sábado, 30 de junho de 2018

Não só a tristeza indica depressão, a irritabilidade também

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Por Raquel Brito
Não apenas a tristeza contínua e intensa ou, melhor dizendo, o estado de ânimo sem esperanças, desanimado ou “no fundo do poço” é indicativo de depressão. De fato, a tristeza como sintoma pode não se manifestar em uma pessoa deprimida, sendo a sua prima irmã a irritabilidade.
Sim. Por mais estranha que esta afirmação pareça, uma pessoa deprimida pode não se mostrar triste mas se manifestar de forma irritada, instável ou frustrada. As queixas somáticas, o mau humor, os incômodos, as dores físicas, as montanhas russas emocionais, etc. Tudo isso pode substituir a tristeza como sintoma de um problema emocional como a depressão.
Portanto, poderíamos dizer que as manifestações de raiva, como a insensibilidade, a irritabilidade, a agressividade, e o comportamento “autoritário” são, às vezes, gritos que pedem para sair do buraco de escuridão no qual a depressão sufoca.
A irritabilidade como critério diagnóstico de depressão
Segundo critérios tanto do Manual Diagnóstico dos Transtornos mentais na última versão (DSM-5) como na Classificação Internacional de Doenças (CIE-10), um diagnóstico clínico de depressão pode ser realizado se a pessoa mostrar, entre outras condições, irritabilidade em vez de tristeza.
Isto é, se uma pessoa constantemente mal-humorada mostra uma ira persistente, uma tendência a responder aos acontecimentos com ataques de ira, insultando aos outros ou com um sentimento exagerado de frustração por coisas sem importância, pode estar afundada em um estado de ânimo depressivo patológico.
Em crianças e adolescentes pode se manifestar um estado de humor irritadiço ou instável mais que um estado de ânimo triste e desanimado. Isto precisa ser diferenciado do que se considera um padrão de “menino mimado”, com irritabilidade frente às frustrações.
Contudo, cabe ressaltar que do mesmo jeito que a tristeza por si só não é um critério suficiente de depressão e precisa de outras conotações para ser considerada patológica, o mesmo acontece com a irritabilidade.
Concretamente, para fazer um diagnóstico de depressão segundo os sistemas classificatórios citados, estas duas condições em separado são necessárias, mas não suficientes. Portanto, não se pode interpretar que basta estar triste ou irritado para estar deprimido.
A tristeza e a irritabilidade, por si sós, são estados emocionais saudáveis, pois pretendem nos informar de que existe algo que nos incomoda e que está nos prejudicando. Eles somente se transformam em patológicos quando distorcem as nossas vidas e deterioram demasiadamente as nossas esferas sociais e profissionais durante muito tempo.
Em geral, é preciso ter cuidado com a irritabilidade porque ela pode nos levar a fazer qualquer coisa sem que consideremos as consequências negativas. Portanto, um estado persistente tingido desta instabilidade característica pode chegar a ser devastador.
Perder a linha com facilidade, fazer comentários desagradáveis, ser pouco tolerante, demonstrar impaciência, sentir nervosismo, manifestar agitação, ter reações inadequadas, começar a se afastar de certas pessoas por serem desagradáveis, etc. Tudo isso indica que alguma coisa não está bem na própria vida e que é preciso tomar medidas.
Portanto, a ira ou a irritabilidade que se manifestam quando padecemos de uma depressão é uma forma de externalizar o que se sente e não está sendo expressado. Podemos dizer que a pessoa deprimida tem a sensação de estar oprimida, de levar no pescoço um cachecol que pesa toneladas.
Isto a faz se sentir afundada, vulnerável, com a impressão de que esse cachecol não a deixa caminhar, dificultando a sua vida e descompensando o seu ânimo. Isto causa a instabilidade e a dificuldade que essas pessoas têm de realizar suas atividades no dia a dia.
Portanto, com a pouca força que esse tenebroso cachecol lhes permite ter, conseguem, quando muito, comer alguma coisa e dormir. Este é o peso da angústia, a qual se traduz em uma realidade asfixiante de tristeza ou irritação dependendo da pessoa e, obviamente, do momento.
Texto original de A Mente é Maravilhosa

TOMAR CAFÉ COM UM AMIGO: UMA DAS MELHORES TERAPIAS DO MUNDO!

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É cada vez mais difícil alguém conseguir ter algum tempinho de sobra ao longo do dia. Tudo é tão corrido, tão urgente, que as pessoas não mais têm tempo para desfrutar de um passatempo, de uma amizade, para não fazer absolutamente nada, apenas descansar. Trabalha-se mais, acumula-se serviço, enquanto os relacionamentos humanos se esvaziam cada vez mais.
Ninguém aguenta, por muito tempo, passar as horas tão somente num pique atarefado e comprometido com responsabilidades que não trazem algum sossego. Por mais que se goste de trabalhar, o corpo e a mente precisam de descanso, de um intervalo em que se consiga tirar um pouco de peso dos ombros. E nada melhor do que um amigo verdadeiro para ajudar essa vida a se tornar menos densa e pesada.
Não há quem possa manter um mínimo de equilíbrio sem ter ao menos uma pessoa com quem dividir momentos de descontração e divertimentos, mesmo que simples, como um cafezinho ou uma cervejinha, para espairecer e se esquecer, por breves momentos que sejam, do montante de dissabores que fazem parte da vida. Rir com verdade, conversar sobre amenidades, lembrar-se de momentos especiais, tudo isso alivia a carga massacrante que o cotidiano nos obriga a enfrentar.
Amigos não devem servir somente para consolar e ouvir nossas agruras, mas também podem ser ótimas companhias para as ocasiões em que dividimos amenidades frugais, sem nada de sério pairando sobre a conversa, apenas sorvendo aquele ócio que recarrega nossas baterias e nossas energias. Amigos nos ajudam nos momentos de escuridão, mas também nos alegram quando precisamos apenas estar com alguém para dividir café e risadas.
Não podemos deixar de lado a necessidade de desfrutar momentos de lazer, junto a pessoas boas e verdadeiras, para que não sucumbamos diante dos inúmeros problemas que lotam nossa vida de entraves. Nosso emocional precisa de refresco e serão as pessoas que nos amam sem ressalvas os calmantes especiais que tornarão nossos passos mais seguros. Nada como um café com a pessoa certa.

Fonte:
obviousmag.org

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Dica de Filme: Um Sonho Possível

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Baseado numa história real, o filme conta a história de Michael Oher (Quinton Aaron), um jovem negro, filho de uma mãe viciada que não tinha onde morar. Com boa vocação para os esportes, ele é acolhido por Leigh Anne Tuohy (Sandra Bullock). Ao ser convidado para passar uma noite na casa da família milionária, Michael não tinha ideia que aquele dia iria mudar para sempre a sua vida, tornando-se mais tarde um astro do futebol americano.

Indicação: 10 anos

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Alterações de Leitura e Escrita no TEA: Dicas Práticas




O texto de hoje fala sobre as alterações de leitura e escrita no Transtorno do Espectro Autista (TEA). O tema é voltado para o desenvolvimento e aprendizagem da leitura em crianças com autismo. As dicas são destinadas à orientação sobre o que fazer do ponto de vista da leitura.
A leitura como desafio
Ensinar uma criança com autismo a ler é um desafio. Mesmo que algumas delas já cheguem à escola sabendo ler e identificando visualmente as palavras; podemos perceber que muitas delas não adquiriram a habilidade de compreensão de leitura e de usar as palavras nos mais diversos contextos.
Estímulo imagético: um grande passo
A criança com autismo aprende melhor por meio de figuras e desenhos; e por meio de estimulação visual. É muito importante trabalhar palavras, letras e vocabulário por meio de figuras expressando ações, momentos, situações do cotidiano. Isso ajuda a desenvolver um vocabulário mais amplo.
Palavras que exprimam familiaridade
Outra dica é usar palavras que remetam a objetos, pessoas e locais que a criança com autismo tenha interesse. É importante que tais expressões sejam associadas a esses meios de interesse e, com isso, vocês façam a ligação dessas palavras que estejam direta ou indiretamente relacionadas. Tudo no passo a passo, sem pressa.
Métodos que auxiliem o aprendizado
É muito importante desenvolver métodos, meios e formas que ajudem a criança a desenvolver as habilidades fonológicas dela e os processos de decodificação envolvendo sons e letras.
Além disso, pode-se buscar métodos como a metodologia fônica (com palavras de interesse delas) para que o pequeno aprenda a soletrar, a separar as sílabas e tenha a consciência fonológica. Isso é essencial para que a criança consiga decodificar letra e sons de seu interesse, mas também associar letras e sons com outras formas de escrita
Utilize referências que trabalhem o contexto do pequeno
Que tal trabalhar o vocabulário dentro do contexto dessa criança? Contudo, a intenção é ampliar esse vocabulário. Outra dica é passear com a criança no parquinho e em ambientes diversos: padaria, supermercado, festas; lugares que estimulam a brincadeira e a interação social. Com isso ela vai memorizando essas palavras novas, enriquecendo o repertório dela.
Memorizando regras ortográficas
Incentivem, na prática, formas de memorizar as regras ortográficas, usando rotas repetitivas para que a criança com autismo tenha essa sequência criada na mente delas. Com essas rotas você pode trabalhar com cores e figuras, utilizando jogos ou tablets (as crianças com autismo se dão muito bem com esses estímulos visuais).
Importante saber
– Para crianças que não fazem o traçado das letras, o tablet pode ser uma ferramenta fundamental para alfabetizar e desenvolver a escrita. O próprio aparelho oferece formas de escrita manual.
– Para casos de autismo associado à hiperatividade é preciso medicar essa criança a fim de ajudar na atenção e fazer reduzir a hiperatividade dela. O próximo passo é trabalhar com coisas altamente motivadoras para o pequeno.
– Por meio de fotos da família, a criança pode fazer relações sociais com as fotografias. Existem métodos de photovoice (utilizar fotos familiares para trabalhar capacidade e competência social). Por meio das fotos ela começa a ter noção de história social e pode trabalhar o som de letra também.
Fone: neuro saber

quarta-feira, 27 de junho de 2018

10 dicas para ensinar seus filhos a viverem mais com menos

Bigstock


Você se lembra da sua infância? Mesmo sem tablets, nem uma montanha de brinquedos, era possível ser a criança mais feliz do mundo. Sem o refúgio da tecnologia, as crianças aprendem a inventar, a criar e a ser mais participativas na vida familiar. Que tal na educação de seus filhos investir mais em experiências que permitem viver mais do que ter?
Pascale Morinière, vice-presidente da Associação de Família Católicas (AFC) da França, e Sioux Berger, autora de Mon défi minimaliste (“Meu desafio minimalista”, sem tradução para o português), sugerem dez caminhos para proporcionar aos seus filhos o gosto por uma vida mais simples.
1. Aceite que as crianças se entediam
Se quisermos manter nossos filhos ocupados o tempo inteiro, impedimos que a sua imaginação se desenvolva. “Ensinamos a eles a depender de um adulto o tempo todo”, alerta Berger. Se o seu filho tiver dificuldade para encontrar o que fazer, tome a iniciativa e proponha uma brincadeira, mas deixe que ele continue a história.
2. Faça coisas do dia a dia com as crianças
“Sempre achamos que as crianças gostam de coisas extraordinárias. Mas não é preciso que tudo seja Disneylândia o tempo inteiro!”, sublinha Berger. “Convidar as crianças a participar nas tarefas cotidianas, como cozinhas ou estender a roupa, também as faz felizes no dia a dia”. Além do mais, é uma forma de promover valores básicos.
“A educação pode incluir jardinagem, artesanato e costura”, sugere Morinière. “Tudo que desenvolvemos através de uma inteligência manual gera autoestima. Há uma sensação de ‘fiz isso com minhas próprias mãos e me sinto orgulhoso’”.
3. Ensine as crianças a valorizar o seu desejo
Diferencie desejo de capricho. Você não precisa atender a tudo que as crianças querem. Elas precisam aprender a ter paciência. “É o aprendizado da temperança, a noção de ‘não tenho tudo de imediato’”, comenta Morinière. “No Natal, por exemplo, é importante manter o hábito de esperar para abrir os presentes no momento determinado. O mesmo vale para quando a criança deseja algo: espere o seu aniversário ou um momento especial para dar a ela o que deseja”.
4. Prefira brinquedos simples
Talvez você já saiba disso por experiência: com brinquedos demais, a criança não valoriza cada um deles. Brinca um pouco e já se enjoa, porque se acostumou com um ritmo de satisfação de seus caprichos que não lhe permite aproveitar o que está à sua disposição. Por isso, é bom comprar menos brinquedos, evitando compras inúteis, e, ao mesmo tempo, selecioná-los melhor.
“Alguns brinquedos são mais criativos que outros”, lembra Berger. “Os brinquedos de construção e de modelar estimulam a imaginação das crianças. Outra opção é um jogo de pistas e enigmas sobre a natureza. Quando encontrarem a resposta às questões, dê a elas uma caixa com alguns doces e guloseimas. Não é preciso muito. É ganhar a caixa que as diverte”.
5. Aprecie a intimidade com a natureza
A natureza é o primeiro aliado quando queremos educar para a simplicidade. “Ela nos dá outro entendimento da vida e da realidade”, assinala Berger. “Mesmo no centro de uma cidade, é possível encontrar árvores. Devemos ser capazes de observar, de olhar. Pergunte à criança: ‘O que você está vendo?’ Isso lhe permite compreender melhor, desenvolver a sua inteligência e ganhar perspectiva. Cuidar de uma hortinha, por exemplo, ensina a paciência, cuidando das plantas para que produzam frutas e verduras”.
6. Valorize os objetos
“Antes uma jaqueta, uma mochila ou um brinquedo nos acompanhavam por anos e anos. Cuidávamos de nossas coisas para conservá-las por muito tempo e talvez até mesmo transmiti-las de geração em geração”, lembra Berger. É preciso ter isso em conta na educação. “Em vez de voltar a comprar uma régua ou uma tesoura que perdeu no pátio da escola, a criança deve aprender a ser responsável por suas coisas”, assinala a autora.
7. Introduza as crianças nas decisões familiares
Um passo para desenvolver a maturidade é que as crianças tenham alguma responsabilidade na vida familiar. “À medida que vão crescendo, podemos propor que colaborem com determinadas tarefas”, diz Morinière. “Ao ganhar visão sobre todas as circunstâncias do cotidiano do lar, as crianças aprendem a pôr as coisas em perspectiva. Podemos envolvê-las também nas decisões comuns. Por exemplo, se é preciso pintar algum cômodo da casa, podemos pedir a opinião da criança: ‘Fazemos nós mesmos para economizar ou contratamos alguém?’”
8. Ensine a não desperdiçar a comida
Parece uma regra antiquada, mas é essencial para ajudar a criança a entender a importância de viver melhor com menos e até a se preocupar pelos outros. “Comer toda a comida do prato é um valor que transmite muitas coisas”, defende Morinière. “Quando as crianças são pequenas, não é preciso fazer um discurso sobre isso. Pomos no seu prato uma porção pequena e ela tem que comer tudo. Não há necessidade de se irritar, a fala deve ser tranquila e calma”.
9. Eduque as crianças a terem bons hábitos desde bem pequenas
Em uma sociedade de consumo, tudo se predispõe para gerar necessidades desde os primeiros meses de vida. “Mas os bebês se divertem com qualquer coisa! Um molho de chaves, uma lancheira, uma colher de pau. Tudo é aprendizado”, diz Berger. “O copo com biquinho, a colher macia e o prato de plástico são coisas supérfluas. Compramos tudo e logo em seguida precisamos nos desfazer. E assim passamos a vida nos relacionando com os objetos dessa maneira”.
10. Mantenha o rumo na adolescência
“Na adolescência, as mudanças são naturais”, diz Berger. “Para os adolescentes, a roupa é importante. Mas não é necessário ter um armário cheio. Pense em uma base com o essencial. Para os calçados, por exemplo, um par para o dia a dia, um para o esporte e um para sair. Se quiseram algo mais, já é um extra. Que comprem com o dinheiro deles”.
Fonte: semprefamilia.com.br

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Dica de filme: Corajosos (2011)

Corajosos+-+A+Honra+Começa+Em+Casa

Os policiais Adam (Alex Kendrick), Nathan (Ken Bevel), Shane (Kevin Downes) e David (Ben Davies) enfrentam diariamente nas ruas os maiores desafios de suas vidas e a dedicação deles é reconhecida por suas chefias. Mas em casa eles enfrentam problemas no que diz respeito aos seus papéis como pais e maridos. E quando algo inesperado acontece, é preciso tomar uma decisão que mudará suas vidas. Filme emocionante sobre a importância da paternidade na família e como pais podem impactar toda uma comunidade.

Indicação: 12 anos