segunda-feira, 31 de julho de 2017

Relacionamento pais e filhos: você escuta os seus filhos?

blog paisefilhos

Crescer, ter filhos e formar uma família costuma fazer parte dos projetos de vida da maioria das pessoas. Junto à realização desses sonhos vem as responsabilidades, preocupações, falta de tempo para si e para o companheiro e, consequentemente o estresse diário. No meio dessa correria toda quando chegamos em casa após um dia de trabalho queremos encontrar com a família e relaxar um pouco. Certo? Nem sempre é tão simples assim! Principalmente quando se tem criança pequena, pois é quando elas querem contar as suas experiências e exigem total atenção dos pais. É nesse momento que muitas vezes precisamos desligar das preocupações pendentes do dia ou desistir daquele banho relaxante que gostaríamos de tomar para ouvir as histórias dos pequenos! Esse pode ser, para muitos, um processo difícil. Requer paciência, autocontrole e muito cuidado. E você? Como age quando o seu filho quer te contar algo? Será que você dá a atenção que gostaria?
A linguagem corporal é uma forma de comunicação muito importante e, por várias vezes, fala mais que muitas palavras. Um exemplo muito claro disso é quando o pai senta para conversar com o filho, mas o seu olhar não sai da frente do celular checando as mensagens instantâneas ou as novidades nas redes sociais. Qual a mensagem que esses pais estão passando, sem perceberem, ao agirem dessa forma? Provavelmente, que as suas opiniões não tem importância ou que não se interessam pela vida dos seus filhos.
Se permita parar e ouvir
O afeto vai muito além dos cuidados de higiene e alimentação, que também são importantes, claro! É algo bem maior que exige atenção, cuidado, disponibilidade e dedicação. É poder se disponibilizar a escutar o outro de verdade, desligar dos seus próprios problemas e ser empático com as questões alheias. Prestar atenção realmente no que é dito, conversar, trocar experiências e aconselhar seus filhos. Esses gestos, teoricamente pequenos e simples fazem muita diferença na formação da personalidade e na autoestima dos pequenos.
Acolher o seu filho naquilo que ele te conta, perceber a importância que isso tem em sua vida, acompanhar suas experiências de perto, permitem que se construa uma relação mais próxima entre vocês. O resultado desses atos gera segurança, interesse e sensação de pertencimento dos pequenos na família.
O diálogo entre pais e filhos possibilita que as crianças aprendam a se expressar, a reconhecerem seus sentimentos e a lidarem com as frustrações e dificuldades que venham surgir pela frente ao longo da vida.
Ela é só uma criança! Ainda não entende.
Um engano muito comum dos pais é acreditar que, por serem crianças, elas não compreendem o que está acontecendo e que, portanto, esse tipo de comportamento não vai prejudicá-las. Porém, ocorre exatamente o oposto! Quando pensamos na constituição psíquica de uma pessoa ainda em formação percebemos como esse processo é delicado e pode deixar marcas para toda a vida.
Os impactos disso na psique dos pequenos vão variar de acordo com diversos fatores e com o ambiente em que se desenvolverão. Alguns comportamentos poderão ser desencadeados ao longo do tempo, uma vez que essas então crianças tendem a começar a se calar evitando conversar com os pais. Aos poucos vão se fechando, acreditando ser menos interessantes ou inteligentes que os demais a sua volta. Como consequência podemos ver o desenvolvimento de uma timidez excessiva. Outro possível impacto psicológico é uma baixa na autoestima que faça com que essa criança cresça e se torne um adulto inseguro e receoso em tomar decisões. Exemplos disso poderão ser percebidos nos seus relacionamentos afetivos ou na construção da sua própria família.
Cuidado e atenção
O relacionamento entre pais e filhos é muito delicado e requer um cuidado diário, nas pequenas atitudes. As crianças são muito atentas ao o que ocorre a sua volta e, apesar de pequenas, tem sensibilidade para perceber quando seus pais estão prestando atenção nelas verdadeiramente.
Pare, reflita, respire e converse com os seus filhos! Você estará ajudando a formar uma pessoa mais segura de si e capaz de tomar boas decisões ao longo da vida, além de fortalecer o relacionamento de amizade, cumplicidade e afeto entre vocês.
Fonte: A Caminho da Mudança

sábado, 29 de julho de 2017

Auto boicote: quem te impede de ser feliz?

blog autoboicote

Sucesso profissional, felicidade ao lado de um companheiro, leveza ao lidar com o dia a dia são coisas desejadas por todos, certo? Nem sempre! A realização de um sonho, seja ele profissional, pessoal ou afetivo, assusta e provoca medo em mais pessoas do que podemos imaginar. Gera mudanças na vida o que, para muitos, é assustador e até paralisante.
Você já percebeu se existe alguma área na sua vida em que os seus comportamentos se repetem e que logo depois vem aquela sensação de que você poderia ter feito algo diferente para ter um resultado melhor? Podemos citar vários exemplos disso: Pessoas que quando começam a gostar de alguém fantasiam motivos para brigar e desgastar a relação; ou quando você está prestes a conseguir o emprego desejado, se atrasa para a entrevista; ou quando começa a emagrecer volta a comer muito e a engordar novamente. Será que é sempre falta de sorte ou coincidência? Provavelmente não! Trata-se de auto sabotagem ou auto boicote e são situações bastante comuns e, muitas vezes, difíceis de controlar.
O boicote ocorre quando nos prejudicamos em alguma área da vida, para dificultar ou impedir uma melhoria em nossas vidas. É um processo inconsciente, o que significa que não nos damos conta do que fazemos, apenas repetimos o comportamento de forma automática sem ter nenhum controle sobre nossas atitudes.
Por que isso acontece?
As nossas histórias e o meio em que vivemos, desde muito pequenos, são grandes responsáveis pela formação da nossa personalidade e também dos nossos traumas e medos. Carregamos essas marcas ao longo da vida sem sequer percebermos ou pararmos para refletir.
Alguns aspectos psicológicos podem ser observados naquele que se sabota. Geralmente possui uma forma deturpada de se ver, se considera diminuído frente aos outros, como se não fosse merecedor de ter uma vida melhor. Pode existir uma importante baixa na autoestima que, consequentemente, gera uma insegurança profunda.
O medo de fracassar e de não dar conta das próprias expectativas também costuma ser uma grande armadilha na realização de um sonho. Esse medo se torna tão grande que a pessoa prefere não se arriscar e nem tentar alcançar algum objetivo. Como são processos inconscientes e automáticos, quando a pessoa se dá conta a oportunidade já passou e o sonho não se concretizou.
Como sair desse ciclo?
Um primeiro passo e, muito importante, é parar e se observar. Refletir se há alguma questão que repetidamente não dá certo na sua vida e se você tem alguma responsabilidade nisso.
Uma estratégia interessante é conversar com um bom amigo, ele pode ser a pessoa que vai te sinalizar quando os comportamentos automáticos se repetirem e, dessa forma, te alertar em relação ao auto boicote. Aceite ajuda! Às vezes é somente isso que você precisa para conseguir ultrapassar os próprios obstáculos. É muito importante que, aos poucos, isso se torne consciente e que você consiga perceber se a história que está sendo traçada da sua vida é a realmente desejada.
Em determinadas situações se conscientizar de algo e modificá-lo pode ser muito difícil gerando uma paralisia ou uma ansiedade muito forte. Nesse caso é recomendável procurar um psicólogo para dar início ao processo psicoterapêutico de autoconhecimento, para que juntos você possa se libertar das suas próprias prisões.
Não permita que o medo ou a insegurança te paralise na busca de novos desafios e na realização dos seus sonhos. Viver é correr riscos, é se lançar nas oportunidades, pois somente assim é possível se libertar e ser feliz!
Fonte: A Caminho da Mudança

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Insatisfação profissional? E agora?

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A vida profissional possui grande importância na vida da maioria das pessoas. Gera recompensas como reconhecimento, status social, retorno financeiro, satisfação e realização pessoal. Escolher uma profissão é uma tarefa delicada e, em alguns casos, angustiante. Como é possível escolher algo para o resto da vida? Esse é um questionamento comum entre adolescentes que estão ingressando em uma nova realidade. É o início, mas também, o término de um ciclo. O encerramento da infância para o ingresso na vida adulta. O momento de descobertas, conquistas e de independência.
Esse tema parece, à primeira vista, um assunto relacionado exclusivamente ao público juvenil, porém é cada vez mais comum que adultos, já estabelecidos na vida profissional, com anos de experiência em determinada área, decidam mudar, trocar de profissão e retornar às salas de aula.
São diversos os fatores que podem levar uma pessoa a se decepcionar com a carreira e despertar o desejo da mudança. Porém, antes de tomar uma decisão como essa é importante que se compreenda os reais motivos que levam a essa insatisfação, para que tal mudança não seja uma forma inconsciente de boicote e que, no futuro, possa gerar culpa e arrependimento.
A difícil tarefa de tornar-se adulto
Existem pessoas que não conseguem dar continuidade aos seus projetos profissionais por medo do fracasso ou das críticas, que são inerentes a uma atuação longa dentro de uma mesma área. Essas dificuldades podem vir a prejudicar a carreira do profissional. Com isso, após alguns anos de trabalho, no momento em que deveriam se sentir estabelecidos e, consequentemente, ocupar cargos mais importantes com maiores responsabilidades, se sentem desestimulados e insatisfeitos.
Há também aqueles que possuem dificuldade de crescimento e amadurecimento. São pessoas que tendem a se ver de forma mais infantilizada. A solidificação de uma carreira profissional promove um amadurecimento, independência financeira e liberdade, mas também gera responsabilidades, riscos e desafios. Enquanto estudantes ou recém-formados pode-se ter a falsa sensação de que as críticas ou fracassos recorrentes desse processo são aceitáveis e, portanto, não muitos assustadores.
A vontade de mudar nesses casos pode acobertar uma fuga dos riscos que uma carreira sólida gera. Quando se é confrontado em situações de insegurança e medo, tende-se a evitá-las. É uma forma inconsciente de se defender do perigo seja real ou imaginário. Com isso, sem que se dê conta desse processo, são criadas justificativas bastante convincentes para realizar a mudança. Porém, depois que a nova carreira se torna algo corriqueiro e o profissional se vê novamente estabelecido, provavelmente a sensação de insatisfação retornará, junto com a vontade de trocar de área novamente. Em algumas situações mais sérias, entra-se em um ciclo de constante troca de cursos e áreas de trabalho, não conseguindo se estabelecer em nenhuma delas.
Refletir para mudar
É importante que aqueles que demandam trocar de profissão como uma forma de fuga busquem um autoconhecimento para aprender a lidar com os seus medos a fim de construir estratégias eficientes para a obtenção do que realmente deseja.
Há também pessoas que, apesar de se esforçarem, não possuem afinidades com a sua área de atuação. Como não gostam do que fazem, sentem-se constantemente insatisfeitos e frustrados. Tais situações pedem que o profissional repense quais são as profissões que o agradam mais para, assim, tentar realizar uma mudança. O teste vocacional, aplicado por um psicólogo habilitado, pode ser um grande aliado nesse processo.
A satisfação pessoal e a identificação do profissional com a sua área são fundamentais para uma realização profissional a longo prazo. Muitas vezes a escolha feita na época da adolescência foi equivocada, uma vez que o jovem não possuía informações ou mesmo maturidade suficientes para uma escolha como essa. Perceber que errou e que não está feliz na escolha não é sinal de fracasso e, muito menos, motivo de vergonha. É sinal de que houve um amadurecimento e autoconhecimento, fatores fundamentais para a escolha de algo que o acompanhará ao longo de muitos anos da vida.
Enquanto há desejo de melhorar e de ser feliz, há possibilidade de mudanças. O que é verdadeiro para todas as áreas da vida, inclusive a profissional! Para isso é importante refletir e conhecer de verdade as suas motivações e desejos, isentos de censuras ou críticas.
Fonte: A Caminho da Mudança