sábado, 30 de dezembro de 2017

7 sinais de que alguma coisa não vai bem na sua mente

7 sinais de que alguma coisa não vai bem na sua mente
Na verdade não se pode falar de uma mente “normal” e outra “anormal”. Se você olhar bem, o que em uma determinada época e local é “normal”, em outro tempo e outro lugar pode ser considerado patológico. A mente e o comportamento humano têm manifestações muito variadas, e o fato de saírem do comum não significa dizer que estejamos diante de algum tipo de problema.
Apesar disso, também é bom lembrar que a mente pode apresentar problemas e/ou adoecer. Por exemplo, isto acontece quando alguém desenvolve ideias ou condutas que sistematicamente machucam a si mesmo ou aos outros, ou quando existe uma dificuldade severa para distinguir os fatos das fantasias.
A grande dificuldade está nas pessoas que têm problemas psicológicos e que muitas vezes não são conscientes disso. Em geral isso se reflete em um relacionamento de confrontos: quanto mais graves os problemas, menos consciente a pessoa é. Isso se deve ao fato de que a dificuldade se cria na mente, e essa mesma mente é a que realiza a avaliação.
Por isso é importante estar atentos aos sintomas. Estes se definem como traços, sinais ou características de conduta. Não são conclusivos, mas podem sugerir a existência de alguma dificuldade na mente. A seguir apresentamos 7 deles.

A percepção e os problemas na mente

A percepção é a capacidade de captar o mundo com os sentidos. Audição, visão, tato, paladar e olfato. O correto é perceber as cores, as formas, os cheiros, etc., tal como são. Está bem, ok, existe uma margem, o nosso sistema de percepção é especialista em nos “passar a perna” e não por isso existe um problema sério em nossas mentes. Para determinar se é ou não é, uma dica é avaliar se estas “passadas de perna” estão condicionando a sua vida, e se são ou não a causa de um mal-estar.
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Às vezes nossas mentes percebem coisas que realmente não estão ali. Vemos, ouvimos ou sentimos alguma coisa que não existe. Isto é vivenciado de forma muito real, mesmo não sendo. É comum que todos alguma vez tenhamos alguma experiência alucinógena. É comum, por exemplo, quando estamos sozinhos ou estamos em uma casa antiga: nestas situações a mente amplifica a intensidade de qualquer tipo de estímulo. Pense que o problema aparece quando isso se torna constante e o mal-estar que provoca se intensifica.

A organização do pensamento

É compreensível que todos tenhamos momentos ou fases de dispersão. Passamos de um assunto para outro, ou de uma atividade para outra, sem muita ordem. O estresse ainda faz o caos aumentar. Em geral, a consequência é “apenas” mais estresse.
O problema aparece quando essa dispersão se transforma em incoerência e se mantém de forma quase constante. Tal incoerência se refere a uma certa incapacidade de manter o fio de um pensamento ou de uma conversa. A pessoa pula de uma ideia para outra, sem nexo aparente entre uma e outra.

O conteúdo do pensamento

O conteúdo do pensamento denota uma mente afetada quando tem certos traços. O mais notável deles é a fixação. As crenças inflexíveis e intensas são, em si mesmas, um problema. Mas quando além disso estão afastadas da realidade, podem ser fonte de grande angústia.
Uma coisa é que alguém ter uma convicção absurda, mas que consiga superá-la. Isso quer dizer que lhe causa um mal-estar, nem intenso, nem constante, nem frequente. Neste caso, poderíamos falar de uma intolerância. Mas se essa crença fixa causar grandes doses de angústia, poderíamos falar de um problema de outro nível.

O estado de consciência

Na nossa vida diária existem muitos fatos que fogem da consciência. Isso é próprio de qualquer mente “normal”. Por exemplo, acontece quando levantamos da cadeira para fazer alguma coisa e, assim que ficamos de pé, esquecemos ou deixamos para trás de forma deliberada nossas intenções.
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No caso destas fugas de consciência se tornarem corriqueiras, ou envolverem fatos relevantes, poderíamos falar de um problema na mente. Se alguém faz alguma coisa e depois não tem ideia de por que ou para que ou como o fez, então há uma boa razão para suspeitar.

A mente e a atenção

Os problemas de atenção têm a ver com uma ausência ou excesso de concentração. Quando existe falta de foco, a mente dança de um lado para o outro, sem rumo. Por exemplo, a pessoa é incapaz de seguir uma instrução passo a passo.
Se, pelo contrário, existe um excesso de foco, a pessoa perde a atenção periférica. Isso quer dizer que é incapaz de se conectar com o entorno quando dirige a sua atenção para alguma coisa. Obviamente, para que seja um problema da mente este sintoma precisa ser severo e se manter presente durante o tempo que os critérios diagnósticos estipulam.

A memória e o reconhecimento

Os lapsos de memória e a incapacidade de reconhecimento podem ter muitas causas. Surgem do estresse, da fadiga, ou do excesso de estímulos, entre outros fatores. A memória humana não é como a de um computador. Por exemplo, pense que as emoções influenciam muito na profundidade com que registramos um fato ou um dado.
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O que algumas pessoas chamam de “lacunas mentais” ou amnésias parciais ou totais de fatos relevantes constituem um indicador de que alguma coisa está acontecendo naquela mente. O esquecimento recorrente, ou a incapacidade de reconhecer fatos nos quais esteve envolvido, são fontes de suspeita com fundamento.

A linguagem e a mente

A linguagem é o principal veículo do pensamento. Uma linguagem clara fala de uma mente clara. Mas ao contrário, sempre que existe um problema na mente, isso se reflete em uma linguagem confusa, desorganizada ou pouco pertinente.
No campo da linguagem cabem expressões não estritamente verbais, como o tom de voz ou o gestual. Alguém que não é capaz de sustentar o olhar ou que faz excessivos movimentos quando fala também pode ter problemas. Lembre-se de que neste, como nos outros casos, é necessário que a análise seja feita por um profissional.
Fonte: A mente é maravilhosa.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Dica de Filme: Tempo de Recomeçar

Tempo de Recomeçar

Sinopse: George Monroe (Kevin Kline) é um arquiteto de meia idade que descobre repentinamente que está com câncer e tem pouco tempo de vida. Ele então decide aproveitar o tempo que lhe resta para se aproximar de Sam (Hayden Christensen), seu filho problemático e rebelde, bem como fazer as pazes com Robin (Kristin Scott Thomas), sua ex-esposa. Ao mesmo tempo, George decide por construir uma casa, na intenção de deixá-la como herança para Sam.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Só há um luxo verdadeiro: as relações humanas

A fugacidade da vida é algo fascinante e ao mesmo tempo aterrorizante. Em dado momento estamos fazendo planos, sonhando com o futuro e de repente anos já se passaram e todo aquele entusiasmo de outrora já não existe. Sendo assim, estamos sempre correndo contra a finitude do tempo, buscando de algum modo impedir que os sinos toquem. Dada a sua finitude, a vida, portanto, deve ser valorizada, já que é isso que lhe confere valor. E, quando chego nesse ponto, questiono-me se estamos vivendo vidas que merecem ser vividas.
Estamos cada vez mais condicionados a uma vida voltada para o consumo, em que há uma desvalorização por completo do ser, uma vez que nesse jogo a única coisa que importa é o “ter”. Desse modo, passamos a vida acumulando coisas, embora, tenhamos vidas vazias, solitárias e desprovidas de amor.
Estamos sempre falando, correndo de um lado a outro do palco, como disse Shakespeare, à procura de plateias que nos escutem. Entretanto, não estamos dispostos a ouvir ninguém, já que não nos preocupamos minimamente com nada que não gire em torno do nosso ego, tampouco, existe vontade de colocar-se no lugar de outrem, buscando de algum modo sentir a sua dor.
Estamos sempre fazendo contas, buscando equações que nos tornem mais poderosos e bonitos aos olhos da sociedade e, assim, nos transformamos em máquinas que fazem sempre a mesma coisa, seguindo as regras e ditames determinados pelos símbolos de sucesso e felicidade. Desse modo, como podemos fazer falta sendo completamente iguais aos outros? Sem algo que nos torne únicos? Sem idiossincrasias?
Estamos querendo levar vidas importantes e por isso nos cercamos de riquezas e sorrisos de pessoas que o máximo que conhecem é o nosso nome. Mas, isso pouco importa quando se está em um carro zero importado, não é? Todavia, ser importante é ter uma vida que chegada ao fim, continua existindo nos sentimentos e lembranças importados por alguém que nos amara.
Estamos em plena era da conexão, mas vivemos isolados em nossas ilhas afetivas, protegidos pelos muros do individualismo e cobertos por uma rede wireless de egoísmo. Não dizemos mais eu te amo, apenas não me “delete”. Fingimos que o mundo é plural, entretanto a diversidade não possui lugar diante do ódio e da intolerância.
Estamos sempre felizes, mesmo que essa felicidade seja esvaziar um Shopping Center ou esteja em um comprimido, afinal, não há espaço para a fraqueza em um mundo repleto de belezas e alegrias. Mas, se algo continua a incomodar, nada que mais algum divertimento consumista não resolva ou quem sabe mais uma pílula da felicidade.
Diante disso, volto à pergunta inicial: estamos levando vidas que merecem ser vividas? Acredito que não, já que em nome do Deus “Mercado”, nós valorizamos apenas coisas e, assim, ficamos condicionados e adestrados, servindo obedientemente a um estilo de vida individualizante, egoísta e opressor, o qual renega o que há de mais divino na vida, a conexão entre duas pessoas, algo que deveria ser a nossa maior preocupação e a nossa maior riqueza, já que na vida o único troféu que ganhamos é ter o nosso eu ecoando dentro de outro coração. No entanto, isso é apenas para quem ainda não se transformou em cogumelo e não se esqueceu, como disse Saint-Exupéry, de que na vida:

“Só há um luxo verdadeiro: as relações humanas.”
Fonte: Revista Pazes

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

A CAVERNA NA QUAL INSISTIMOS EM PERMANECER

O assunto que desejo abordar é um pouco complexo. O que não deveria ocorrer, caso tivéssemos uma educação que valorizasse as ciências humanas e a filosofia. Infelizmente, nossa sociedade não foi ensinada sobre a importância de entender o mundo a partir de conhecimentos que analisam os vários fenômenos sociais que estamos ligados direta ou indiretamente. Como consequência, um povo altamente despolitizado.
As redes sociais possibilitaram, dentre outras coisas, evidenciar a grande dificuldade das pessoas em assimilar conceitos básicos para o bom entendimento do que são as diversas correntes ideológicas e suas divisões. Muitos, por exemplo, afirmam ser marxistas sem ter lido sequer uma obra de Karl Marx ou de alguém que procure elucidar o pensamento deste autor. Como não bastasse, aqueles que se dizem discordar das ideias do referido pensador, muito menos. Entretanto, ambas as partes se acham no direito de expressar suas impressões sobre Marx, sem ter o mínimo conhecimento prévio para dialogar com alguém.
Não estou aqui a afirmar que essas pessoas não deveriam dizer nada. Muito pelo contrário, elas devem dizer o que pensam. Mas devem fazê-lo com propriedade, conhecer o que de fato defendem. Se não, torna-se o que chamamos de doxa, ou seja, uma opinião baseada no senso comum, sem nenhuma reflexão sobre este ou aquele assunto. Tendo apenas a intenção de perpetuar tradições, preconceitos e, na maioria das vezes, justificar discriminações.
A mídia, em especial as que pertencem aos grandes grupos corporativistas, contribui para essa (de)formação que leva a maior parte da população, até mesmo grande parte da mais “letrada”, a um estado de espírito incapaz de ver além das linhas do horizonte, de conseguir fazer um leitura crítica da realidade em que está inserido.
Os meios de comunicação que tanto falamos serem ferramentas que aproximam as pessoas, e, com a globalização e o advento da internet, nos permitem saber, quase em tempo real (ou real mesmo), o que se passa em qualquer canto do planeta, também são utilizados para distanciar indivíduos do conhecimento fundamentados na análise crítica, na observação e no uso da razão, a episteme.
Acredito que se fosse dado a todos os seres humanos a oportunidade de pensar da maneira mais autônoma possível, teríamos saído da caverna (referência ao mundo das aparências), conforme Platão ilustra em sua obra A República, na passagem sobre o “Mito da Caverna”. A grande questão é: Estamos dispostos a sair de nossas cavernas e nos deixar guiar pela luz do sol que ilumina o mundo exterior a essas cavernas?
Essa luz do sol, que podemos entender aqui como o conhecimento, está à disposição de todos aqueles que a buscam, talvez muitos podem, assim, dizer. No entanto, por se encontrar numa caverna, na caverna individual de cada ser, só se poderá ter contato com essa luz através da decisão de ouvir aquele que se libertou das correntes, que são as opiniões (doxa), e deseja mostrá-las aos demais.
Na metáfora de Platão, trata-se do filósofo que, por meio da filosofia, se libertou dos preconceitos e conhecimentos errôneos, e quer dar a oportunidade aos outros de adquirirem conhecimentos. E não é um conhecimento doutrinário ou do estilo autoajuda, os quais dependem de alguém iluminado, superior, que conduz as pessoas ao bem maior. A filosofia, na verdade, propõe fazer dos homens e mulheres seres autônomos intelectualmente. Quer dizer que, ao invés de se guiarem pelo o que lhe é dito, eles e elas construirão sua própria forma de ver o mundo, longe de superstições e aparências.
O termo “filósofo” significa literalmente “amigo da sabedoria”. Neste sentido podemos dizer que filósofo é muito mais do que um título acadêmico. É alguém que ama tanto o conhecimento que busca a todo o custo adquiri-lo, pelo simples prazer de aprender. Eis aqui o problema maior: há uma campanha crescente, digo sempre, para que as pessoas não tenham o estímulo necessário para aprender. E não é à toa! “Seria uma atitude muito ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que permitissem às classes dominadas perceberem as injustiças sociais de forma crítica”, disse Paulo Freire. Diga-se de passagem, que este grande intelectual e educador, foi alvo de críticas das manifestações ocorridas nas últimas semanas. O que me causou um choque, pois, independente de sua orientação política, as contribuições dele para a educação foram e são relevantes.
Seja como for, o caminho de volta à caverna começou a ser seguido por muita gente que prefere se acomodar no meio da escuridão a sentir a dor que a claridade provoca, no início, quando em contato com a luz. Esquece que tal dor é passageira. Assim que os olhos se acostumam, perceberá que há um mundo fantástico a ser compreendido e desvendado.
É uma pena ver que a mídia deseja nos ver presos às ideologias que nos escravizam e nos mantém longe de todo o conhecimento que poderia beneficiar a humanidade. Bom, nem sempre causa algum bem. Mas, ao menos, viabiliza tentar um mundo melhor.
Fonte: resilienciamag

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Os abraços expressam o que há no coração

Abraços
Os abraços são as demonstrações de amor mais bonitas que os seres humanos podem dar. Isto se deve ao enorme sentimento que colocamos neles. Não precisam de palavras ou explicações.
Você envolve a pessoa que precisa de você e o seu coração e alma se deixam embalar pelo gesto sem medir palavras, apenas sentimentos.

A beleza dos abraços

Uma parte maravilhosa e bela de um abraço é o próprio gesto em si. Quando andamos pela rua, existe algo mais bonito do que ver duas pessoas que se gostam em um lindo movimento de abraço?
Tanto faz se é um casal, amigos ou família. O fato em si é uma verdadeira maravilha que alimenta a alma.
abraços
Portanto, um abraço, mesmo que não seja você a pessoa a recebê-lo ou dá-lo, tem um conteúdo que sempre podemos aproveitar para expressar sentimentos e tudo que levamos no coração.
Nem sempre seremos o objeto de belos abraços, mas o simples fato pode nos emocionar, sempre que não sejam falsos e pouco carinhosos.

O calor de um abraço

Os abraços podem ser cálidos e carinhosos, o que permite expressar todo tipo de sentimento sem ter que falar.
Neste sentido, podemos diferenciar entre aqueles que nós damos e os que recebemos:
– Se você é uma pessoa carinhosa, que sempre oferece abraços, conseguirá expressar a emoção que você sente nesse momento se o seu gesto for sincero.
Portanto, se você precisa transmitir amor, compreensão, intimidade, afeição, ou qualquer outro sentimento que saia de você para a outra pessoa, você estará demonstrando que está à disposição quando ela precisar, sem ter que emitir uma palavra.
– Por outro lado, se você é quem recebe um abraço, também pode expressar suas emoções sem nenhum problema.
Suponha que você se sinta desanimado e uma pessoa querida o envolve com seus braços em um gesto de compreensão, ajuda e apoio. É evidente que você irá lhe mostrar a sua gratidão e ternura por tudo que ela faz por você.
Então fica clara a ternura que se demonstra com os abraços que são sinceros, carinhosos e íntimos.
Além disso, os abraços servem para expressar emoções e tudo aquilo que você sente pela pessoa que envolve com suas mãos, para lhe mostrar o quão importante ela é para você.

Os falsos abraços

Por outro lado, existem abraços falsos que expressam também um sentimento negativo ou pejorativo, tanto na pessoa que os recebe como na pessoa que o dá.
Costumam mostrar uma cortesia desnecessária ou uma tentativa de aproximação que não foi pedida:
– Quando você dá um abraço em alguém por quem não sente nada, este perde todo o seu significado. Portanto, é uma boa ideia guardá-los para aquelas pessoas que representam algo importante na sua vida.
– Em outras situações, é você quem recebe o abraço de gente que, na verdade, não sente nada por você. Pessoas que o fazem para se sentirem importantes, para mostrarem um falso carinho, ou para parecerem mais importantes na sua vida do que realmente são.

O verdadeiro significado dos abraços

O verdadeiro significado de um abraço está no que desejamos expressar com ele. O carinho que demonstramos com uma pessoa querida, inclusive um animal de estimaçãoou algum objeto que tocamos espontaneamente com carinho pelo que representa em nossa vida.
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Tudo que você puder abraçar e tocar para demonstrar carinho pode ser merecedor do gesto; mas se, além disso, você for capaz de devolver o amor e demonstrar quanto o seu abraço significa para ele, muito melhor.
Porque um abraço é uma forma fantástica de expressar sentimentos maravilhosos, sem a necessidade de palavras ou explicações.
Fonte: A mente é maravilhosa

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Dica de Filme: Uma Família Em Apuros



Os dois entram em conflito com os netos, por conta dos métodos modernos de educação. As três crianças vivem sem punições e sem qualquer tipo de diversão. E, todas as recomendações deixadas pela filha vão contra ao que aprenderam durante a vida.

Quando a coisa começa a sair do controle, Artie e Diane resolvem criar suas próprias táticas, algumas até mesmo inusitadas. E, colocam em ação o plano de ensinar aos netos o que é a infância.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Porque o passado é uma roupa que não nos serve mais

Outro dia, abri meu Facebook e dei de cara com uma foto de um fantasma de um Natal passado, devidamente acompanhado. A foto me gerou certa estranheza, mas não me incomodou. Na hora, me veio à cabeça a Velha Roupa Colorida do Belchior. Coloquei a música e fiquei ouvindo repetidamente – berrando, na verdade, a plenos pulmões, diante de olhares arregalados dos felinos da casa.
Há aqueles livros clássicos, que podem ser lidos a qualquer momento e continuam atuais. E há músicas que são assim também, como essa. Fiquei pensando como é grande a nossa dificuldade em lidar com a tal da impermanência das coisas, ou, falando claramente, sobre como as coisas se transformam a cada segundo, sobre como a vida é fluxo, como dizia o filósofo Heráclito.
“No presente a mente, o corpo é diferente, e o passado é uma roupa que não nos serve mais”, diz a canção. Acho que essa frase tem que ser fixada na porta da geladeira. Eu acrescento na frase mais um item: o mundo. No presente, a mente, o corpo e o mundo são diferentes e o passado não nos serve mais.
É relativamente fácil para nós visualizarmos esse passado como sendo a velha roupa colorida que não nos serve mais quando se trata de algo realmente antigo, como itens da moda que não se usa mais, fotos de muitos anos atrás ou quando falamos algumas expressões “do arco da velha” – que meu filho me olha com olhos que dizem: “há quantos séculos você nasceu, mesmo?”
No entanto, podemos afinar um pouco mais esse pensamento, aumentar um pouco seu foco e tentar enxergar o fluxo. “Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o próprio ser já se modificou”, disse Heráclito. Então, a transformação ocorre segundo a segundo, na gente e no mundo. A pessoa que escreve aqui não é a mesma que começou a escrever esse texto, nem tampouco a mesma desse momento em que você lê o texto.
Gosto de pensar naqueles vídeos com sequências de fotos tiradas diariamente, por muito tempo seguido, em que vemos em poucos segundos transformações que levaram meses ou anos para ocorrer. Como o vídeo do americano Noah Kalina, que se fotografou diariamente por 12 anos e fez um vídeo mostrando a passagem do tempo em poucos minutos. É assim que acontece, o tempo todo, só que de forma mais lenta.
“Você não sente, nem vê, mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo, que uma nova mudança em breve vai acontecer”, disse Belchior. Você não sente, não vê, mas está mudando, se transformando, segundo a segundo. Mas, apesar disso, insistimos em nos prender em conceitos, em crenças, em autoimagens, em traumas do passado. Tentamos colocar um alfinete fixando pontos, na tentativa desesperada de tentar parar o fluxo da vida, de ter onde se agarrar.
Fixamos verdades para nos sentirmos seguros. Mas o fato é que essa é uma falsa segurança, é mais uma tentativa de tentarmos lidar com as incertezas e angústias da vida; tentativa bastante capenga, aliás. Sempre imagino um cenário de videogame andando sozinho e o personagem se agarrando em algum ponto, mas não adianta, porque o cenário vem e destrói sua segurança, destrói sua verdade.
Nietzsche dizia que temos o que ele chamava de “vontade de verdade” como mais uma tentativa de negar a vida. A vida é fluxo, incerteza, altos, baixos, dores, alegrias, quedas, machucados, lágrimas e risos. Não podemos por um alfinete e fixar um ponto que desejamos, apenas para nos sentirmos seguros e aliviados. A tão buscada verdade seria para Nietzsche mais uma muleta metafísica. Buscamos de forma doentia conceitos como “isso é assim”, porque não conseguimos lidar com o “isso está assim” – mas pode (e provavelmente, vai) mudar.
Claro que nos vem à cabeça – assim como também pensou Belchior – o famoso poema O Corvo, de Edgar Allan Poe, que fala sobre o homem que sofria uma dor terrível pela morte de sua amada e recebe a visita de uma ave preta, um corvo, que diante do fato inexorável, a morte, repete o tempo todo: nunca mais, nunca mais, nunca mais…
O poema de Poe é triste e coloca a ave como representação da inexorabilidade da morte, mas, como sabiamente interpretou Belchior, essa morte não precisa necessariamente ser a morte física.
Na música, o pássaro negro responde: “o passado nunca mais”. Nunca mais, Nevermore, como no original de Poe. Nunca mais criança, nunca mais jovem, nunca mais virgem, nunca mais não sendo mãe, nunca mais meu pai falando comigo, nunca mais meus 18 anos, nunca mais meus 30 anos, nunca mais a imagem que vi no espelho hoje cedo. Nunca mais.
Os ‘nunca mais’ se acumulam, se empilham. E às vezes eles se empilham tanto e ficam tão monstruosamente grandes que nos oprimem, nos sufocam, fazem uma sombra que nos confunde. Muitas vezes vemos a sombra do passado refletida em nosso futuro e acreditamos nela. Por isso, temos que nos lembrar: nunca mais. Deixar ir. Dar espaço para o novo, gostar dele, sorrir para ele. O passado, bom ou ruim, querendo a gente ou não, sentindo insegurança ou não, desejando fixar um alfinete nele ou não, nunca mais, nunca mais….
Quando você sentir que está tendendo a vestir novamente aquela velha roupa colorida, insistindo em achar que ela ainda lhe serve, lembre-se do corvo que, como no poema de Poe, “não sai mais, nunca, nunca mais!” mas, como disse um outro músico brasileiro, “as coisas se transformam, isso não é bom nem mau“. Assim, quando você estiver vivendo momentos muito alegres ou chegar a conclusões confortáveis e fáceis de digerir, o corvo poderá parecer desagradável ao lhe lembrar que nunca mais, mas quando estiver passando por momentos de dor e desagrado, em que o mundo esfrega na sua cara todas as injustiças e desigualdades, o corvo lhe trará alívio ao repetir nunca mais, nunca mais….
E para terminar, como em outra vezes, Mário Quintana vem em meu socorro:
“Nós vivemos a temer o futuro, mas é o passado que nos atropela e mata.”
Fonte: Revista Pazes

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

ADOÇÃO E DOAÇÃO

Tive um pequeno paciente, criança de seus nove anos, filho adotivo, muito querido por seus pais, e que me disse um dia: “Filhos dão úlcera nas mães… não quero tê-los quando crescer!”.
No Aurélio, o significado da palavra adotar significa optar ou decidir-se por; escolher… Uma das situações na vida que mais me emociona pela complexidade de sentimentos que o próprio ato implica é a adoção e por consequência a doação: a alegria de quem recebe, a dor de quem dá…
Adotar é um ato de amor: abrir os braços para neles receber um filho que não foi gerado por você. O filho biológico, esse eu amo sem riscos… (será?)Terá herdado de mim meus olhos, meu sorriso, o mau humor do pai, meus talentos, enfim, Narciso só ama quem é seu espelho…
Mas a verdadeira transformação é outra: transformar essa criança adotiva em um filho meu, que não tem os meus olhos, mas por amor e identificação terá o “meu jeito de olhar a vida”, que não tendo o meu sangue sente o seu sangue ferver para me defender…
Pode ser que um dia, ao crescer, ele queira conhecer o outro lado da sua história. E carregue em seu peito uma dor profunda por se sentir abandonado, mesmo que as circunstâncias presentes demonstrem o oposto. Mas o sentimento é o que conta, a realidade psíquica.
Sendo assim, quero agora olhar a situação pelo outro prisma. Pelo lado de quem dá esse filho para adoção:a doação. Que dores sentiu? Quanto teve que negar para si mesma a dor da perda? As razões para doar um filho são inúmeras: a mãe adolescente, a mãe solteira, a mãe pobre, quando ter mais um pode significar um ônus que não dá para arcar,a mãe que perde a guarda da criança…
Uma recebe esse filho na alegria, a outra o deixa ir na dor e na dor se recolhe para que, num ato se não ainda de amor, pelo menos de cuidado por essa criança, para que possa ter melhor chance na vida. Mas que não foi um filho abortado. Foi o escolhido para ter um destino melhor. Foi o premiado! Será que ele entenderá isso assim um dia? 
Eu escrevo pensando no meu paciente, triste por se saber adotivo. Quem vem ao mundo com esse destino, vivencia sentimentos intensos, contraditórios, de um significado profundo…
Se tiver ao seu lado uma mãe acolhedora para esses seus sentimentos de angústia e souber compreendê-lo, sem se sentir rejeitada por isso – ela também – o ajudará a ser mesmo uma pessoa muito especial. Tendemos a pensar a mãe que doa seu filho como anti-amorosa,fria,ou irresponsável, que abandona seu filho indefeso à própria sorte, toda uma atitude na contramão do instinto materno, do nosso orgulho e narcisismo. É uma escolha muito difícil, mas muito mais corajosa do que aquela outra que a faz optar pelo aborto.
E sem falar das culpas que geram um aborto, nem sempre conscientes, em função de uma defesa bem estruturada, mas que a faz ir abortando, no decorrer da vida,todas as suas oportunidades é assunto para outras reflexões.
Fonte: resilienciamag

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

A importância do acompanhamento na tarefa escolar


A importância do acompanhamento na tarefa escolar

Muita gente sabe que o período escolar é crucial para a formação de uma criança. Durante este período, os desafios surgem no dia a dia e, junto com os educadores, os estudantes podem superar barreiras; além de adquirir mais conhecimento.
Entretanto, é válido ressaltar a importância que existe no acompanhamento feito durante a tarefa escolar. O momento em que a criança lida com o auxílio de um adulto é fundamental. O detalhe, porém, não é simplesmente contar com a presença de alguém, mas se essa pessoa tem a habilidade para oferecer um suporte.

Por que é importante que os pais estejam por perto?

A criança busca referência nos adultos, e os pais costumam ser o espelho escolhido pelos pequenos. Sendo assim, quando os filhos contam com a presença de seus responsáveis para auxiliá-los nas tarefas escolares, a possibilidade de haver uma absorção do conteúdo pode ser maior.
É imprescindível, no entanto, que os adultos entendam a necessidade da criança e o estágio de aprendizado do pequeno. Jamais deve haver uma pressão para que ele saiba algo, mas um incentivo para que o conteúdo seja absorvido. Em casos de dificuldades, melhor procurar um apoio pedagógico. Somente assim, um profissional deve dispor de mecanismos que ajudem o aluno.
Voltando para o ambiente familiar, um ingrediente que deve existir sempre é a confiança que a criança poderá encontrar no adulto para a resolução dos problemas escolares (tarefas). Existem algumas técnicas que tendem a ajudar nessa hora. Veja mais abaixo.

O que fazer para tornar a tarefa escolar mais atrativa?

– Utilize uma maneira dócil na hora de explicar;
– Adote o uso de personagens (mais preferidos da criança) nos exemplos;
– Escolha objetos coloridos para estimular a atenção do pequeno;
– Disponha de aplicativos pedagógicos presentes em tablets e smartphones;

E quando meu filho/filha apresenta problemas de aprendizagem, o que fazer?

Quando isso acontece, é bom que se conte com ajuda pedagógica. Somente os especialistas podem trabalhar essa questão com eles. Mas vale lembrar que a presença dos pais é importante para o incentivo, mesmo fora do ambiente escolar. O auxílio pedagógico conta com profissionais da área e que conhecem todos os passos necessários para oferecer à criança as melhores condições de aprendizagem.

Em casos mais complexos, como os distúrbios que se enquadram no TEA, quais são os procedimentos?

Por se tratar de um caso mais complexo, a primeira providência deve ser ajuda médica. Vale lembrar que a condição de uma pessoa que seja incluída no Transtorno do Espectro Autista (TEA) deve ser levada muito a sério desde a infância. No entanto, há alunos com autismo, por exemplo, que têm a vida escolar satisfatória.
Tudo isso depende de diagnóstico precoce e intervenções que façam efeito na vida da criança. Portanto, é importante a ajuda médica em casos de crianças diagnosticadas com alguma síndrome incluída dentro do TEA.

A ajuda que faz diferença

Quando a criança conta com o acompanhamento na tarefa escolar, o seu rendimento tende a se superar em cada etapa. O segredo é estabelecer a parceria entre o pequeno e vocês (pais, professores particulares e demais profissionais).
Fonte: Neuro Saber

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Dica de Filma: Invictus

Invictus

Sinopse: Recentemente eleito presidente, Nelson Mandela (Morgan Freeman) tinha consciência que a África do Sul continuava sendo um país racista e economicamente dividido, em decorrência do apartheid. A proximidade da Copa do Mundo de Rúgbi, pela primeira vez realizada no país, fez com que Mandela resolvesse usar o esporte para unir a população. Para tanto chama para uma reunião Francois Pienaar (Matt Damon), capitão da equipe sul-africana, e o incentiva para que a selação nacional seja campeã.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Aquilo que ninguém sabe, ninguém estraga


É normal querermos que os outros saibam de nossas conquistas pessoais e de nossos queridos, uma vez que, da mesma forma que a tristeza, a alegria costuma ficar estampada em nossos semblantes. Existem momentos tão intensamente felizes na nossa vida, que mal cabemos em nós de tanto contentamento e acabamos querendo contar e espalhar o quanto estamos felizes.

Entretanto, sempre estaremos rodeados por pessoas invejosas, maldosas e que não suportam ver alguém feliz, pois a felicidade lhes é tão estranha, que não são capazes de entendê-la, a ponto de fazer de tudo para destruí-la. Não devemos temer a maldade alheia, no sentido de que ninguém é capaz de fazer conosco aquilo a que não estivermos vulneráveis. Cautela, porém, é preciso, a fim de que não tenhamos que enfrentar o pior dos outros em nossa jornada.

Por mais que estejamos seguros e certos quanto às nossas convicções, existirão pessoas que tentarão nos diminuir por meio de provocações constantes e de maledicências espalhadas ao nosso redor. Incapazes de torcerem pelo sucesso de ninguém – nem de si mesmas -, não se permitirão conviver com as conquistas alheias sem que tentem trazer o outro ao nível da própria escuridão emocional, muitas vezes utilizando-se de meios antiéticos e covardes.

Muitas vezes, é inevitável disseminarmos pelas redes sociais o contentamento pelas nossas viagens, nossas conquistas amorosas e profissionais, pelo sucesso de nossos filhos, inclusive seria muito chato apenas postarmos lamúrias, indiretas venenosas e lamentações em nossos perfis – existem ótimos psicólogos para isso. No entanto, é necessário saber que muitos verão tudo isso como ostentação inútil, excesso de vaidade, ego inflado, ou seja, estaremos sujeitos a comentários desagradáveis sobre nós, muitos deles pelas nossas costas.

Sempre existirá quem torcerá por nossa felicidade, quem caminhará conosco sob sol ou tempestade, quem nos amará verdadeiramente, quem, enfim, será capaz de compartilhar nossas vidas com reciprocidade sincera, porém, serão bem poucos capazes disso. Por isso, uma de nossas maiores conquistas será exatamente poder contar com pelo menos alguns poucos que nos admirem realmente, sem qualquer ranço de negatividade. A esses, sim, poderemos nos desnudar inteiramente, em nossa grandeza e em nossa pequenez mais inconfessável. Quanto aos demais, repete-se, cautela.

Não precisaremos estampar nossa felicidade nas vitrines sociais e virtuais, para que ela se complete. Aqueles que sempre estiveram conosco, bem de perto, ali ao lado, compartilhando verdades, lerão a felicidade em nossos olhos e comemorarão de mãos dadas conosco cada conquista, cada degrau superado, e é por eles que sempre valerá a pena sobreviver com ética e dignidade a cada batalha de nosso caminhar.

Fonte: Revista Pazes

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

AUTOCRÍTICA EM DEMASIA FAZ MAL PARA A SAÚDE

Muitas pessoas confundem autoavaliação com autocrítica. A autoavaliação é fundamental para uma vida saudável, para o crescimento. É preciso fazer constantemente um balanço dos nossos erros e acertos para que possamos corrigir o que não vai bem. Mas autocriticar-se em demasia pode ser altamente nocivo para a autoestima e sempre resulta em paralisia, sentimento de menos valia e doenças como depressão e síndrome do pânico.
Na autoavaliação, um erro é apenas algo que deve ser corrigido e superado. Como quando fazemos um doce e erramos o ponto: aprendemos que da próxima vez devemos desligar o fogo alguns minutinhos antes e pronto.
Na autocrítica, um erro torna-se sinal de falha e fracasso e ao acreditarmos que falhamos somos tomados pelo sentimento de culpa. E a culpa, como sabemos, paralisa.
Somos deveras criticados por todos ao nosso redor: amigos de trabalho, chefes, pais, namorado, filhos, irmãos, cachorro e papagaio. Sempre haverá alguém com o dedo em riste apontando nossas falhas e/ou julgando nossos traços de personalidade como se fossem falhas.
Para quê, então, sermos mais um nessa roda insana de críticas diárias?
A literatura apresenta diversos tratados sobre a inexorável experiência de sermos julgados e criticados pelos outros (e por nós mesmos). O livro Crime e Castigo, de Dostoiévski, talvez seja o mais emblemático, mas Albert Camus, em A Queda, nos entrega de maneira mastigada a proposta de reflexão do escritor russo ao dizer, por exemplo: “Não é necessário existir Deus para criar a culpabilidade, nem para castigar. Para isso, bastam os nossos semelhantes, ajudados por nós mesmos”; “Não espere pelo Juízo Final. Ele se realiza todos os dias”; “Quando formos todos culpados, será a democracia”.
Pois bem, proponho um exercício. Imagine que você está num show de rock, no Rock in Rio, no meio daquela multidão de pessoas e estímulos visuais, e, de repente, avista uma criança de três anos de idade perdida e chorando muito. Qual a sua primeira reação ao se deparar com essa criança?
Pegá-la no colo, pedir para que ela se acalme, dizer que vai ajudá-la a encontrar a mamãe e o papai, certo? Provavelmente você tentará ofertar água, tentará distraí-la e acolhê-la.
Qual seria o segundo passo? Buscar ajuda. Procurar algum segurança, pedir para anunciarem no microfone, etc.
Quando cometemos um erro que provoca vergonha, um erro que gera consequências desagradáveis, sentimos tanto medo e terror quanto a criança de três anos perdida no Rock in Rio. E o que fazemos com a nossa criança medrosa?
Gritamos com ela. Xingamos ela de idiota, dizemos que ela tinha a obrigação de “não soltar a mão dos pais”, chacoalhamos ela e dizemos “a culpa é toda sua” e mais, dizemos a ela que por conta do seu erro “ela ficará sozinha para sempre e nunca mais vai encontrar os pais”.
Se fizéssemos isso com a criança hipotética do Rock in Rio, o que aconteceria? A criança apenas choraria ainda mais e poderia até morrer sufocada diante de tanto terror. No mínimo ficaria paralisada sem conseguir sair do lugar.
Pois é exatamente o que acontece conosco quando nos autocriticamos em demasia, nos julgamos, sentimos culpa e nos punimos: paralisamos.
E a paralisia vira mais culpa, que vira impotência, que vira medo, que vira pânico, que vira ansiedade, que vira tristeza e distorção da autoimagem (autoestima baixa), que vira doença, que vira depressão.
Que tal da próxima vez que cometer um erro, seja ele qual for, acolher sua criança interna? Ouvir o que ela tem a dizer, acalmá-la e depois buscar uma solução?
Você não tentaria ajudar uma criança perdida e aterrorizada de medo no Rock in Rio? Não tentaria uma solução para ajudá-la, como pedir para anunciarem no microfone?
Que tal fazer o mesmo com você? Acalmar, acolher e depois buscar ajuda e solução, buscar um “anúncio no microfone”?
A culpa embota os sentidos. Cega. Distorce as coisas. Imbuído de culpa, ninguém consegue corrigir um erro, e sem corrigir nossos erros jamais vamos crescer.
Parafraseando Drummond, digo que a autoavaliação é inevitável (fundamental!), mas a autocrítica é opcional.
Lembrando que: é errando que se aprende.
Fonte: resilienciamag

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

5 frases sensacionais que o farão amar quem você é

Amar quem você é
Você tem ideia do quão crítico é consigo mesmo? Talvez você se diga coisas que machucam cada vez que se olha no espelho. Na maioria das vezes nosso pior crítico somos nós mesmos.
Hoje queremos deixar algumas das melhores frases que você pode mentalizar para amar quem você é. No final das contas, você é a pessoa com a qual estará sempre, independentemente dos seus medos, erros, vitórias e experiências.

1. “Finalmente deixei de fugir de mim mesma. Quem melhor eu poderia ser?” – Goldie Hawn

Essa atriz norte-americana nos lembra que amar quem somos é uma questão de escolha.É muito fácil pensar que precisamos de algo mais para sermos felizes, e muitas pessoas vivem a vida como se se tratasse de uma carreira.
Você pode achar que precisa de mais dinheiro, ter um corpo perfeito ou qualquer outra coisa. Mas, no fim, não poderá ser feliz não consegue primeiro amar a si mesmo, a quem você é. Se você passa a vida fugindo da pessoa que é, acaba se perdendo.
Conheça-se de verdade. Não permita que nenhum estereótipo o convença de que você deve ser diferente.
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2. “Se você não ama quem é, não pode amar os outros. Não será capaz de amar os outros. Se não sente compaixão por você, não poderá ter compaixão pelos demais” – Dalai Lama

Muita gente passa a vida ajudando e demonstrando amor a todos. Mas por dentro sentem que lhes falta algo e não entendem do que se trata. Você é uma dessas pessoas? Que tão frequentemente demonstra amor? É compassivo consigo mesmo?
Amar quem você é e demonstrar isso é mais benéfico para você do que qualquer outra coisa. Atitudes negativas como se criticar, se menosprezar ou falar a si mesmo de forma negativa machucam. Lembre-se de que o amor e a compaixão mais importantes em sua vida são os que nascem em seu coração para consigo mesmo.

3. “Não é seu trabalho me amar, é meu” – Byron Katie

Em que coisas você presta atenção em sua vida? É provável que passe grande parte do dia se esforçando para fazer os outros felizes. Costumamos pensar que se fizermos isso bem, nos amarão mais e seremos muito felizes.
O problema com essa mentalidade é que ninguém poderá amar quem você é tanto como você. Quando passar por um mau momento e se sentir só, lembre-se de se amar. Sem se importar seus defeitos, medos ou, inclusive, suas carências. Você é um ser completo que merece ser amado plenamente. Por que não começa fazendo isso você mesmo?

4. “Amar-se não significa ser narcisista ou mal-agradecido com os demais. Na realidade significa dar-se as boas vindas como o hóspede mais valioso, merecedor de respeito e amor” – Margot Anand

A quanta gente damos espaço em nossa vida! Quando sentimos que alguém merece nosso amor, nos esforçamos para fazer com que se sinta à vontade. Mas, você se comporta da mesma forma consigo mesmo?
Certas atitudes como cuidar da sua aparência física, tirar um tempo para fazer seus mimos e dizer que ama quem é são coisas muito básicas. Há quem pense que cuidar de si mesmo é um ato de narcisismo.
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Isso é completamente falso. Há uma grande diferença entre o amor próprio e o narcisismo: o dano que um deles pode nos causar. Uma pessoa narcisista machucará os que a rodeiam sem ter pena alguma. A pessoa que se ama e se valoriza compartilha sua felicidade e não machuca de propósito quem está ao seu redor.

5. “Quando ninguém comemorar por você, comemore você mesmo. Quando ninguém te elogiar, faça você mesmo. Não cabe a todos te dar coragem. Esse é o seu trabalho. A coragem só pode vir do fundo do seu ser” – Joel Osteen

Desde pequenos aprendemos a esperar o reconhecimento dos outros.  Desde uma boa nota na escola até o reconhecimento do parceiro, dos amigos e do chefe. Sua felicidade não pode depender do que os outros dizem.
Você precisa aprender a amar quem é e a comemorar suas próprias vitórias. Quando enfrentar um fracasso, também deve ser capaz de seguir adiante você mesmo.
Isso o ajudará a continuar, sem importar o que os outros dizem ou pensam. Sem dúvidas mais de uma vez você já se encontrou em situações onde não tinha apoio. Inclusive as pessoas que mais nos amam podem se afastar de nós ainda que não façam isso de propósito.
Estas frases são geniais para que você comece a refletir sobre se amar mais. É fácil que você alguma vez se esqueça do quão importante você é, mas essas frases podem ajudá-lo no momento em que precisar.
Fonte: A mente é maravilhosa