segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O QUE PENSAR DA SUPERSTIÇÃO?


As pessoas  gostam de “certezas”. Não vamos negar, é reconfortante pensar que X causa Y. Se quisermos um ano de prosperidade é só usar roupa branca no ano novo. Se quisermos arrumar um namorado é só colocar a imagem de Santo Antonio debaixo do travesseiro.
Além de “certezas” muitas vezes optamos por coisas simples e fáceis. Claro que sabemos que se quisermos uma no de prosperidade podemos fazer cursos, ousar novos projetos, investir e trabalhar duro, mas tudo isso dá muito trabalho, portanto nada melhor do que um talismã para ter a sensação de que teremos tudo isso.
Porém o comportamento é afetado conforme os rituais são cumpridos. Ritual bater na madeira, desviar de uma escada para não passar por baixo, amarrar fitinhas no pulso. Muitas vezes estes rituais são feitos escondidos, a pessoa tem vergonha de admitir que é supersticiosa e elabora desculpas para não ser chamado de supersticioso.
A superstição será "saudável" enquanto oferecer esperança, mas passa ao patológico quando a vida é consumida pela busca de soluções e saídas supersticiosas.
A história da humanidade está repleta de relatos relacionados à superstição. Medo de gato preto, não passar debaixo de escadas, botar a imagem de Santo Antônio de ponta-cabeça no copo d’água, dentre tantas outras, são histórias que permeiam a vida de todos nós. As superstições são tão antigas quanto a humanidade. Estão presentes na história e associadas a rituais pagãos em que as pessoas louvavam a natureza.
A superstição responde à nossa necessidade de segurança, conforme afirmação de Kloetzel. “Não é simples coincidência que, justamente o campo da saúde e da doença, em que nosso desamparo se torna mais evidente, esteja mais ‘minado’ por toda sorte de crendices” [...]. “Sabe-se também que é entre os idosos, às voltas com a ideia de morte, que o misticismo e a religião encontram maior número de devotos”, revela o autor.
  A verdade é que por mais que digam que a religião possa carregar características supersticiosas, é um grande erro confundir as coisas, pois a religião não é magia. Ato supersticioso é o fato de alguém carregar um talismã, evitar situações, praticar atos de sorte ou coisas do gênero.
 Religião é algo que permanece com o tempo e necessário é crer de forma intensa; já a superstição é algo em que não se acredita 100%, mas se faz esta ou aquela simpatia, carrega-se um objeto da sorte.
 O que chamamos de comportamento supersticioso nem sempre é comprovado e, muitas vezes, é lendário, ou seja, de tanto se acreditar que algo dá azar ou sorte, a tradição deu àquele número, objeto ou situação um caráter de favorecimento e crença.
E você? Já parou para pensar naquilo que cultiva e acredita? Será que tem dado mais valor às superstições do que à você mesmo e no seu potencial?
 Fica uma reflexão para revermos como cada um de nós assume medos, crenças e crendices que tantas vezes mobilizam nossas vidas.




Nenhum comentário:

Postar um comentário