Quando um casal decide enfrentar uma separação e posteriormente um divórcio, não tem ideia da dor e dos transtornos que irão enfrentar. Dentre estes transtornos a reação dos filhos é a situação mais delicada do momento.
Na maioria das vezes o casal vivencia conflitos há muito tempo, contudo adotam o comportamento de tolerar as situações difíceis e com isso acabam passando a imagem que estão vivendo em harmonia, porém o que se é reprimido finda por aparecer na relação, através de brigas, agressões, etc.
Os filhos são as grandes testemunhas desses conflitos, pois a convivência é muito próxima e não dá pra esconder o que ocorre sob o mesmo teto. Muitos são os motivos que podem ocasionar desgostos entre os companheiros que quando se acumulam, sem resolução, resultam numa separação bastante dolorosa,
Com a presença dos filhos na relação, a dor se torna maio, já que a rotina ficará diferente e a criança não terá mais a presença da figura materna | paterna, seja durante o dia ou à noite.
De acordo com Mario Mas, psicólogo, por mais que os pais tentem disfarçar a situação, as crianças acabam entendendo nas entrelinhas o que está acontecendo na relação, por conta da falta de afeto, as acusações e a indiferença.
Com isso, o divórcio acaba sendo uma fonte de desenvolvimento de estresse, especialmente se os pais não saberem conduzir de forma adequada as frustrações dos filhos, por exemplo, quando a mãe é super-protetora, a criança | adolescente vai criando a ilusão que pode tudo.
“Se a mãe for muito protetora, o filho vai criando a ilusão de que pode fazer tudo, aí quando encontra obstáculos o filho não tolera e acaba arrumando briga”, afirmou o psicólogo.
Mario Mas afirma ainda que de acordo com a psicanálise há um modelo, se o filho (a) não tem um modelo de pai ou de mãe, ele acaba ficando sem referência, por exemplo, os limites que são impostos pelos pais, são necessários para o crescimento da criança.
“Como o filho não tem esse modelo quando pequeno, ao crescer ele poderá ser agressivo ou uma outra possibilidade é se tornar omisso, por conta do medo”.
Sendo que ainda no futuro, por conta dos limites que foram impostos, a criança crescerá engessada, não terá autonomia, não saberá fazer escolhas ou não poderá mostrar suas ideias, já que teve um pai autoritário.
Em relação ao lado psicológico, a cabeça também fica uma bagunça, já que o filho presenciou vários desentendimentos, além do lado amoroso ser afetado, porque os “fantasmas do passado” ficam rodando a cabeça dela e com isso acabam pensando: “Será que o meu casamento vai acabar igual ao dos meus pais?”
Para evitar quaisquer problemas, seja no presente ou no futuro, confira como manter a família unida, após a separação:
- Driblar a raiva
- Não demonstre a raiva que você sente pelo ex-parceiro;
- Abrir o jogo
- É preciso ser sincero com os filhos sobre o fim do casamento. Explique as mudanças que haverá no cotidiano e deixe claro que você sempre irá ajudá-lo;
- Não exclua o pai da vida das crianças
- Incentive conversas ao telefone, deixei-o buscar na escola;
- Ex-marido sempre por perto
- Mesmo que a separação não tenha sido amigável, vocês vão conviver, por isso, não desautorize na frente das crianças.
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