encontrar um analista, até se identificar com Sean (Robin Williams).

Seu brilhantismo divide momentos com atitudes violentas em um filme que mostra a importância da dedicação e da amizade, com o roteiro de Ben Affleck e Matt Damon, é com certeza um bom filme para ser revisto.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Auto-observação: Você pratica?

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A auto-observação é a capacidade de nos percebermos e respeitarmos o nosso estado emocional, pode parecer simples, mas é um exercício que exige uma certa coragem e uma disponibilidade interior para aproximar-se de si mesmo.
É uma prática que traz muitos ganhos, pois a partir de uma boa observação podemos fazer escolhas mais acertadas para a nossa vida e para as relações que temos, ganhando em bem-estar e autonomia.
A auto-observação é como um exercício, quando colocamos energia e damos continuidade, ela se torna um hábito, e se apresenta como um recurso diário que nos auxilia perante as adversidades da vida.
Como é isso no dia a dia?
Quanto mais agitada a nossa vida, mais a tendência a prestarmos muita atenção para o que é externo. É preciso trabalhar, cuidar de si, cuidar dos filhos, e tantas outras coisas. E o interno? Muitas vezes deixamos para depois e quando, constantemente, passamos por cima de nós mesmos, sem nos percebermos, a irritação e a insatisfação se instalam. Tendemos a nos irritar com as coisas, situações e pessoas em demasia. Quando projetamos toda a nossa irritação externamente é hora de parar e retomar a situação, buscando encontrar o que é realmente nosso e o que é do outro.
Uma das formas de amenizar essa irritação é praticando diariamente a auto-observação. Só de reconhecermos como estamos emocionalmente já há um certo alívio, é o respeito a si mesmo, uma espécie de auto gentileza por aquilo que somos.
Como exercitar?
Uma das sugestões é que logo pela manhã você se pergunte: Como estou hoje? Escreva e coloque em algum lugar visível, não tenha receio da resposta, medite a respeito por alguns minutos. Depois encontre formas de ser generoso consigo mesmo. Por exemplo, se a resposta foi “hoje estou desanimado porque tenho uma reunião difícil no trabalho”, que tal se poupar um pouco? A ideia é não se colocar em situações que vão exigir de você mais do que pode doar. Ao contrário, se está animado, feliz, pode programar atitudes que vão exigir mais de você, pois terá energia para isso.
Ao longo do dia esteja atento as suas reações, ficou com raiva no trânsito? Procure algo que te traga mais tranquilidade antes de começar o trabalho. Está com medo? Ligue para alguém ou leia algo que tenha a capacidade de te motivar e encorajar.
Além da auto-observação, é importante respeitar o que estamos sentindo para escolhermos situações que nos auxiliem, e não ao contrário. Quando nos priorizamos e nos sintonizamos com aquilo que somos, trazemos uma parte importante de nós para o mundo, entendendo que faz parte da vida as variações de humor e emoções e que é possível lidar com elas de uma forma inteligente e saudável. Agradar aos outros é bom, mas fazemos isso legitimamente quando primeiro estamos bem conosco. A auto observação é uma grande demonstração de amizade e de reconciliação consigo mesmo.
Fonte: A Caminho da Mudança

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Pai ausente: o que isso influencia no desenvolvimento do filho

André Santoro
Participe dos momentos importantes -felizes ou não- do seu filho


Você sabia que crianças que são ignoradas pelos pais podem levar para suas vida adulta vários transtornos psicológicos? Esse distanciamento da figura paterna acaba até mesmo afetando a saúde do pequeno. A pediatra Melissa Wake, da Austrália, realizou uma pesquisa com quase 5 mil crianças entre 4 e 5 anos. Ela descobriu que a incidência de sobrepeso e obesidade na garotada em idade pré-escolar tem relação direta com a negligência dos papais. Por que isso acontece? Ninguém sabe ainda. “Mas a mensagem principal é que não devemos culpar só as mães pelos quilos a mais dos filhos”, afirma. Ou seja, mesmo que elas sejam as responsáveis pela alimentação da garotada, como acontece em muitas famílias.
Mente sã, corpo são
Médicos e psicólogos dedicados ao estudo da psicossomática – área que tenta desvendar a interação entre a saúde psíquica e os problemas físicos – acreditam que os resultados da pesquisa australiana são uma prova contundente de que a figura paterna é importantíssima no desenvolvimento infantil. “A imagem do pai é aquela de quem costuma impor limites aos filhos. Então, faz sentido a idéia de que sua ausência esteja relacionada a transtornos alimentares, por exemplo”, opina a psicóloga Maria Rosa Spinelli. “Décadas atrás, a participação do casal no dia-a-dia das crianças, e não só a do pai, era muito maior”, ressalva a psicóloga Solange Lopes de Souza. Hoje em dia o tempo livre é dedicado mais para atividades de lazer em benefício próprio. “E o tempo é um fator que conta muito na qualidade da convivência”, assegura Solange.
Além de problemas como a obesidade, o afastamento do pai – definitivo ou não – pode ter outras consequências no desenvolvimento infantil. Existem evidências recentes de um elo entre a ausência da figura paterna e a aceleração do amadurecimento sexual nas meninas. O psicólogo Bruce Ellis, dosos Estados Unidos, mostra que a consolidação das relações familiares ajuda a retardar a menarca, ou primeira menstruação. Em sua pesquisa, ele observou 173 garotas desde a idade pré-escolar até a 7a série. Segundo ele, aquelas que conviviam satisfatoriamente com os pais durante os cinco primeiros anos de vida entraram na puberdade mais tarde.
Carinho, atenção, ferormônios… Tudo isso pode ter consequências na formação do indivíduo. E, diante das novas configurações familiares, em que tempo de sobra é artigo de luxo, é preciso estar cada vez mais atento para as necessidades da criançada. Por isso, papai, quando o moleque quiser brincar e você estiver lendo o jornal, pense duas vezes antes de deixar o filhote na mão. Um dia sem atender aos apelos infantis não vai transformar seu pequeno em um jovem problemático, nem doente, nem em um obeso. Mas os momentos que vocês desfrutarem juntos – acredite – vão fazer um bem enorme a ele.

Carinho para quem precisa

O que é um pai ausente? Não, não é aquele que se separou e, por isso, não vê os filhos todos os dias. “Trata-se da figura paterna que pouco ou nada contribui para a formação e a educação dos filhos, independentemente do fato de morar ou não na mesma casa”, esclarece a psicóloga Alaide Degani De Cantone. E como participar do desenvolvimento da molecada? A especialista dá algumas dicas: “Participe dos momentos importantes, felizes ou não, procure compreender a criança nos seus momentos mais adversos, orientando-a e propondo alternativas para a vida”. Nem sempre é fácil, mas vale muito a pena.
Fonte: Revista Saúde 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Você se aceita como é?

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“Curioso Paradoxo: Só quando me aceito como sou, posso então mudar” Carl Rogers.
Muitas pessoas procuram terapia para mudar alguma coisa em sua vida, seja um relacionamento, uma postura diferente perante a alguma situação, um comportamento indesejável… É comum as pessoas terem pressa pela mudança, buscando solucionar o problema pela forma mais racional possível. O interessante é que no processo da psicoterapia a pessoa vai se dando conta que antes de olhar para fora com ansiedade, é preciso entrar em contato consigo mesma, olhar para suas dificuldades e reconhecer seus desejos, aceitando-os. Só depois desse auto reconhecimento é que possível se libertar de algumas crenças e experienciar as mudanças desejadas, que não serão instantâneas. A aceitação de si mesmo traz a preparação necessária para o processo da mudança.
Porém, muitos de nós estamos acostumados desde cedo a fazer o movimento contrário, a não nos aceitarmos, nos corrigindo o tempo inteiro. Ouvimos na infância o não repetidas vezes, não pode isso, não pode aquilo. O não e o limite são importantes para nos ajustarmos a sociedade e aprendermos a lidar com a frustração, entretanto, se não somos também reconhecidos pelos nossos acertos e pela nossa essência, a crítica em excesso pode interferir na nossa auto estima e a possibilidade de internalizar um sentido forte de inadequação.
Como isso influencia a minha vida hoje?
Crescer se achando inadequado em demasia nos faz querer parecer um pessoa diferente do que somos, sempre alertas sobre a imagem que estamos passando e excessivamente preocupados com a opinião dos outros. É uma busca inconsciente e incessante para ser valorizado e aceito pelo outro, sendo que, muitas vezes, ainda nem nos aceitamos como somos, não paramos primeiro para nos entender com um cuidado generoso. Isso traz vulnerabilidade e insegurança, dependendo demais do retorno do outro para saber se estamos indo bem ou não. Quando transferimos essa responsabilidade para o meio, colocamos o rumo da nossa vida em algo longe de nós. A impressão das pessoas, sem dúvida, é importante para nossa construção psíquica, mas, quando há o desequilíbrio, a confusão e ansiedade nos tira do caminho coerente com aquilo que nos faz feliz. Começamos a viver uma vida estranha para nós mesmos.
Como faço para me aceitar melhor?
É fundamental fazer o caminho do auto conhecimento, olhar com atenção e coragem tanto para os aspectos desejáveis quanto para os indesejáveis. Aceitar não significa a princípio gostar, mas considerar e respeitar o que se é, reconhecendo que o hoje é resultado de todas as experiências vividas, sejam elas boas ou ruins. É uma oportunidade para se perdoar, para refazer os laços consigo mesmo, e isso consequentemente, leva a uma postura mais próxima e atenta aos próprios anseios, ao invés da busca incessante pela valorização do outro como uma forma de compensar a falta de amor e aceitação por si mesmo.
É preciso  resistir a reação de excluir algo em nós que não nos agrada e integrar todas as nossas diferentes partes. Muitas vezes precisamos de ajuda nessa caminhada e a psicoterapia, sem dúvida, pode ajudar muito nesse processo. É um desafio que vale a pena, pois é altamente libertador. Só a partir disso podemos verdadeiramente redirecionar nossa vida, ajustar as velas e seguir mais confiantes e inteiros, escolhendo navegar na direção de uma vida mais feliz.
“Só aquilo que somos realmente tem o poder de curar-nos” Carl G. Jung.
Fonte: A Caminho da Mudança

É Carnaval! A importância da brincadeira e da fantasia.


Vivemos preocupados com o trabalho, com as contas, com os filhos, com a segurança, com a saúde… Na maior parte do ano estamos correndo atrás de alguma coisa e o nosso lado racional é valorizado por nos auxiliar com a clareza e objetividade necessária aos desafios cotidianos.
Mas existem alguns períodos em que a situação se inverte e o Carnaval é a representação mais clara desse momento. A racionalidade fica em segundo plano e o princípio do prazer conduz grande parte das pessoas. A brincadeira, a vontade, a sensualidade e a alegria tomam conta do país e muitos se rendem a magia dessa época.
Do ponto de vista psicológico esse é o momento do ID, que segundo Freud é uma instância psicológica que todos nós possuímos, regido pelos impulsos do prazer, guiado pela satisfação dos desejos e não por suas conseqüências.
A psicologia Junguiana utiliza-se, entre outros recursos,  dos mitos para entender a psique humana. O mito grego do deus Dionísio é o que se assemelha ao espírito do carnaval. Dionísio era filho do grande Zeus e de sua amante Semele. Foi perseguido por Hera, esposa de Zeus, e atingido por sua loucura. Possui o lado divino dos deuses, mas também o lado irracional e selvagem. É o deus do vinho, das festas, do êxtase, configura a imagem do impulso, da satisfação. Assim contrapõe-se a tudo que é cauteloso e conservador.
 Fantasias
A fantasia traz a possibilidade de projetarmos externamente conteúdos internos que permeiam nossa imaginação. Através das cores e dos personagens brincamos de forma mais livre com esses conteúdos. O momento do carnaval é propício para isso, é quando a brincadeira e a criatividade são permitidas e estimuladas pela maioria.
Com a individualidade protegida das críticas e julgamentos, a fantasia nos liberta e nos permite interagir de forma livre e despreocupada. As diferenças e preconceitos são minimizados e, por isso, o Carnaval é chamado de uma festa democrática. É um momento que todos aproveitam e interagem independente da cor, do país ou da classe social.
Melindrosas, prisioneiros, chapolins, baianas, abadás e tudo que a imaginação quiser pode virar realidade por alguns dias e nos levar pelo clima “dionísico” do carnaval.
E isso não é um pouco perigoso?
É importante que os excessos sejam evitados. Perder totalmente o controle traz consequências, talvez não agradáveis. Mas do ponto de vista psíquico o carnaval tem uma função positiva e nos ajuda a vivenciar outros aspectos psicológicos.
Segundo a abordagem junguiana nós possuímos vários pólos opostos dentro de nós: amor/ódio, vida/morte, confiança/traição, puerilidade/sabedoria, profano/sagrado, entre outros. Apesar de opostos, um lado precisa do outro para existir. A totalidade do ser só é possível quando reconhecemos esses lados (principalmente os não adequados) e trabalhamos para uma integração saudável entre eles. Tentar eliminar um pólo em detrimento de outro não é benéfico e nos distancia da realização e do bem-estar.
O Carnaval pode ser muito proveitoso, é o momento de relaxarmos e vivenciarmos um lado nosso que não permitimos na maior parte do ano, de se divertir com o inadequado, extravasar a alegria e retornar mais leves para a realidade.
“Mas é Carnaval, não me diga mais quem é você

Amanhã tudo volta ao normal
Deixa a festa acabar
Deixa o barco correr
Deixa o dia raiar
Que hoje eu sou da maneira
Que você me quer
O que você pedir, eu lhe dou
Seja você quem for
Seja o que Deus quiser
Seja você quem for
Seja o que Deus quiser”


Fonte: A Caminho da Mudança

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Não coloque a sua felicidade como um destino distante

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Pare de adiar a sua felicidade

Aprender a ser feliz hoje é o grande segredo da vida. Valorize o que você tem hoje, ao invés de suspirar por sonhos e incertezas que talvez o futuro possa te trazer.
Seja feliz com seu cabelo liso, ou ondulado, com sua magreza, ou com seus quilos a mais. Seja feliz com sua saúde, ou com que resta dela, seja feliz com quem está junto de você, mesmo que geograficamente distante.
Se você não aprender a ser feliz hoje, agora, com tudo o que te sobra ou te falta, você jamais será feliz com nada que vier a conseguir.
A felicidade não está no que virá, mas no que você já possui
Nenhum dinheiro, carro, ou cirurgias plásticas, ou carreira de sucesso, te fará verdadeiramente feliz. Prova disso são os vários ricos e famosos que vivem mergulhados em depressão e até se suicidam.
Decida ser feliz hoje, com um simples sorvete, um bom filme, um passeio, um banho relaxante. Seja feliz com você mesmo. Quem não consegue ser feliz com uma coxinha de frango, um ovo frito, um pastel ou um pudim, será depressivo saboreando caviar, lagosta e escargot.
Também não é o ambiente que tem o poder de te fazer feliz, mas são as suas boas emoções que transformam as circunstâncias ao teu redor.
Assim, você é a única pessoa capaz de te distanciar dos melhores momentos de sua vida, jogando-os sempre para um futuro incerto.
Então, pare de adiar sua felicidade. Não deixe mais a sua plena realização dependente das incertezas do amanhã, porque o futuro quase sempre chega virando nossos planos perfeitos de ponta cabeça.
Não coloque mais a sua felicidade como um destino distante, porque as pontes podem cair. Levante-se para ser feliz hoje, agora.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Dica de Filme: Valente




Fora do comum, Merida é uma heroína forte e independente. Com uma relação estreita com a mãe, ela faz escolhas erradas o tempo todo e esse é justamente o ponto alto do filme. A ideia é mostrar para as crianças que elas devem assumir a responsabilidade pelos seus erros e escolhas.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Como a confiança pode trazer bem estar

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Confiar pode parecer uma palavra simples, mas na prática desafia a maior parte das pessoas. Nos dias de hoje é possível perceber a desconfiança em várias áreas da vida. Estamos sempre alertas com tudo a nossa volta, precisamos vigiar o que comer, avaliar se a professora do filho é realmente boa, tomar cuidado com o colega de trabalho, suspeitar do remédio que o médico indicou e por aí vai, talvez por isso estejamos na época da indicação, arriscar é muito perigoso.
Quando pensamos mais profundamente e analisamos a confiança nas relações pessoais a desconfiança também está presente. Muitas mulheres se queixam por não confiar nos maridos ou namorados e o reflexo disso na relação do casal é o ciúme excessivo, tristeza e ansiedade.
Porém a falta de confiança em si mesmo sem dúvida é a mais desestruturante e está relacionada com todas as outras situações citadas. Quando não há confiança em si ficamos inseguros e vemos situações corriqueiras como ameaçadoras, a percepção fica distorcida e a ansiedade por controle aumenta.
O que a desconfiança em excesso pode causar
A falta de confiança gera dois grandes males para o indivíduo: o primeiro é a sobrecarga, quando não se pode confiar em nada a tendência é que a pessoa centralize as responsabilidades, só ela pode fazer bem feito, de forma segura. O problema é que ninguém dá conta de tudo sozinho e a frustração e o cansaço se instalam.
O segundo mal é a falsa sensação de controle total da vida, como se pudéssemos prever o que vai acontecer e garantir nossa segurança através disso. Ficamos com medo do que não está estabelecido e deixamos de perceber e aceitar o inesperado e principalmente, de aprender com ele.
A verdade é que na vida coexistem dois movimentos: o primeiro diz respeito a nossa responsabilidade perante a vida, a parte que nos cabe, o nosso esforço para sermos pessoas melhores, mais competentes. O segundo diz respeito ao que não controlamos, o imprevisível e da importância de aceitarmos as surpresas sem nos culparmos e buscarmos incessantemente uma causa geradora do problema.  Exemplos disso são as desilusões, problemas de saúde, demissão sem causa aparente, etc.
Os Benefícios da confiança
Quando desenvolvemos a confiança em nós mesmos e nos outros ganhamos bem estar. Estar consciente da parte que nos cabe e fazê-la da melhor forma possível é se colocar numa posição mais justa com a realidade. Assim, é possível relaxar, pois o que virá não está mais sob controle, a sua parte está sendo feita. Essa postura traz mais tranquilidade e geralmente as situações fluem mais positivamente.
Isso não significa confiar em qualquer pessoa ou buscar uma autoconfiança excessiva. Todos viveram experiências passadas que indicam onde tiveram mais sucesso ou não, aprender a confiar pode ser desenvolvido ao longo da vida, talvez sozinho seja mais difícil, mas há muitos recursos hoje disponíveis, a terapia é uma excelente maneira de desenvolver a confiança.
Outro grande benefício que a confiança traz para nossa vida é a humildade de aceitar ajuda. Quando reconhecemos que não damos conta de tudo permitimos que outras pessoas participem da nossa vida sem que isso se torne uma ameaça. Elas podem contribuir e mostrar que, em diferentes aspectos, podem ser muito melhor do que nós. Isso atrai as pessoas para perto, pois elas se sentem valorizadas e úteis quando estamos presentes, as relações se fortalecem e vivemos melhor e, principalmente, mais confiantes!
Fonte: A Caminho da Mudança

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Onde está o seu presente?



Por quanto tempo conseguimos pensar nas situações presentes, no instante em que algo está acontecendo? Quando fazemos alguma atividade, como simplesmente comer uma fruta favorita, conseguimos focar na sua textura, cor, sabor e perceber as sensações ao prová-la? Ou simplesmente a engolimos sem sequer perceber o quanto automático foi esse gesto?
Isso mostra como pode ser difícil focar a atenção por algum tempo na experiência presente, naquilo que realmente está acontecendo agora. Motivos não faltam. O mundo atribulado de hoje em dia com tantas informações, competições e cobranças externas e internas estimulam a fazermos várias coisas ao mesmo tempo. O que aumenta nossa produtividade em algum aspecto também nos faz perder em experiência, nos levando a uma vivência muitas vezes superficial das situações.
Estar sempre pensando no passado ou no futuro não nos ajuda muito. Certo nível de planejamento é ótimo, sem dúvida, mas quando isso não nos dá a possibilidade de vivenciar a situação presente o stress surge. Ficar pensando no que deveria estar fazendo, e não está, acaba nos deixando ansiosos e no tira a possibilidade de viver o presente como um presente.
O que ganhamos vivendo o momento?
Além de equilibrar a ansiedade e o stress, vivenciar o aqui e agora nos permite receber o que a ocasião está nos oferecendo e é nesse momento que realmente sentimos a vida e aprendemos.
Jon Kabat-Zin, médico e fundador da Stress Reduction Clinic da Universidade de Massachusetts, desenvolveu um programa, através da meditação e do relaxamento, para que as pessoas aprendessem a dedicar atenção plena ao momento, sem julgá-lo. A idéia é não classificar valores ou qualquer sensação como boa ou ruim, mas simplesmente observar com benevolência aquilo que está acontecendo no momento.
As crianças conseguem nos mostrar bem como fazer isso. Por estarem em fase de descobertas, se colocam como exploradoras da situação presente e conseguem mergulhar na experiência e no que ela pode trazer, além da maior contribuição: conseguem se divertir durante a exploração.
A diversão e o prazer das experiências é um dos grandes benefícios obtidos.  Conseguir usufruir de doses diárias de prazer nas coisas rotineiras torna o dia a dia muito mais agradável.
Como conseguir isso?
Apesar do cotidiano tumultuado, que nos exige muita energia, é possível escolher algumas situações simples do dia a dia e buscar viver a experiência no momento em que ela acontece. A ideia é sair do piloto automático começando com as situações preferidas: Você gosta mais do momento do banho? Da hora do jantar? Do café da manhã? Escolha uma e comece. Foque, observe, explore, sinta com benevolência, não só a experiência, mas como você se sente ao vivenciá-la.
No início pode ser difícil manter a concentração por algum tempo, qualquer mudança traz desafios. Mas, insista, tente. Outras técnicas como terapia e meditação também auxiliam nesse processo da percepção do agora e de si mesmo.
Ter uma vida com mais bem estar depende em grande parte da predisposição pessoal para realizar mudanças e mantê-las. Ao invés de esperarmos um grande momento para sermos felizes podemos ter pequenas doses de satisfação diária e construir uma vida muito mais prazerosa. “A felicidade não é um destino, mas o caminho”. Siga em frente!
Fonte: A Caminho da Mudança

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Cortando o cordão umbilical: Os problemas de sua família não são seus

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família é nosso primeiro meio social, é onde construímos e nutrimos nossas primeiras relações e também onde iniciamos nosso desenvolvimento do Eu. Os vínculos costumam se desenvolver de forma intensa, por vezes nos tornando cuidadores e defensores de nossa família.
Acontece que muitas vezes esses laços se constituem de forma a não estabelecer limites a essas relações, tornando-as disfuncionais.
Família disfuncional? O que é?    
“Uma família disfuncional é aquela que responde as exigências internas e externas de mudança, padronizando seu funcionamento. Relaciona-se sempre da mesma maneira, de forma rígida não permitindo possibilidades de alternativa. Podemos dizer que ocorre um bloqueio no processo de comunicação familiar”. Fonte: Boa Saúde
Em muitos casos um familiar responsabiliza-se por resoluções de problemas e conflitos que não deveriam ser de sua preocupação. Veja alguns que estão recentes em minha mente.
  1. Filho que assumiu a posição de ‘chefe da casa’ após separação conturbada dos pais. Além de cuidar de si e de suas questões ‘adolescentes’, o filho sente-se na obrigação de cuidar da mãe e educar o irmão mais novo;
  2. Filho de pais que vivem em meio a separações e ameaças de divórcio. O filho vira mecanismo de reconciliação/separação do casal, sendo peça fundamental para que um ciclo briga-separa-volta se mantenha a todo vapor;
  3. Filha mais velha e adulta sente-se responsável por dar suporte a sua mãe (que criou a filha parte da infância sozinha), seja financeira ou emocionalmente. Tornando-se refém dos problemas da mãe, que são normalmente resolvidos pela filha ou não resolvidos para se manter esse tipo de relação;
  4. Irmã que sente-se responsável por cuidar dos irmãos e já na fase adulta continua a resolver os conflitos e arcar com despesas financeiras dos irmãos;
  5. Mãe que, apesar dos filhos já serem adultos e estarem casados, sente-se responsável por conduzir a vida dos filhos e assumir despesas e responsabilidades deles;
Ao expor os exemplos acima não me refiro a situações isoladas ou casos específicos. Me refiro a ciclos repetitivos que adoecem as relações e sobrepõem responsabilidades individuais, transferindo-as ao outro.
Em casos como os já citados todos têm prejuízos em suas vidas. Uma pessoa sobrecarrega-se, outra não amadurece, mantendo uma relação imatura, sem espaço para desenvolvimento com intuito de melhora.
Para alguns pode ser visto como prova de amor, mas não. Amor baseia-se em troca, respeito mútuo e limites. Estipular limites sim é uma prova de amor, amor ao outro e a si mesmo.

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Normalmente quem se encontra neste tipo de situação enfrenta dificuldade em romper com o ciclo vicioso que retroalimenta, no entanto, é extremamente necessário que o indivíduo entenda o papel que vêm exercendo e o que o motiva a manter-se nessa posição (normalmente há algum ganho ou enrijecimento por um ganho do passado). A consciência do funcionamento familiar já é de grande valia já que muitas pessoas vivenciam essas situações sem nem ao menos perceber que algo está disfuncional, mesmo em casos em que haja sofrimento manifesto.
Em alguns casos uma conversa com alguém fora da família, como um amigo, poderá alertar e alterar o status da família. Outras vezes o processo terapêutico se faz necessário.
O processo terapêutico individual por si só já provocará desdobramentos no lidar deste individuo com seus familiares. Agora se o processo terapêutico for familiar, ou seja, todos os membros da família participarem, o processo poderá ser muito mais rápido, pois os conflitos referentes ao envolvimento e mecanismo familiar serão resolvidos por todos juntos, além de propiciar que todos entendam seu papel no funcionamento da família, possibilitando, assim, a escolha de permanecer retroalimentando os laços disfuncionais ou reescrevendo novas formas de organização e arranjo familiar.

Fonte: www.pensadoranonimo.com

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Dica de filme: O Rei Leão

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O maior clássico dos estúdios Disney é a opção certa para quem deseja que os filhos assistam um filme único e que marque para sempre. Na história, Mufasa morre e deixa ao filho, Simba, o peso de governar o reino. Ainda criança, ele precisa amadurecer muito para dar a volta por cima, recuperar o trono e, principalmente, superar a morte do pai.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

7 DICAS PARA MANTER A PRODUTIVIDADE ESTUDANDO EM CASA

Compartilho com vocês essas dicas que considero importante para alcançar êxito.

 

1 – Crie um bom ambiente
Escolha um cantinho especial da sua casa e faça dele seu local de estudo. O que ele deve ter: boa iluminação, ser o mais silencioso possível e confortável. Deixe um copo de água ou suco ao seu lado. Faça um alongamento antes de iniciar. Isso te ajudará na concentração.

2 – Mantenha a organização
Crie uma tabela com todo o conteúdo que você precisa aprender para não se atrapalhar no meio do caminho. Coloque nela os dias da semana e divida as matérias. A tabela te servirá como uma espécie de roteiro e, ao longo das semanas, você pode assinalar com um X o que cumpriu dentre o que estava estipulado. Só será possível concluir todo o cronograma com disciplina e organização.

O bom de estudar em casa é poder fazer isso nos horários de mais disposição e cada um tem uma maneira de funcionar. Seja à noite ou de manhã, determine um período e respeite as suas sagradas horas de estudo. O recomendado é que se reserve, pelo menos, duas horas por dia.

3 – Cuidado com a internet
A internet é uma grande aliada de quem estuda em casa. Sites que oferecem simulados e testes práticos podem te ajudar na preparação para as provas. Mas se você é viciado em redes sociais, fique atento. Elas podem te tirar do foco. Se for o seu caso, tente estudar em um ambiente diferente de onde fica computador e desligue os alertas de mensagens do celular. As curtidas do Facebook podem esperar!

4 – Músicas? Pode sim
Se um som te ajuda a se concentrar enquanto estuda, a dica é colocar músicas em um idioma que você não entenda. Sem perceber, você pode estar prestando atenção na letra e se perde dos livros.

5 – Leia, mas também escreva
Ler exige concentração, mas escrever exige mais ainda. Uma dica de ouro é tentar escrever à mão tudo o que você entendeu depois de estudar. Você vai ver que novas dúvidas vão surgir e isso te ajudará a aprender melhor, além de fixar o conteúdo. Não vale digitar. Você precisa de papel e caneta.

6 – Abuse das canetas coloridas
As canetas coloridas e marca-texto ajudam a enfatizar as mensagens mais importantes dos livros. Esse recurso pode ser útil.

7 – Respeite seu lazer
A pressão por ver a data da prova se aproximar pode atrapalhar seus objetivos, pois o stress interfere diretamente no aprendizado. Se dê um descanso. Permita-se ir ao cinema, em uma festa ou faça algo que te dê prazer.

Bons estudos!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

DICA DE FILME: MOGLI, O MENINO LOBO

5 ensinamentos de “Mogli, o Menino Lobo” para as crianças


A nova versão de “Mogli: O Menino Lobo” realizada pela Walt Disney encantou crianças e adultos. Uma história bastante conhecida, que acompanhou gerações muito distintas e que nunca parece falhar, mesmo que alterem a forma das suas canções e seus personagens. Mas na verdade, por que gostamos tanto desta história? Por que ela emociona e inspira pessoas de qualquer idade?

A resposta está na grandiosidade de sua mensagem: uma história de respeito pelo nosso meio ambiente e pelos seres que vivem nele, recheada de aventuras e com uma mensagem profunda sobre a amizade e o espírito de luta, que tanto agrada as crianças.

Uma história de fantasia que não deixa de ter um certo paralelismo com a realidade. Podemos recordar casos que lembram o Mogli, como a história do menino selvagem de Aveyron ou a apaixonante história de Marcos Rodríguez Pantoja, o menino que cresceu rodeado de lobos na Serra Morena, em Córdoba. Essas histórias foram transportadas para o cinema.

Voltando ao filme “Mogli: O Menino Lobo”, se qualquer um de nós nos dispusermos a vê-lo, existe algo que nos irá fazer apreciá-lo muito mais: ver o filme acompanhados de crianças, desfrutando como as peripécias das personagens se tornaram clássicas e, com elas, seus ensinamentos. Vejamos algumas delas:

1. Somos parte do nosso planeta

O filme explica como o ser humano é uma espécie entre muitas que ocupam a Terra e, como tal, deve respeitar o seu meio ambiente e o resto das espécies que a habitam. Cada espécie cumpre a sua função no ciclo da vida, cada espécie é hábil para algumas coisas e incapacitada para outras.

Quando somos crianças nós entendemos isso, mas conforme vamos crescendo, nos damos conta de que quase não respeitamos o meio ambiente ou os animais, mas sim os exploramos e maltratamos com frequência. É uma forma de agir onde se escondem ambições e lutas de poder em que o meio ambiente sai sacrificado.

Os humanos podem tirar partido do seu lado racional, uma diferença chave em relação às outras espécies. Infelizmente, esta capacidade lógica enaltece os motivos pessoais acima dos benefícios para a nossa espécie e para as que nos rodeiam. Nos esquecemos de que não somos donos da natureza que nos rodeia, que somos apenas seus hóspedes.

2. A família é muito mais do que ser do mesmo sangue

O pequeno Mogli chegou à selva protegido pela pantera Baguera e foi adotado pela loba Raksha, que o criou como membro da alcateia. Os animais da Selva sabem que ele é humano e que em teoria não é responsabilidade deles, no entanto decidiram tomar conta dele mesmo assim.

3. A natureza está aí fora, desfrute-a e seja feliz

Se há algo que devemos apreciar é a beleza e os recursos que a natureza nos presenteia. Um luxo de vida, saúde e alegria que nos dá calma e tranquilidade, que oferece uma ajuda para estruturar as nossas ideias e capta os momentos mais importantes da nossa vida.

Quando somos crianças a desfrutamos em sua plenitude, sem olhar para o relógio e entusiasmados porque chegaram os dias do ano que têm mais luz para aproveitar ainda mais.

A mensagem do filme em relação à natureza é a mesma que recebemos continuamente por parte dela: “Temos que procurá-la, temos que segui-la e deixar os problemas de lado”. Desfrutar a sua luz e a sua calma, pois essa vida só se vive uma vez, e se você fizer isso rodeado da natureza, terá uma vida mais feliz e plena.

4. O rancor destrói vidas

A personagem de Shere Khan é a de um tigre que teve uma má experiência com os humanos, precisamente com o pai de Mogli, e para ele todos os humanos são seus inimigos. Ele avisa os animais da selva que devem odiar Mogli, pois o “filhote humano” vai crescer e deixar de ser uma criança, e quando isso acontecer será tão cruel como o resto dos humanos.

Shere Khan é incapaz de compreender que alguns humanos o machucaram em determinada altura, mas que isso não significa que todos os outros vão agir da mesma forma. No entanto, o rancor é tanto que o tigre estabelece como seu principal objetivo matar o filhote humano, custe o que custar. As crianças têm que entender que o rancor é um fardo muito pesado.

5. Seja fiel e honesto na sua amizade até o final

Não há nada melhor nessa vida do que ter amigos, e se tivermos a sua companhia em um ambiente tão autêntico como a selva ou a natureza, esses vínculos serão muito mais fortes. Quando éramos pequenos, era assim que nos sentíamos. Mogli irá encontrar várias espécies durante o filme, mas seus fiéis amigos serão o urso Balu e a pantera Baguera. 

Todos olham uns pelos outros para poderem se alimentar e estão unidos para evitar que Shere Khan acabe com a vida de Mogli. Todos juntos desafiam as suas próprias capacidades, colocam sua vida em perigo vezes sem conta e o mais importante: jamais traem um ao outro.

Mogli sabe que os seus conhecimentos como humano podem ser usados tanto para melhorar como para destruir o ecossistema inteiro, e não está disposto a destruir o meio onde ele e seus amigos vivem.

Fazer o bem ou o mal é apenas uma decisão.

Fonte: A mente é maravilhosa